O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta sexta-feira 5 em Aracaju que, “diferentemente do que afirma a mídia monopolizada e a oposição de direita”, o partido não está em crise; ele rechaçou que o PT proteja aqueles que cometem ilegalidades e destacou a importância do 5º Congresso do partido para a definição de “novos caminhos”; “Só este ano já foram 17.750 novas filiações, mais do que o dobro de todo o ano passado. Além disso, há mais 139 mil filiações aprovadas, esperando as plenárias de confirmação da militância e há ainda mais 47 mil pedidos de filiação que aguardam análise das direções. Ou seja, são quase 200 mil pessoas que estão pedindo ingresso no PT, partido que tem 1.742.802 filiados. Isso não é um partido em crise, como a mídia monopolizada tenta nos classificar", afirmou; na coletiva de imprensa, Rui defendeu que é “tempo de parar de falar de ajuste” e disse que o Brasil precisa superar o modelo de governo de coalizão
“Só este ano já foram 17.750 novas filiações, mais do que o dobro de todo o ano passado. Além disso, há mais 139 mil filiações aprovadas, esperando as plenárias de confirmação da militância e há ainda mais 47 mil pedidos de filiação que aguardam análise das direções. Ou seja, são quase 200 mil pessoas que estão pedindo ingresso no PT, partido que tem 1.742.802 filiados. Isso não é um partido em crise, como a mídia monopolizada tenta nos classificar. O nosso partido está há 12 anos no poder, venceu a quarta eleição consecutiva. Não estamos em crise apesar do ataque feroz da direita conservadora, da mídia e dos que não se conformam com a derrota”, afirmou.
Rui Falcão defendeu que é “tempo de parar de falar de ajuste”, numa clara referência às medidas econômicas tomadas pelo governo federal neste início de 2015. “É hora de falar de investimento, de geração de emprego, de distribuição de renda, de crescimento econômico, inclusão social, novos avanços e mais investimentos na Educação e na Saúde”, ponderou.
"NÃO VAMOS ADMITIR QUE QUALQUER FACÇÃO DO JUDICIÁRIO QUEIRA CRIMINALIZAR O PT"
Questionado sobre a prisão do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o presidente do partido disse que não há provas contra o petista. “Está provada que a movimentação financeira dele foi compatível com seus rendimentos. Esperamos que ele seja solto brevemente. Ele não pode ser condenado sem provas. Não vamos admitir que qualquer facção ou setor do Judiciário queira criminalizar o PT”, disse.
Segundo Rui, as doações que o PT recebeu de empresas foram “legais, dentro do que a legislação estabelece, com transações bancárias registradas no TSE, semelhante aos demais partidos em valores e nas empresas que doaram a nós como doaram a todos os outros”, afirmou.
Para ele, existe uma “uma tentativa de criminalizar o PT”. “Como não conseguem nos derrotar nas urnas, usam a mídia monopolizada para tentar nos condenar. Mas tenho a certeza que, através do debate, dos horários eleitorais e da ação da nossa militância desmentindo, todos esses ataques não terão resultado”, ressaltou.
RELAÇÃO COM O PMDB
Rui Falcão destacou que o Brasil precisa superar o modelo de governo de coalizão. “A presidente é do PT, o programa eleito é do PT, mas se tem a dificuldade de implantar, porque muitos que te ajudam a te eleger, te impedem de governar. Continuo insistindo numa verdadeira reforma política, com uma Constituinte Exclusiva. Com esse Congresso que está aí não terá reforma. O presidente da Câmara faz uma manobra para votar uma questão vencida, como foi com o financiamento privado. Temos que criar uma governabilidade social para pressionar os parlamentares como foi feito na lei das terceirizações”, disse.
Para ele, o PMDB tem muitas contradições, como os demais partidos brasileiros. Sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ele disse que “o PT irá sempre se valer do regimento que não pode ser atropelado”. “Quando ocorrer irregularidade, vamos nos valer do Judiciário e da pressão social”, avisou.
ELEIÇÕES 2016 E 2018
Sobre as eleições de 2016, ele evitou falar em nomes e disse que primeiro é importante estabelecer o programa de governo. “Em 2016, vamos disputar sem aventuras, manter o que temos e ampliar”, disse. Em relação ao pleito de 2018, ele disse que o “problema do PT não é falta de candidatos, mas o excesso”. “Temos além de Lula, que há sempre um desejo para que ele volte, outras lideranças do partido que poderão disputar”, afirmou.
CONGRESSO
Sobre o Congresso do partido, que ocorrerá na próxima semana em Salvador, ele disse que o evento contará com a presença do ex-presidente Lula, da presidente Dilma Rousseff, de 30 delegações internacionais e mais de 800 representantes dos diretórios estaduais. “É um congresso para avançar mais nas nossas políticas, fazer um balanço de 35 anos de existência do partido, dos 12 anos de governos democráticos, discutir as táticas eleitorais para 2016. E momento de muita mobilização e de correção de rumos”, destacou.
Sobre sua vinda a Sergipe, ele disse que foi uma forma de valorizar o Diretório Estadual que “faz a doação de seus principais quadros para o partido”. “Temos Márcio Macêdo numa missão espinhosa na Secretaria de Finanças e temos Rogério Carvalho no Ministério da Saúde, dando sua contribuição”, afirmou.
MÁRCIO MACÊDO DIZ QUE CONGRESSO DO PT DÁ VITALIDADE AO PARTIDO
O secretário de Planejamento e Finanças do PT, Márcio Macêdo, afirmou que o 5º Congresso Estadual do PT servirá para discutir as dificuldades econômicas do país e a crise política pela qual passa a democracia brasileira. Ele destacou a importância das etapas estaduais para a “vitalidade do partido”.
Para Márcio, “é importante debater com a militância e preparar o partido para enfrentar os momentos de dificuldades”. “Fui convocado para assumir uma tarefa complexa, mas quero dizer que as coisas estão indo bem. Haveremos de atravessar essa crise. Nas crises abre-se janelas de possibilidades, de correção de rumos, para fortalecer o projeto de transformação que o Brasil está vivendo. Será o momento não só de debater a nossa política e economia internas, mas de discutir como o PT vai dialogar com a sociedade e mostrar para ela a síntese e o acúmulo de 12 anos de governo e qual país que queremos para os próximos anos”, afirmou.
Segundo o petista, o partido deve reforçar sua defesa pelas 40 horas semanais de trabalho, pela reforma tributária com taxação das grandes fortunas e o fim do fator previdenciário. “O mais importante nesse congresso é o PT dialogar com a sociedade sobre temas que são caros para a base social”, reforçou.
Sobre a vinda de Rui Falcão, ele disse que é “um gesto importante para Sergipe”. “Fortalece o PT de Sergipe em função do trabalho que venho realizando em conjunto com Rui de reestruturação do PT. Sergipe pode contribuir muito com o Congresso Nacional do PT, que vai ocorrer de 11 a 13 de junho, em Salvador”, disse. A etapa estadual do Congresso do PT, em Aracaju, ocorrerá neste sábado (5), a partir das 9h, no Sindicato dos Bancários.
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