Em nota publicada há instantes, a presidenta Dilma Rousseff bateu duro na linha de confronto que o novo chanceler interino, José Serra, abriu contra países vizinhos; segundo ela, "a reação de governos estrangeiros e de importantes setores da opinião pública mundial, entre eles o secretário-geral da OEA, expressa a indignação internacional diante da farsa jurídica aqui montada"; Dilma ainda diz que "forças partidárias, como as que pretendem agora conduzir a política externa brasileira – tradicionalmente submissas às grandes potências – não têm autoridade política ou moral para invocar o princípio da soberania, sobretudo quando têm costumeiramente praticado a ingerência nos assuntos internos de outros países da região"; hoje, Serra foi repreendido por Ernesto Samper, secretário-geral da Unasul, que disse que não iria discutir com um "chanceler interino"
"Ao mesmo tempo, revela a preocupação de que essas práticas, travestidas de legalidade, possam se espalhar por outras partes do mundo, especialmente na América Latina, promovendo a desestabilização de governos legítimos e revertendo as grandes conquistas sociais e democráticas alcançadas nos últimos 15 anos", reforçou.
Dilma ainda diz que "forças partidárias, como as que pretendem agora conduzir a política externa brasileira – tradicionalmente submissas às grandes potências – não têm autoridade política ou moral para invocar o princípio da soberania, sobretudo quando têm costumeiramente praticado a ingerência nos assuntos internos de outros países da região".
Mais cedo, Serra foi repreendido por Ernesto Samper, secretário-geral da Unasul, que disse que não iria discutir com um "chanceler interino" (leia aqui).
Abaixo o texto na íntegra:
O mundo preocupado com o golpe no Brasil
Na tentativa de justificar o ataque ao Estado Democrático de Direito conduzido por partidos políticos, empresários, oligopólios da informação e corporações, o Ministério Interino de Relações Exteriores do Brasil emitiu notas criticando governos latino-americanos e o Secretário-Geral da Unasul, Ernesto Samper, por denunciarem o golpe parlamentar que afastou Dilma Rousseff da Presidência da República.
A reação de governos estrangeiros e de importantes setores da opinião pública mundial, entre eles o Secretário-Geral da OEA, expressa a indignação internacional diante da farsa jurídica aqui montada. Ao mesmo tempo, revela a preocupação de que essas práticas, travestidas de legalidade, possam se espalhar por outras partes do mundo, especialmente na América Latina, promovendo a desestabilização de governos legítimos e revertendo as grandes conquistas sociais e democráticas alcançadas nos últimos 15 anos.
Forças partidárias, como as que
pretendem agora conduzir a política externa brasileira –
tradicionalmente submissas às grandes potências – não têm autoridade
política ou moral para invocar o princípio da soberania, sobretudo
quando têm costumeiramente praticado a ingerência nos assuntos internos
de outros países da região.
Governos e povos da América Latina estão também preocupados com as ameaças que o novo ministro recorrentemente fez ao Mercosul e com sua disposição de estabelecer acordos econômicos e comerciais profundamente lesivos ao interesse nacional.
Fieis e gratos à solidariedade que estamos recebendo do mundo inteiro, nos sentimos mais fortalecidos em nossa disposição de resistir ao golpe que se pretende consumar contra nossa democracia.
Assessoria de Imprensa
Presidenta Dilma Rousseff
Governos e povos da América Latina estão também preocupados com as ameaças que o novo ministro recorrentemente fez ao Mercosul e com sua disposição de estabelecer acordos econômicos e comerciais profundamente lesivos ao interesse nacional.
Fieis e gratos à solidariedade que estamos recebendo do mundo inteiro, nos sentimos mais fortalecidos em nossa disposição de resistir ao golpe que se pretende consumar contra nossa democracia.
Assessoria de Imprensa
Presidenta Dilma Rousseff
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