9.17.2016

O GOLPE DENTRO DO GOLPE

Veja: Lula será preso? Moro: sem comentários

Em sua edição deste fim de semana, a revista Veja, mais uma vez, celebra (antes da hora) a morte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, numa capa sem título, que apenas derrama seu sangue e o petróleo da Petrobras, expressando, assim, os desejos de seus editores; internamente,a publicação traz uma pequena entrevista com juiz Sergio Moro, feita após uma palestra nos Estados Unidos; "Vou repetir a palavra que o senhor mais ouve na rua: o ex-presidente Lula será preso?", questionou o repórter de Veja; "Sem comentários", respondeu Moro; afinal: Lula está morto?

Léo Pinheiro delata propina no governo Serra

Em mais um depoimento de sua colaboração judicial, o executivo Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, confirmou que a empreiteira pagou propina durante as obras do Rodoanel, em São Paulo, na gestão de José Serra, atual ministro das Relações Exteriores de Michel Temer; segundo Pinheiro, foram transferidos pelo menos R$ 4,8 milhões à empresa Legend, de Adir Assad, com a finalidade de gerar propinas para integrantes do governo de São Paulo; 
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"O espanto com a denúncia da Lava Jato contra Lula tem a ver com a forma, pois há algum tempo ficou claro que a destruição política e o banimento do ex-presidente da vida pública tornara-se o alvo claro do aparelho policial-judicial de Curitiba. O que espantou foi o tom estrepitosamente político e a leviandade jurídica", avalia Tereza Cruvinel; "Por isso, e não por apreço ao processo legal, é que até vozes anti-Lula criticaram o espetáculo de quarta-feira", diz a jornalista; ela recorda da "evolução da narrativa da Lava Jato em direção ao ex-presidente" e conclui que "atribuir a Lula o papel de chefe de um esquema de corrupção que sempre existiu na Petrobras é o caminho para levá-lo mais rapidamente a uma condenação e à exclusão da disputa presidencial de 2018. Mas é também é uma forma de atenuar as responsabilidades dos empresários"


Haverá um PowerPoint denunciando FHC por comprar a reeleição?

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"Fernando Henrique Cardoso se perpetuou no poder graças a um dos mais escandalosos delitos da história política do país: a compra de votos para a emenda da reeleição", diz o procuador Márcio Sotello Felippe, em artigo publicado neste fim de semana; "Nunca vimos nem veremos um powerpoint reproduzindo esse esquema sórdido, com cobertura em tempo real da mídia, à semelhança do que foi apresentado ao melhor estilo Goebbels por procuradores da República contra Lula"

‘Examinar organização criminosa sequer era função dos procuradores’

PAULO PINTO: <p>14/09/2016- São Paulo- SP, Brasil- O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Paulo Pinto/ AGPT</p>
Em entrevista ao portal Sputnik Brasil, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Lula, reafirma, sobre a denúncia apresentada pela força-tarefa da Lava Jato, que "sequer era atribuição destes procuradores examinar a questão da organização criminosa, assim como ela não era objeto da denúncia que eles se propuseram a anunciar"; os investigadores afirmaram que Lula era o "comandante geral" do esquema de corrupção na Petrobras; "Fora isto, a forma como se deu aquela entrevista coletiva com a utilização de recursos públicos, exagero no uso de adjetivos contra o ex-presidente, buscando claramente macular a sua honra e integridade, saíram do nível de conduta que os procuradores deveriam ter demonstrado, além de neutralizar o princípio da presunção de inocência"

Odebrecht diz que sua sobrevivência está em risco

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Maior empreiteira brasileira, a Odebrecht tenta um acordo simultâneo no Brasil e nos Estados Unidos para voltar a operar sem maiores transtornos judiciais; para isso, a empresa de Marcelo Odebrecht, que está preso em Curitiba, contratou o advogado William Burck e alega que o bloqueio de recursos coloca em risco a própria continuidade da empresa


Ao El Pais, professoras de Direito questionam denúncia contra Lula

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A denúncia gasta mais de uma dezena de páginas para dizer que ele foi o grande comandante do Mensalão, da Lava Jato... São acusações levianas porque não há provas e porque sequer fazem parte da denúncia. Tecnicamente, é evidente que isso enfraquece uma denúncia. O mundo do direito é técnico", diz Eloisa Machado, da FGV; "Será que algo que é simplesmente uma denúncia é merecedor de tamanha atenção e divulgação?", questiona ainda Maíra Zapater

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