Peemedebista chegou em carro fechado, acompanhado da esposa Marcela e quebrou uma antiga tradição: não passou revista às tropas
- Atualizada às
Brasília
- Mesmo com entrada restrita para convidados nas arquibancadas mais
próximas da tribuna de honra no desfile de 7 de Setembro em Brasília,
não foi possível abafar as vaias de protesto contra o presidente Michel
Temer. Esta é a primeira aparição pública do presidente Michel Temer no Brasil, após o processo de impeachment que resultou no afastamento da Dilma Rouseff.
O peemedebista chegou em carro fechado, acompanhado da esposa Marcela e quebrou uma antiga tradição: não passou revista às tropas. Ele foi recebido pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
“O ato faz parte de uma série de ações contra o governo. Não concordamos com as propostas para diversas áreas, como educação, comunicação”, diz Breno Lobo, integrante do movimento Juntos - Juventude em Luta.
Militantes do PT estenderam uma faixa verde e amarela de 150 metros já usada no 7 de Setembro do ano passado. O “Não vai ter golpe” de 2015 virou “Fora Temer”, escrito em vermelho.
O peemedebista chegou em carro fechado, acompanhado da esposa Marcela e quebrou uma antiga tradição: não passou revista às tropas. Ele foi recebido pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
Assim que anunciado pela produção do evento, o
presidente foi vaiado pela plateia. Durante a execução do Hino Nacional,
as pessoas continuaram a entoar gritos de "Fora Temer" e "golpista" Um
grupo de pessoas tentava, sem sucesso, abafar as vaias e gritava "Brasil
pra frente, Temer presidente" em apoio ao peemedebista.
Por volta das 11h, o presidente Michel Temer e a
primeira-dama Marcela Temer deixaram a Esplanada dos Ministérios, depois
de assistirem ao desfile, no momento em que a Esquadrilha da Fumaça
fazia sua tradicional apresentação. Assim que Temer deixava a tribuna de
honra, os gritos de "Fora Temer" e "golpistas, fascistas não passarão"
recomeçaram na arquibancada ao lado. Dessa vez, no entanto, os gritos foram abafados pelo som da cerimônia.
Agora, o casal segue para a recepção no Palácio do Itamaraty, no Rio, para os chefes de Estado que vêm para a abertura da Paralimpíada.
Protestos
A
movimentação era tranquila no início da manhã. Um grupo estendia quatro
faixas com os dizeres: “Fora Temer, eleições já”, deixando-as visível
para quem descia o Eixo Monumental em direção ao Congresso Nacional.
Mais tarde, outros movimentos também estenderam suas faixas de protesto.
Ao todo, mais de 90 entidades se posicionam contra o governo Temer e
questionam a legitimidade da tomada de poder, que classificam como
golpe.“O ato faz parte de uma série de ações contra o governo. Não concordamos com as propostas para diversas áreas, como educação, comunicação”, diz Breno Lobo, integrante do movimento Juntos - Juventude em Luta.
Militantes do PT estenderam uma faixa verde e amarela de 150 metros já usada no 7 de Setembro do ano passado. O “Não vai ter golpe” de 2015 virou “Fora Temer”, escrito em vermelho.
O protesto foi convocado pelas redes sociais,
recebeu mais de 4 mil confirmações e 4,6 mil manifestaram interesse no
ato pelo Facebook, em Brasília. Ações semelhantes foram convocadas em
outras cidades do país. A manifestação “Fora Temer”, une-se, este ano,
ao Grito dos Excluídos, protesto tradicional de 7 de Setembro, que reúne
movimentos sociais em busca de visibilidade e melhores condições de
vida.
“Neste ano, o nosso lema é Fora Temer, nenhum direito a
menos. Vamos deixar claro que não sairemos das ruas”, diz Wilma dos
Reis, uma das organizadoras do ato. Em frente a um cartaz do coletivo
#Mulherespelademocracia, ela diz que os direitos das mulheres estão
ameaçados por diversas medidas do atual governo. “É um governo de
homens, héteros e brancos, onde a mulher é vista apenas como decorativa
nos altos cargos”.
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