6.14.2010

Aleitamento Materno


Aleitamento Materno:
Problemas do Aleitamento Artificial
Mais diarréia e infecção respiratória;
Diarréia persistente;
Desnutrição e deficiência de vitamina A;
Maior mortalidade;
Não protege da gravidez;
Interfere no vínculo;

Mais alergia e intolerância a leite;

Maior risco de doenças crônicas;

Obesidade;

Menor desempenho em testes de inteligência;

Maior risco de anemia, câncer de ovário e de mama.

Técnica de amamentação

Uma boa técnica de amamentação é indispensável para o seu sucesso, uma vez que previne o trauma nos mamilos e garante a retirada efetiva do leite pela criança. O bebê deve ser amamentado numa posição que seja confortável para ele e para a mãe, que não interfira com a sua capacidade de abocanhar a mama, de retirar o leite efetivamente, assim como de deglutir e respirar livremente. A mãe deve estar relaxada e segurar o bebê completamente voltado para si. Estudos com cinerradiografias e ultra-som mostram que é importante a criança abocanhar cerca de 2cm do tecido mamário além do mamilo para que a amamentação seja eficiente. A criança que não abocanha uma porção adequada da auréola tende a causar trauma nos mamilos e pode não ganhar peso adequadamente, apesar de permanecer longo tempo no peito. As mamadas ineficazes dificultam a manutenção da produção adequada de leite, e uma má estimulação dos mamilos pode diminuir o reflexo da saída do leite.

O bebê que pega incorretamente no peito é capaz de obter o chamado leite anterior, mas tem dificuldade de retirar o leite posterior, mais nutritivo e rico em gorduras. Os lábios do bebê devem ficar levemente voltados para fora, se os lábios estão apertados indicam que ele não conseguiu pegar em todo o tecido suficiente. É importante enfatizar que quando a criança é amamentada numa posição correta e tem uma pega boa, a mãe não sente dor.

Quando a mama está muito cheia ou ingurgitada, o bebê não consegue abocanhar adequadamente a auréola. Em tais casos, recomenda-se, antes da mamada, a expressão manual da auréola ingurgitada.

Problemas com a amamentação e manejo
1. Má técnica de amamentação.

2. Saciar a criança com suplementos líquidos, fazendo-a espaçar mais as mamadas, com conseqüente diminuição da sucção dos mamilos.

3. Uso de chupetas (bico) que podem funcionar como um substituto para as mamadas freqüentes.

4. Uso de protetores de mamilos, interferindo nos reflexos produzidos pela sucção.

5. Horários fixos de mamadas, dificultando o ajuste da produção do leite à exigência da criança.

6. Mamadas muito curtas ou num só seio, estimulando pouco o mamilo.

7. Fadiga ou tensão materna, os quais interferem no reflexo de descida do leite.

8. Uso de drogas que interferem na produção do leite (anticoncepcionais orais, nicotina em excesso, bromocriptina).

Aleitamento Materno: alguns cuidados

1. Ingurgitamento mamário:
É mais comum em primíparas (mães de primeira viagem) e costuma aparecer no segundo dia pós-parto. Resulta do aumento da vascularização e congestão vascular das mamas e da acumulação de leite. Pode atingir apenas a aréola, o corpo da mama ou ambos.

Quando a aréola está ingurgitada, a criança não consegue uma boa pega, o que pode ser doloroso para a mãe e frustrante para a criança, pois, nestas condições, há dificuldade para a saída do leite.

Para o tratamento do ingurgitamento mamário, são úteis as seguintes medidas:

Manter as mamas elevadas; usar um soutien apertado.

Compressas frias entre as mamadas para reduzir a vascularização.

Compressas quentes (ou ducha de água morna) antes das mamadas facilitam a saída do leite.

Amamentar com freqüência. Se necessário, extrair o leite manualmente ou com bomba de sucção.

Usar analgésico, se necessário.

2. Hipogalactia (diminuição do leite)
Queixa comum durante a amamentação é afirmar que se tem “pouco leite”, ou que o leite é fraco. Esta está relacionada, freqüentemente, com a insegurança materna quanto à sua capacidade de nutrir o seu filho, fazendo com que interprete o choro da criança e as mamadas freqüentes (normal no bebê pequeno) como sinais de fome. A ansiedade que tal situação gera na mãe e na família pode ser transmitida à criança, que responde com mais choro. O complemento com leites artificiais muitas vezes alivia a tensão materna e essa tranqüilidade vai-se repercutir no comportamento da criança, que passa a chorar menos, reforçando a idéia de que ela realmente estava passando fome.

A suficiência de leite materno é avaliada através do ganho ponderal da criança e o número de micções por dia (no mínimo 6 a 8). Se a produção do leite parecer insuficiente para a criança, pelo baixo ganho ponderal na ausência de patologias orgânicas, cabe ao médico conversar com a mãe e tentar determinar o que está a interferir com a produção do leite.

Nesse caso, é importante orientar a mãe a complementar a mamada ao invés de substituí-la pelo leite artificial, mantendo assim o estímulo da sucção, indispensável para a produção do leite.

Além da sucção dos mamilos, alguns fatores estão relacionados com o aumento dos níveis séricos de prolactina, tais como o sono e o exercício físico.

3. Traumas nos mamilos
As mães devem ser orientadas a procurar assistência médica quando surgirem traumas dos mamilos. A amamentação não deve ser dolorosa. Atenção:

Manter os mamilos sempre secos.

Após as mamadas, passar algumas gotas de leite sobre os mamilos.

Secar os mamilos

Expressão manual da aréola antes das mamadas.

Iniciar a amamentação pelo lado menos lesado.

Variar o posicionamento do bebê nas mamadas, evitando que ele pressione as áreas traumatizadas.

O uso de cremes com vitamina A e D ocasionalmente pode ajudar.

Usar creme com corticóide após as mamadas em casos de fissuras graves.

Analgésicos, se necessário.

Se o tratamento não surtir efeito e as fissuras forem suficientemente dolorosas a ponto de pôr em risco a amamentação, recomenda-se a suspensão da amamentação no seio mais comprometido por 24 a 48 horas, e efetuar o esvaziamento (manual ou com bomba de sucção) da mama comprometida, após cada mamada no outro seio. Após esse período, proceder da mesma forma com a outra mama.

4. Mastite
São as fissuras, na maioria das vezes, a porta de entrada para os germes (especialmente o Staphylococcus aureus) que provocam a mastite. Tal patologia deve ser precocemente diagnosticada e tratada. A mastite, em geral, compromete o estado geral da mulher, provocando dor local intensa, febre e mal-estar. A mama apresenta-se com edema, hiperemia e calor.

O tratamento é conduzido com antibióticos antiestafilocócicos (como, por exemplo, oxacilina e dicloxacilina) e esvaziamento suave e completo da mama comprometida, prevenindo, assim, o ingurgitamento e mantendo o suprimento do leite.

A amamentação não deve ser interrompida. Nos casos em que não ocorrer melhora após 48 horas de tratamento, pode estar a haver a formação de um abscesso, que pode ser palpado e identificado pela sensação de flutuação. Em tais casos está indicada a drenagem cirúrgica e, freqüentemente, a interrupção temporária da amamentação no seio afetado.

A alimentação da mulher que amamenta
Uma mãe saudável, bem nutrida, tem mais possibilidades de amamentar com sucesso. Calcula-se que para a produção do leite uma mulher necessite ingerir um acréscimo de, no mínimo, 500 calorias e 15g de proteínas por dia. Isto pode ser conseguido através de uma dieta variada que forneça todos os nutrientes essenciais. Estudos demonstram que mulheres sem alimentação adequada, e mesmo desnutridas, têm nas mesmas condições para amamentar os seus filhos.
Fonte:"Orientaçõesmédicas"

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