Segundo Temporão, país economiza R$ 400 milhões na compra de medicamento
Valor foi poupado graças a acordo com a Novartis, fabricante do Glivec.
Medicamento é usado por 7,5 mil usuários do SUS com dois tipos de câncer.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta sexta-feira (18) uma economia de R$ 400 milhões em dois anos e meio para o Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de um acordo com a Novartis, fabricante do comprimido de mesilato de imatinibe conhecido como Glivec.
O medicamento é usado no tratamento dos 7,5 mil pacientes do SUS com leucemia mielóide crônica (câncer no sangue) e um tipo de câncer gastrointestinal..
Com a decisão de centralizar a compra, o órgão conseguiu baixar o preço do remédio de R$ 42,50 para R$ 20,60. No ano passado, o ministro informou que a economia foi de R$ 170 milhões na aquisição de nove remédios. "É um esforço que o Ministério da Saúde vem fazendo ao mudar sua política de compras. Isso vai permitir incorporar novos medicamentos", disse Temporão.
Agência Estado
18/06/2010 , às 15h15
Ministério da Saúde negocia com indústria e reduz preço do Glivec em 51%
O anúncio foi feito pelo ministro José Gomes Temporão em evento no Inca. Acordo permitirá economia de R$ 400 milhões para o SUS, em dois anos e meio. Redução poderá ser maior em 2011, com a centralização das compras
O Ministério da Saúde, depois de cinco meses de intensas negociações, conseguiu baixar em 51% o preço do comprimido de Mesilato de Imatinibe (conhecido comercialmente como Glivec) – de R$ 42,50 para R$ 20,60, o que vai gerar uma economia de cerca de R$ 400 milhões em dois anos e meio. O Glivec, produzido pelo laboratório Novartis, é usado para o tratamento de cerca de 7,5 mil pacientes do SUS com Leucemia Mielóide Crônica (LMC – câncer no sangue) e um tipo de câncer gastrointestinal. O Ministro José Gomes Temporão anunciou a novidade durante encontro do Conselho Consultivo do Inca, na manhã desta sexta-feira, dia 18.
“O Ministério vem fazendo grande esforço para mudar sua política de compras. Ano passado, economizamos algo em torno de 165 milhões. E este acordo fechado agora com a Novartis permitirá uma economia de, no mínimo, R$ 400 milhões em dois anos e meio. Isto nos possibilita aperfeiçoar políticas, incorporar novos medicamentos e melhorar a remuneração para as ações de atenção ao câncer. Foi um acordo muito difícil e demorado, mas que traz resultados importantes para o Brasil, para o Ministério da Saúde e para as pessoas que dependem deste medicamento para recuperar a saúde”, comemorou Temporão. O valor economizado será utilizado em novos medicamentos e tratamentos oncológicos para a rede pública.
Dentro da mesma negociação feita com a empresa Novartis, a partir de 2011, o Ministério da Saúde tomou a decisão política de centralizar a compra do medicamento, o que aumenta o poder de fogo do governo federal para reduzir expressivamente os valores pagos pelo tratamento. Antes, o ministério repassava recursos aos hospitais, que compravam o Glivec diretamente do fabricante. O preço variava de acordo com o poder de compra do hospital. O comprimido saía, em média, R$ 42,50. Em 2009, o Ministério da Saúde gastou cerca de R$ 260 milhões para comprar 8,5 milhões de comprimidos.
Pelo acordo fechado com a Novartis, num primeiro momento (de 21 de junho a 31 de dezembro de 2010), a empresa venderá às secretarias de saúdes e hospitais públicos, filantrópicos e privados conveniados ao SUS a unidade do Glivec ao preço máximo de R$ 26,32. Em janeiro de 2011, quando o Ministério passar a centralizar a compra do Glivec, o preço pago pelo medicamento cairá de novo. Cada comprimido custará R$ 20,60. O SUS é responsável pela compra de 80% do total deste medicamento no país.
OUTRAS VITÓRIAS – Em 2009, O Ministério da Saúde economizou R$ 164,22 milhões na aquisição de nove remédios. O valor final da compra desses fármacos foi, ao todo, 25% menor em relação à última aquisição, com reduções de até 55% no preço. As quedas se devem às ações estratégicas adotadas pelo governo federal no setor, como o fortalecimento da indústria e mercado nacional, favorecendo a ampliação da concorrência, além das negociações diretas feitas com as empresas e centralização de compra de medicamentos.
Pela primeira vez, em 2009, o Ministério da Saúde centralizou a compra do Cloridrato de Sevelâmer, medicamento para o tratamento de pacientes com problemas renais crônicos, submetidos à hemodiálise. O preço do comprimido chegou a R$ 0,89, muito abaixo do repassado aos estados para aquisição do produto (R$ 1,98 por unidade). Isso representou economia de R$ 45,48 milhões por ano com a nova estratégia de compra.
Outra estratégia bem sucedida utilizada pelo Ministério para economizar na aquisição de medicamentos é negociação direta. Foi o caso da compra da insulina em 2009. O Brasil pagou o menor preço do mercado mundial no frasco de insulina humana (NPH). Com isso, o Ministério economizou R$ 29,7 milhões. Em pregão realizado em novembro passado, o governo conseguiu comprar o frasco a R$ 3,28, sendo que, em 2008, o menor preço da concorrência foi R$ 5,48 – queda de 40%.
Assessoria de Imprensa MS
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