7.21.2010

Câncer de mama: mulheres foram operadas sem necessidade

Erros em exames de câncer de mama serão investigados nos EUA
Governo vai investigar suspeita de erros em resultados de exames.
Reportagem do 'NYT' diz que mulheres foram operadas sem necessidade.
O governo dos Estados Unidos decidiu nesta terça-feira (20) criar uma comissão para investigar a suspeita de erros em resultados de exames para detectar o primeiro estágio do câncer de mama. A notícias foi divulgada pelo jornal "The New York Times", que relatou casos de mulheres que teriam sido operadas sem necessidade.
Entre todos os tipos de câncer de mama, o mais comum é o carcinoma ductal.
Ele ataca as células do canal por onde passa o leite materno e pode se espalhar pelo seio.
O primeiro estágio desse tipo de câncer é o carcinoma ductal in situ, que pode ser detectado por meio de biópsia, uma agulha que retira para análise amostras de célula da mama.
Segundo o "New York Times", a interpretação dos resultados desses exames de biópsia não tem sido 100% segura nos Estados Unidos. O governo americano resolveu fazer um levantamento dos diagnósticos depois de receber a informação, pelo jornal, de que 17% de todos os casos desse tipo de câncer podem estar errados, ou seja, a doença não existiria.
Uma associação americana formada por pessoas que venceram o câncer de mama afirma que 90 mil mulheres receberam diagnósticos errados de carcinoma ductal no país. Muitas passaram por tratamentos incorretos por causa dessa avaliação errada dos resultados. Algumas fizeram cirurgia sem precisar.
Os médicos dizem que os supostos erros acontecem por causa da tentativa de obter diagnósticos cada vez mais cedo, o que segundo os especialistas, aumenta as chances de cura.
Mas, de acordo com a reportagem, o material analisado é às vezes do tamanho de um grão de areia, o que torna o diagnóstico difícil.
Além disso, a Associação de Patologistas reconhece que é preciso melhorar a qualificação dos profissionais para se ter uma interpretação mais precisa dos resultados dos exames.
G1/ Jornal Nacional

Nenhum comentário: