7.21.2010

Saiba como a prostituição infantil é combatida na Argentina

Buenos Aires contrata ex-prostitutas para combater prostituição infantil
O governo da cidade de Buenos Aires contratou ex-prostitutas como parte de um projeto para ajudar no combate à prostituição infantil.
O projeto da Secretaria de Desenvolvimento Social de Buenos Aires começou em novembro, com uma equipe que inclui dez ex-prostitutas com salário mensal de 1,8 mil pesos (cerca de R$ 1 mil), pago pelo governo de Buenos Aires.
O projeto da Secretaria de Desenvolvimento Social de Buenos Aires começou em novembro, com uma equipe que inclui dez ex-prostitutas com salário mensal de 1,8 mil pesos (cerca de R$ 1 mil), pago pelo governo de Buenos Aires.
Segundo Miguel Sorbello, coordenador do projeto e assistente social da divisão de Infância e Adolescência da secretaria, “com a ajuda das prostitutas já conseguimos retirar cerca de 110 jovens das ruas, que se prostituíam ou vinham sendo explorados sexualmente”.
A previsão é que outras dez mulheres e cinco travestis sejam contratados nos próximos dias para se integrar à equipe.
“Como elas conhecem os códigos (da prostituição e da exploração sexual) melhor do que um assistente social, tivemos a ideia de contratá-las. O resultado tem sido positivo. Elas se aproximam dos jovens e afirmam, por exemplo, que agora que têm 30 ou 40 anos veem que não valeu a pena seguir por aquele caminho. Ao contrário”, afirmou Sorbello à BBC Brasil.
Segundo ele, muitas das mulheres contratadas para o trabalho também foram exploradas sexualmente quando ainda tinham 12 ou 13 anos de idade.
Até o ano passado, algumas delas ainda exerciam a prostituição, mas segundo Sorbello, agora optaram pelo trabalho com o governo.
Os 110 jovens que deixaram as ruas com a ajuda do projeto estão hoje divididos em centros de recuperação contra as drogas, por terem mostrados sinais de dependência, ou em locais que incluem cursos profissionalizantes.

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