10.10.2010


Dia das Crianças: Para refletir em família

Especialistas destacam que este é momento oportuno para que pais e filhos pensem um pouco sobre consumo desenfreado, desperdício, endividamento e segurança

Rio - O Dia das Crianças está entre as datas de maior consumo no País. A economia nacional se anima, assim como as famílias. Afinal, pesquisa da Fecomércio-RJ revela que neste ano os consumidores estão dispostos a gastar mais do que nos últimos 10 anos. O valor médio da compra é de R$ 157 — 14,66% a mais do que em 2009, com R$ 137. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) lançou reflexão oportuna para as famílias, no sentido de transformar a ocasião em oportunidade de (se) educar. Financeiramente e em relação ao consumo responsável.

Especialistas querem que o momento de comemoração, de reunião familiar, não se torne um transtorno causado pelo consumo desenfreado ou pela escolha de presentes inadequados ou inseguros para as crianças. Brinquedos como armas ou que incentivem a violência ou agressividade devem ser evitados. Pesquisas demonstram que a maior tendência é a de produtos eletrônicos, mas é recomendável avaliar se, de fato, os presentes terão utilidade, para não se fomentar o consumo desenfreado.

A data já eleva os preços, naturalmente. A publicidade atinge em cheio as crianças, que aparecem com pedidos de novidades, sempre acompanhados de generosas formas de endividamento e muito estresse. “Cabe aos pais refletir sobre a opção que melhor satisfaça a sua família. A escolha de um passeio, por exemplo, pode ser mais proveitosa do que um brinquedo da moda que, passados alguns dias, as crianças deixam de lado”, defende Carlos Thadeu de Oliveira.

Oliveira destaca que outra preocupação vital é com a segurança dos brinquedos. Uma garantia é a informação que deve constar nos produtos, como determina o Código de Defesa do Consumidor. “O consumidor tem direito à informação adequada e clara sobre os produtos a serem comprados, quanto às características, ao preço e às formas de pagamento”, diz. 

O Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro) adverte que é mais seguro comprar brinquedos que contenham o selo do Inmetro, obrigatório. Entre as sugestões, optar por estabelecimentos que fornecem nota fiscal, para que eventuais problemas sejam solucionados pela empresa responsável.

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