Segundo estudo, 85% de novos medicamentos oferecem pouca utilidade
As empresas farmacêuticas foram acusadas de enganar o público por anunciar medicamentos patenteados com poucas novidades a oferecer e, ao mesmo tempo, minimizar seus efeitos colaterais. A informação foi publicada no site do jornal britânico "Independent" .
Um estudo concluiu que até 85% de novos remédios oferecem pouco ou nenhum benefício novo, e ainda podem causar danos graves, devido à toxicidade ou uso indevido.
O autor da pesquisa, Donald Light, professor da política de saúde comparada na Universidade de Medicina e Odontologia de Nova Jersey defende que "às vezes as companhias de drogas escondem ou ignoram informações sobre os graves efeitos colaterais e exageram sobre os benefícios das novas drogas. Em seguida, gastam duas ou três vezes mais em marketing do que em pesquisa para convencer os médicos a prescrever estas drogas novas. Os médicos podem obter informações enganosas e desinformar os pacientes sobre os riscos de uma nova droga."
O professor apresentou um documento sobre a crítica na terça-feira (17), na reunião anual da American Sociological Association, em Atlanta, Geórgia.
O estudo inclui dados de revisores independentes que indicam que 85% de novas drogas oferecem poucos --quando o fazem-- novos benefícios.
A promoção de uma droga começou com ensaios clínicos destinados a minimizar as provas dos danos e com publicações literárias que enfatizam suas vantagens, afirmou Light.
Com base neste fundamento, as empresas farmacêuticas encenaram campanhas maciças para vender o produto, quando um lançamento limitado controlado permitiria evidência de seus efeitos, argumentou.
Ele acusou as empresas de afundar a política de regulamento, bombardeando os órgãos que concedem licenças de drogas com um grande número de ensaios clínicos "incompletos e parciais".
Um estudo de 111 pedidos de remédios para aprovação final descobriu que em 42% estavam faltando dados de estudos; 40% foram apoiados por um teste falho de doses; 39% não tinham evidência de eficácia clínica; e 49% levantaram preocupações sobre graves efeitos colaterais,
Folha
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