O QUE É ? Trata-se inflamação crônica da pele que surge em indivíduos geneticamente predispostos, tratando-se portanto de manifestação constitucional. As erupções cutâneas características da doença ocorrem predominantemente nas áreas de maior produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas.
A causa da dermatite seborréica é desconhecida mas a oleosidade excessiva e um fungo (Pityrosporum ovale) presente na pele afetada estão envolvidos no processo. A maior atividade das glândulas sebáceas ocorre sob a ação dos hormônios androgênicos, por isso, o início dos sintomas ocorre geralmente após a puberdade. Nos recém nascidos também podem ocorrer manifestações da doença, devido ao androgênio materno ainda presente.
Manifestações clínicas
A dermatite seborréica tem caráter crônico, com tendência a períodos de melhora e de piora. A doença costuma se agravar no inverno e em situações de fadiga ou estresse emocional.
As manifestações mais frequentes ocorrem no couro cabeludo e são caracterizadas por intensa produção de oleosidade (seborréia), descamação (caspa) e prurido (coceira). A caspa pode variar desde fina descamação até a formação de grandes crostas aderidas ao couro cabeludo. A coceira, que pode ser intensa, é um sintoma frequente nesta região e também pode estar presente com menor intensidade nas outras localizações.
Quando atingem a pele, as lesões da dermatite seborréica são avermelhadas e com descamação gordurosa. As áreas mais atingidas são a face (principalmente o contorno nasal, supercílios e fronte), pavilhões auriculares e região retroauricular e o centro da região torácica anterior e posterior.
Outras manifestações são a blefarite seborréica, que atinge as pálpebras, e a presença de lesões em áreas de dobra de pele, como as axilas e regiões inframamárias. Casos graves de dermatite seborréica podem evoluir para a generalização das lesões, atingindo extensas áreas da pele.
Tratamento
Não existe medicação que acabe definitivamente com a dermatite seborréica porém seus sintomas podem ser controlados. Deve-se evitar a ingestão de alimentos gordurosos e de bebidas alcoólicas e o banho muito quente.
O tratamento geralmente é feito com medicações de uso local na forma de sabonetes, xampus, loções capilares ou cremes, que podem conter anti-fúngicos ou corticoesteróides, entre outros componentes. Em casos muito intensos, medicações via oral podem ser utilizadas. O tratamento adequado vai depender da localização das lesões e da intensidade dos sintomas, e deve ser indicado por um médico dermatologista.
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