Para as mulheres que querem dar um sumiço ou pelo menos amenizar as temíveis celulites, a melhor tática é fazer alterações na alimentação, realizar uma eliminação das toxinas e promover o equilíbrio do intestino. Os nutricionistas afirmam que o tratamento efetivo da celulite se inicia na alimentação. Para que exista melhora na aparência, é essencial um equilíbrio do sitema interno do organismo. Se existem carências nutricionais ou exageros no consumo de alimentos de qualidade ruim, os reflexos surgem no corpo como um todo e principalmente na pele.
De acordo com os nutricionistas, as 3 medidas combinadas melhoram o resultado, já que uma potencializa o efeito da outra. Os resultados, surgem aproximadamente já no primeiro mês de tratamento. Porém, a duração está associada ao grau da celulite. Quanto maior o grau, mais tempo se leva para solucionar o problema.
Além dos fatores da genética, das mudanças do hormônio estrogênio e da falta de atividade física, outra causa do agravamento das celulites é a dieta desregrada e sem equilíbrio. Assim, a primeira grande luta contra o problema se dá com o aumento de peso. Existem mulheres magras com celulite, mas muitas delas que apresenta o problema possuem vários quilos a mais do que o ideal. Com menor quantidade de gordura do corpo, existirá menos gordura sendo apertada pelas fibras que ligam o músculo à pele.
Porém, não é necessário radicalismo quando se pensa em emagrecer. Tampouco adianta reduzir drasticamente a quantidade dos alimentos ingeridos, pois o que vale mesmo, no final das contas, é a qualidade dos mesmos. A celulite se relaciona à carência de múltiplos nutrientes no organismo. Portanto, a alimentação mais adequada é a de alta qualidade nutricional.
A carência de nutrientes, sobretudo de antioxidantes, deixa as nossas células muito mais suscetíveis à ação dos radicais livres, que disparam uma grande cascata de inflamação e degeneração celular. O excesso de radicais livres é gerado pelo estresse, por toxinas existentes na alimentação, pelo consumo de alimentos inflamatórios e pelo desequilíbrio da flora intestinal. É necessário combater a ação dos radicais livres responsáveis pelo declínio na produção de colágeno, diminuir o acúmulo de gordura e aumentar o tônus muscular para se reverter o quadro.
Combate:
l Consumir frutas sempre. São alimentos ricos em protoantocianidina, que ajuda a fortalecer os vasos sangüíneos e linfáticos. Além disso, possuem baixo índice glicêmico, alterando pouco a produção de insulina. Outras frutas imperdíveis são maçã, pêra, grapefruit, pêssego, ameixa e cereja pelo seu alto teor de fibras, fitonutrientes e antioxidantes com atividade antiinflamatória, que garantem o bom funcionamento do intestino e evitam a inflamação celular.
2 Cortar os carboidratos refinados (doce, macarrão e pães feitos com farinha branca) e os produtos carregados de gordura saturada e trans (carne gorda, fritura, margarina e biscoito recheado). Para emagrecer, a melhor estratégia é evitar os alimentos ricos em açúcar e amido e com alto índice glicêmico, que estimulam a rápida liberação do hormônio insulina, responsável por estocar o excesso de açúcar na forma de gordura. Estes alimentos também levam à flacidez da pele e à celulite, por promoverem a inflamação nas células e a conseqüente liberação de radicais livres. Este efeito compromete e estrutura do colágeno, reduzindo a sua elasticidade. Alem disto, após uma rápida elevação, haverá queda acentuada do nível de açúcar no sangue, o que resultará em sensação de fome e em um ciclo vicioso de se querer comer mais e mais. Checar a todo o momento o valor calórico de produtos e alimentos também não basta, sendo mais importante saber o que há em sua composição.
3 Evitar o consumo de alimentos inflamatórios e intoxicantes, dentre eles açúcar, gorduras trans, xarope de milho, farinhas brancas, massa folhada, mel, melaço, margarina, arroz branco, batata, fast-food, macarrão, croissants, frituras, pipoca, pizza, chocolate, pudim, queijos amarelos, tortas, geléias, bolachas, carne processada (tipo salsicha, salame, mortadela e presunto), sorvetes, alimentos industrializados cheios de aditivos alimentares (glutamato monossódico, aspartame, adoçante, corante, conservantes etc), bebidas alcoólicas e cafeína.
4 Também devem ser cortados os alimentos de que a pessoa tenha alergia. Estes alimentos funcionam como pró-inflamatórios, pois funcionam como uma substancia tóxica não reconhecida pelo organismo. Alimentos orgânicos devem ser priorizados, sempre que possível.
5 Incluir na dieta alimentos anti-inflamatórios e detoxificantes, a fim de melhorar a circulação e a entrega de oxigênio às células.
6 Consumir bastante proteína de alta qualidade. Quando consumimos pouca proteína, o organismo busca energia da própria musculatura, fazendo com que fiquemos flácidos. Uma boa técnica para garantir maior saciedade e evitar o acúmulo de gordura é comer primeiro a proteína e só depois os outros componentes do prato, para manter a taxa de açúcar baixa durante a refeição e estimular menos o apetite. Das fontes de proteína disponíveis, o salmão é uma das mais indicadas, por ser a melhor fonte de DMAE, substância que age no tônus muscular. Dos cereais, uma dica é incluir a quinua em grãos ou na forma de flocos, devido ao seu baixo índice glicêmico e à sua alta quantidade de proteínas, muito superior ao da aveia, trigo e arroz.
7 Consumir gorduras saudáveis, provenientes das sementes de linhaça (óleo ou farinha), azeite extra virgem de oliva, óleo de macadâmia e óleo de semente de uva. São ricas em ômega 3, gordura de atividade antiinflamatória essencial para manter a celulite à distância. Auxiliam a célula no aproveitamento dos nutrientes ingeridos. A introdução de amêndoas, castanha do Pará, avelãs e nozes também se torna importante devido à presença de gorduras essenciais e nutrientes antioxidantes como selênio, cobre, zinco e vitamina E, que protegem o colágeno e garantem a firmeza da pele. Podemos, ainda, adicionar ao cardápio o abacate, semente de gergelim e azeitonas, que, cheios de gorduras do bem, reduzem a inflamação celular. Quando ingeridas junto com outros alimentos, essas gorduras retardam a absorção do açúcar e isso acaba com a gordura acumulada na cintura. Além disso, as boas gorduras formam as membranas das nossa células, protegendo o colágeno da degradação.
8 Ingerir leguminosas como feijões (vermelho, preto, carioca), lentilhas e grão de bico, carboidratos de baixo índice glicêmico. Como não provocam aumento brusco na glicemia, a necessidade de insulina não é alta, o que afasta a possibilidade de inflamar as células e provocar celulite. São ainda ricos em fibras, que favorecem a eliminação de toxinas pelo bom funcionamento intestinal.
9 Ingerir bastante vegetais como brócolis, couve flor, couve, couve de bruxelas, repolho, rúcula, folhas de mostarda e rabanete. Este grupo, quando consumido cru ou cozido no vapor por até três minutos, favorece a eliminação de toxinas do organismo e a circulação sanguínea e linfática, sendo uma estratégia interessante para aquelas que sofrem com a celulite. Outros vegetais com potencial antiinflamatório são o alho, o espinafre e os brotos, pelos seus níveis de antioxidantes e fibras.
10 Também apresentam atividade antioxidante e antiinflamatória os temperos como canela, açafrão, cravo, noz moscada, louro, pimenta chilli, pimenta vermelha, orégano, salsa, alecrim, hortelã, tomilho, alho, limão.
11 Inclua na sua alimentação nutrientes essenciais como selênio (peixe, castanha do Pará, brócolis), potássio (abacate, banana, vegetais), ferro (leguminosas, vegetais verdes escuros), zinco (cereais integrais, castanhas, leguminosas), iodo (peixes e frutos do mar), vitamina B12 (ovos, peixe), vitamina E (nozes, castanhas, óleos vegetais) e magnésio (brócolis, feijão e couve).
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