Avanço da obesidade está ligado a maior exposição à luz durante a noite
Americanos e israelenses analisaram comportamento de camundongos.
Interrupção de ciclo dia/noite causa ‘curto-circuito’ em relógio biológico.
Estudo analisou relação entre exposição a luzes
noturnas e alta da obesidade e de distúrbios
metabólicos. Foto mostra iluminação noturna de
Las Vegas, Nevada (EUA)
noturnas e alta da obesidade e de distúrbios
metabólicos. Foto mostra iluminação noturna de
Las Vegas, Nevada (EUA)
O aumento global dos índices de obesidade e de distúrbios do metabolismo coincide com uma alta da exposição à luminosidade noturna. A conclusão é de cientistas do departamento de neurociência e psicologia da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, e do Centro Israelense para Pesquisa Interdisciplinar em Cronobiologia. O estudo foi publicado na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS).
Os especialistas verificaram que a regulação circadiana – processo rítmico que ocorre no organismo todos os dias mais ou menos à mesma hora – da homeostase energética – modo como um organismo mantém equilíbrio de diversas funções, como temperatura, pulso, pressão arterial e taxa de açúcar no sangue – é controlada por um relógio biológico “embutido” que é sincronizado de acordo com informação luminosa.Para promover um funcionamento adequado, o relógio circadiano prepara os indivíduos para eventos previsíveis, como disponibilidade de alimentos e períodos de sono. Quando o relógio é “contrariado”, abre-se caminho para distúrbios metabólicos.
Os cientistas avaliaram a relação entre exposição à luz durante a noite e alterações na massa corpórea de camundongos machos. As cobaias acomodadas em ambiente iluminado (mesmo com luz fraca) apresentaram um significativo ganho de massa corpórea e reduziram a tolerância à glicose.
O período de consumo de comida dos roedores submetidos ao regime de luminosidade noturna difere dos camundongos sob regime-padrão de ciclos dia/noite: os primeiros comeram 55,5% da ração durante a noite iluminada, ante 36,5% no segundo grupo.
G1.com
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