10.11.2010

Atletas de final de semana? O que você precisa saber

Atletas de final de semana
Muitas pessoas que alegam não ter tempo de fazer exercícios durante a semana deixam os finais de semana para praticá-los.

Nós sabemos que para ter um efeito seguro e eficiente através dos exercícios, melhorando o condicionamento de forma adequada, é importante manter uma regularidade nos exercícios.
Assim, se você quiser fazer caminhadas, alongamentos e atividades leves nos finais de semana, para ter bem estar, tudo bem. Agora fazer exercícios de alta intensidade e sobrecarga apenas duas vezes por semana, pode representar a aquisição futura de lesões, além de não melhorar o seu condicionamento físico.

Correm riscos de lesão tanto os esportistas de fim de semana como os atletas com excesso de treinamento. Entre estes, estão as pessoas consideradas ativas fisicamente, que adquirem os benefícios da atividade física com menor probabilidade de lesão.

O excesso de atividade física pode provocar problemas hormonais e lesões para os atletas esporádicos.

Assim, a prática esporádica de esportes pode ser tão prejudicial à saúde quanto a vida sedentária. Por isso, aí vai um alerta para os atletas de fim de semana: fazer exercícios físicos extenuantes apenas de vez em quando é errado, podendo causar várias lesões. Esportistas que não tem os músculos preparados acabam no pronto socorro ou no consultório de um ortopedista.

O organismo precisa da regularidade para obter os ganhos que os exercícios oferecem. Se você não pode, pelo menos, caminhar quatro vezes por semana, não adianta querer tirar o atraso no fim de semana. Dependendo do caso, a sobrecarga pode ser muito grande e acabar ocasionando alguma lesão.

Na medida certa, a atividade física reduz o risco de morte por doenças cardíacas, hipertensão e diabetes. Ajuda no controle de peso e promove o bem-estar, mas se você praticá-los apenas nos finais de semana, poderá não ter estes benefícios, além de ser maior o risco de lesões.

Em contrapartida, o excesso de atividade física pode provocar problemas hormonais e as mesmas lesões para os atletas esporádicos. Entre as lesões estão:

Luxação: é a separação ou deslocamento das partes ósseas numa superfície articular ou perda completa da superfície de contato entre os ossos de uma articulação. O ombro é o campeão das luxações.

Tendinite: resposta inflamatória a um micro-trauma de um tendão. Esse mal é mais comum em atletas que fazem esforço físico repetitivo, como os tenistas, que apresentam inflamação do tendão do antebraço. Mas, os atletas esporádicos também apresentam tendinites.

Contusão: é uma escoriação, geralmente decorre de pancadas e batidas. Quanto menos resistentes forem os músculos, maior é a contusão.

Entorse: lesão articular que ocorre quando o movimento numa articulação excede a amplitude normal do movimento, ocorrendo um deslocamento súbito da articulação. O mais comum é a entorse no tornozelo e no joelho.

Distensão muscular: nome comum para uma ruptura de fibras musculares ou do tecido fibroso do músculo, geralmente causado por um esforço muito grande ou por estresse muscular. Também chamado de estiramento muscular.

Ruptura de tendão ou ligamento: o joelho é o campeão deste tipo de lesão. Músculos fortes protegem mais os ossos, ligamentos e tendões.

Fratura: os ossos de pessoas sadias se tornam mais densos e fortes quando submetidos à pressão constante, por isso, pessoas ativas que fazem exercícios com regularidade, têm menos probabilidade de fraturas. Tanto os atletas de fim de semana, quanto os atletas profissionais, podem apresentar fraturas por estresse.

A dose ideal de atividade física é individual e delimitada pelo prazer e pela dor. Devem ser levados em conta a idade, motivação, aptidão e o biótipo. Sempre com base na avaliação física do indivíduo.

Recomenda-se fazer exercícios pelo menos quatro vezes por semana, incluindo no programa de atividades físicas os exercícios aeróbios, os exercícios com peso, os alongamentos e a Yoga, que não é só atividade física, mas principalmente reforma íntima e mudança de atitudes e hábitos.
Valéria Alvin Igayara de Souza

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