AUTO-SINTONIA
Para construir um mundo melhor, temos de melhorar o nível de ser do indivíduo. Cada um de nós deve trabalhar para o aperfeiçoamento próprio. E aceitar na vida geral da humanidade, a sua parcela de responsabilidade.
Marie Cury
LOUVOR, ROGATIVA E GRATIDÃO
Quando você despertar, cada dia, defrontando a mensagem luminosa do sol fecundo e aspirando o ar puro e balsâmico da generosa Mãe Natureza, escutando a voz do vento no arvoredo feliz e produtivo a misturar-se à sinfonia canora das avezitas e dos animais, ore em louvor ao Pai Celeste, que lhe propicia mais uma oportunidade de luta na grande estrada da existência terrena.
Quando a dor, em forma de agonia e solidão ou vestida de enfermidade e amargura, abraçar-lhe o corpo frágil, atingindo-lhe a alma sedenta de paz, descoroçoando o seu ânimo e escurecendo o céu da sua paisagem íntima, ore, rogando inspiração e socorro para vencer a fragilidade orgânica e superar o testemunho moral, atravessando a ponte da dificuldade.
Quando o desrespeito físico houver sido regularizado e a inquietação se amainar no solo do espírito, envolvendo-o em doce e plácida serenidade, ore, agradecendo a gentileza divina que o enriqueceu de favores em forma de harmonia e paz.
Louve o Senhor em todos os dias da sua vida, cantando o amor no trabalho venturoso em favor de todas as criaturas.
Rogue-lhe as fortunas morais da segurança e da fé e os tesouros espirituais da alegria e do trabalho, transformando sua alma em estrela brilhante em noite escura, qual bênção de tênue claridade aos que se afligem no torvelinho tempestuoso das paixões.
Agradeça ao Senhor a oferenda recebida, cada hora, como a jóia do minuto que lhe enseja resgate e conquista para o Espírito — esse viajor da Eternidade.
Não macule, entretanto, a sua oração com os pedidos mesquinhos que nascem na ambição desvairada e se desenvolvem no desequilíbrio da emoção.
Respeite na oração o anjo do amor, que em nome da criatura busca o Criador, e na inspiração que logo advém descubra a resposta celeste, resultante do carinho de nosso Pai por todos nós.
Ore e trabalhe sempre e sem desfalecimento.
Abra a boca na prece e dilate os sentimentos na comunhão oracional, buscando os celeiros da inefável luz, e a alimentação substanciosa do amor divino desdobrará para você a percepção espiritual, inundando-o de vitalidade para a continuação de luta em que você se empenha.
AO LEVANTAR-SE
Agradeça a Deus a bênção da vida, pela manhã.
Se você não tem o hábito de orar, formule pensamentos de serenidade e otimismo, por alguns momentos, antes de retomar as próprias atividades.
Levante-se com calma.
Se deve acordar alguém, use bondade e gentileza, reconhecendo que gritaria ou brincadeiras de mau gosto não auxiliam em tempo algum.
Guarde para com tudo e para com todos a disposição de cooperar para o bem.
Antes de sair para a execução de suas tarefas, lembre-se de que é preciso abençoar a vida para que a vida nos abençoe.
André Luiz
AFLIÇÃO VAZIA
Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos.
Desejamos referir-nos, sobretudo, ao sofrimento inútil da tensão mental que nos inclina à enfermidade e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço.
No passado e no presente, instrutores do espírito e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo um dos piores corrosivos da alma. De nossa parte, é justo colaboremos com eles, a benefício próprio, imunizando-nos contra essa nuvem da imaginação que nos atormenta sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva.
Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto, que deu o melhor de si, no estudo da lição, de modo a comparecer diante da prova, evidenciando consciência tranqüila.
Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido, a inquietação nos visita a casa íntima na condição do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la; e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é indispensável policiar o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes a serenidade necessária...
Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a idéia voltada para o mal é contribuição para que o mal aconteça; e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado.
Analisemos desapaixonadamente os prejuízos que as nossas preocupações injustificáveis causam aos outros e a nós mesmos, e evitemos semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente, reservamos à aflição vazia.
Lembremo-nos de que as Leis Divinas, através dos processos de ação visível e invisível da natureza, a todos nos tratam em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas, entre as necessidade do aperfeiçoamento e os desafios do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão não substitui esforço construtivo, ante os problemas naturais do caminho. E façamos isso, não apenas por amor aos que nos cercam, mas também a fim de proteger-nos contra a hora da ansiedade que nasce e cresce de nossa invigilância para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos o tempo sem qualquer razão de ser.
Emmanuel
A PRESENÇA DO AMOR
O amor — alma da vida — é o hálito divino a espraiar-se em toda parte, manifestando a Paternidade de Deus.
Onde quer que se expresse, imanta quantos se lhe acercam, modificando a estrutura e a realidade para melhor.
No amor se encontram todas as motivações para o progresso, emulando ao avanço, na libertação dos atavismos que, por enquanto, predominam em a natureza humana.
Por não se identificar com o amor na sua realização incessante, a criatura posterga a conquista dos valores que a alçam à paz e a engrandecem.
Sem o amor se entorpecem os sentimentos, e a marcha da sensação para a emoção torna-se lenta e difícil.
Em qualquer circunstância o amor é sempre o grande divisor de águas.
Vivendo-o, Jesus modificou os conceitos então vigentes, iniciando a Era do Espírito Imortal, que melhor expressa todas as conquistas do pensamento.
Se te encontras sob a alça de mira de injunções dolorosas, sofrendo incompreensões e dificuldades nos teus mais nobres ideais, não te abatas, ama.
A noite tempestuosa e sombria não impede que as estrelas brilhem acima das nuvens borrascosas.
Se o julgamento descaridoso te perturba os planos de serviço, intentando descoroçoar-te, mediante o ridículo que te imponham, mesmo assim, ama.
O sarçal aparentemente amaldiçoado, no momento oportuno abre-se em flor.
Se defrontas a enfermidade sorrateira que intenta dominar as tuas forças, isolando-te no leito da imobilidade e reduzindo as tuas energias, renova-te na prece e ama.
O deserto de hoje foi berço generoso de vida e pode, de um momento para outro, sob carinhoso tratamento, reverdecer-se e florir.
O amor é bênção de que dispões em todos os dias da tua vida para avançares e conquistares espaços no rumo da evolução.
Não te canses de amar, sejam quais forem as circunstâncias por mais ásperas se te apresentem.
A Doutrina de Jesus, ora renascida no pensamento espírita, é um hino-ação de amor, assinalando a marcha do futuro através das luzes da razão unida à fé em consórcio de legítimo amor.
Joanna de Ângelis
AUTO SINTONIA - 437
Não enterre os talentos que Deus lhe deu. Empregue-os conscientemente, sem receio e sem reservas. Aspire elevar-se e acredite em seu êxito. Você vencerá na proporção em que acreditar. Mesmo que as demais pessoas não acreditem em seus talentos, você pode vencer, você vai vencer com fé em Deus.
Dinamor
CRIAÇÃO VERBAL
Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não...
- Jesus. (Mateus, 5:37.)
Toda frase, no mundo da alma, é semelhante a engenho de projeção suscitando imagens na
câmara oculta do pensamento.
Temos, assim, frases e frases: duras como aço; violentas como fogo; suaves como brisa; reconfortantes como sol; mordentes quais lâminas; providenciais como bálsamos.
À vista disso, todos nós carregamos, no estoque verbalístico, palavras e palavras:
palavras - bênçãos;
palavras - armadilhas;
palavras - charcos;
palavras - luzes;
palavras - esperanças;
palavras - alegrias;
palavras - promessas;
palavras - realizações;
palavras - trevas;
palavras - consolos;
palavras - aflições;
palavras - problemas.
Sabendo nós que o Criador, ao criar a criatura, criou nessa mesma criatura o poder de criar, é forçoso reconhecer que toda frase cria imagens e toda imagem pode criar alguma coisa. Saibamos, assim, compor as nossas frases com as nossas melhores palavras, nascidas em nossos melhores sentimentos, porque toda peça verbal rende luz ou sombra, felicidade ou sofrimento, bem ou mal para aquele que lhe faz o lançamento na Criação.
Emmanuel
COM EFEITO
Exercite a humildade ao lado dos modestos servidores do lar doméstico.
Ser humilde com os superiores, de quem se depende, é muito fácil.
Suporte com resignação as dificuldades da tarefa nova.
Quem muda de clima sofre a modificação da temperatura.
Retorne ao trabalho com ânimo redobrado, no lugar em que o insucesso o magoou.
Nem sempre o triunfo pode ser sentido nas moedas de lucro fácil.
Submeta-se às vicissitudes naturais da luta, mas prossiga na direção do serviço honrado.
Não há repouso justo sem o cansaço haurido nas tarefas da aprendizagem.
Cultive o verbo "cooperar".
O progresso nasce quando todos se ajudam.
Levante-se do erro e siga renovando-se.
Muita correnteza cristalina nasce em lodo.
Seja indulgente com aqueles que ainda se demoram sob as fortes luzes da ilusão.
O perdão que você oferece aos outros funciona como lubrificante nas engrenagens de sua alma.
Desperte na criança o ardor evangélico, atestando sempre junto a ela a excelência da Mensagem Cristã.
As atitudes hostis que você mantém, supondo que "a criança não entende", anulam quaisquer palavras da pregação apaixonada.
Combata a onda materialista que domina o mundo, deixando de apoiar as indústrias de perversão dos valores morais.
O prazer do cinema, teatro e televisão, muitas vezes se transforma em "labaredas para o coração".
Empenhe-se na implantação do Evangelho na Terra.
Faça-se, entretanto, uma "carta-viva do Cristo".
Marco Prisco
A HUMILDADE E A SUBSERVIÊNCIA
A humildade ou modéstia é uma virtude isenta de orgulho, vaidade e presunção, pela qual reconhecemos as nossas limitações e nos colocamos em posição favorável de obter os recursos que possam suprir nossas carências materiais, intelectuais, sociais, culturais, profissionais e emocionais.
A subserviência muito embora se confunda, às vezes, com a humildade ou modéstia, consiste no servilismo, na bajulação, na submissão desproporcional e interesseira. É a falsa modéstia. Deixa de ser uma virtude para ser uma acomodação ou vício.
A pessoa modesta não se sente humilhada, não se rebaixa, não se degrada; é respeitosa, atenciosa, compreensível e, naturalmente prestativa.
Com essa característica peculiar supera suas reais deficiências e limitações, mostra-se simpática e accessível a todas as formas de ajuda, aprende com mais facilidade e integra-se mais rapidamente ao ambiente social e profissional.
A humildade não nos impede de reivindicar nossos direitos e nem de expor nossos predicados e capacidades desde que se faça com parcimônia e sem exaltação e vaidade.
A falsa modéstia pode advir da insegurança, da falta de autoestima, da carência de elogios para se afirmar e, até mesmo, da presunção. Pode ainda tratar-se de um ardil para usufruir da comiseração alheia.
Daí a importância, especialmente para quem lida com a educação, com a assistência social e com a cooptação de recursos humanos, em conhecer e fazer o discernimento entre essas duas formas pelas quais pode se manifestar a “humildade”.
Luiz Gonzaga S. Ferreira
ANTE OS OUTROS
Senhor!...
Ensina-nos a compreender a importância dos outros.
Em verdade, recolhemos de alguns as dificuldades e os problemas, no entanto, de inúmeros outros obtemos as alegrias e as bênçãos que nos enobrecem a vida.
Entre alguns outros, surpreendemos os adversários gratuitos que, por vezes, buscam entravar-nos os passos; faze-nos entender, porém, que entre muitos outros, encontramos os amigos e os benfeitores, os companheiros de ideal e trabalho, os que colaboram conosco, em nossas realizações, e os que nos aliviam nas tribulações do caminho. De alguns, temos a censura, mas de outros, procedem os estímulos ao desempenho das tarefas que nos confiaste.
Alguns nos inclinam ao pessimismo, entretanto, outros muitos nos estendem cooperação e esperança, encorajamento e carinho.
Das mãos de alguns, recebemos obstáculos que nos alarmam por momentos, no entanto, de muitos outros recebemos consolo e incentivo, apreço e aprovação para muito tempo nas trilhas do cotidiano.
Quando a nuvem da provação nos alcance, induze-nos a buscar, com humildade, o socorro dos corações que nos fazem doadores da paz e da segurança de que todos necessitamos para viver, segundo os teus desígnios.
Senhor, haja o que houver da parte de alguns para que se nos enfraqueçam as energias na estrada do próprio aperfeiçoamento, auxilia-nos a procurar o concurso dos outros com a aceitação de nossa pequenez, para que não nos faltem as oportunidades de serviço e aprimoramento, aprendizado e renovação, hoje e sempre.
Assim seja.
Meimei
PÃO, OURO E AMOR
Aquele diz: — Isto é meu. Outro afirma: Guardo o que me pertence.
Entretanto, só Deus é o legítimo Senhor de Tudo.
Rejubilas-te com a nutrição... Contudo foi Ele que promoveu a sustentação da semente para que a semente convertida em pão, te assegure o equilíbrio.
Orgulhas-te do dinheiro que te garante a aquisição das utilidades imprescindíveis à segurança e ao conforto... no entanto, foi Ele, quem te angariou indiretamente os recursos preciosos para que te não faltassem saúde e raciocínio, disposição e inteligência na tarefa em que te sorri a fortuna.
Regozijas-te com o lar... Todavia, foi Ele quem te situou nos braços maternais que te acalentaram os vagidos primeiros, aproximando-te dos afetos que te enriquecem os dias.
Lembra-te de Deus, o Todo Misericordioso que nos confia os tesouros da existência, a fim de que aprendamos a buscar-Lhe o Paterno Seio...
E reparte com teu irmão do caminho os talentos que Ele te empresta, na certeza de que somente ao preço da FRATERNIDADE INFATIGÁVEL E PURA, subirás para a Glória Divina, em que Deus te reserva a imortalidade da vida, entre as fulgurações da Sabedoria Imperecível e as bênçãos do Amor Eterno.
Scheilla
DIANTE DA ANGÚSTIA
A ausência de objetivos existenciais conduz o indivíduo à conceituação do nada como um mecanismo de fuga da realidade.
Kierkegaard, o eminente teólogo e filósofo dinamarquês, estabeleceu que a ausência de sentido da vida conduz à angústia, procedendo do nada e vivenciando realidades para o futuro .
Essa ambigüidade entre o nada e o ser leva a uma irracionalidade da sua existência metafísica e a expressão absurda da vida.
Essa conceituação abriu espaço para formulações variadas na área da filosofia, facultando aos existencialistas, através do pensamento de Sartre, que a considerava como sendo uma expressão de liberdade, conseqüência da falta de objetivos essenciais. Igualmente os sensualistas têm-na como ausência de metas, o absurdo, produzindo resultados de aniquilamento da vida, como pensava Camus e todo um grupo de apologistas do prazer.
Sob o ponto de vista psicológico, a angústia resulta de vários fatores ancestrais, que podem possuir uma carga genética, que imprimiu no comportamento a patologia perturbadora.
Outros impositivos psicossociais como perinatais influenciam a conduta angustiante, levando à depressão profunda, que pode resultar em suicídio.
A fixação de pensamentos negativos em que o homem se compraz termina por gerar conflitos graves quando se negam auto-estima e o direito à felicidade, vivência a autoconsideração, tombando na revolta surda e silenciosa, que cultiva nos dédalos da personalidade conflitiva.
Entretanto, as raízes fortes da angústia encontram-se emaranhadas no passado de culpa do Espírito, que reconhece o erro e teme ser descoberto.
Envolve-se , sem dar-se conta, num manto sombrio de desconforto moral e sem ter consciência da sua realidade, compreende-a, mas não sabendo digeri-la, transforma-a em mortificação, em cilício, que o amargura.
Faltando valores morais para um enfrentamento lúcido com a realidade em que limita os movimentos, transfere o sentido de responsabilidade para o próximo, para a sociedade e descarrega a sua mágoa, rebelando-se, anulando-se.
A angústia é estado mórbido que deve ser combatido na sua causalidade.
A reflexão em torno dos valores que são desconsiderados, a introspeção sobre a oportunidade de despertamento para ser útil, o sentimento de fraternidade que deve ser despertado, contribuem positivamente para o tratamento libertador...
A ajuda especializada de terapeuta responsável enseja o desalgemar do Espírito desse amargo estado aflitivo, acenando possibilidades felizes que se transformam em bem –estar e saúde.
Não raro, o portador de angústia cultiva o masoquismo, que resulta de uma consulta egoísta, graças, ao que, mediante mecanismo psicológico especial, foge da realidade por necessidade de valorização pessoal.
Em face da ausência de recursos positivos e superiores, recorre ao atavismo dos instintos primários e descamba na torpe angústia.
Diante dela, somente uma resolução firme e legítima para facultar abertura terapêutica para o desafio.
Não havendo interesse do paciente, é certo que mais difícil se torna a liberação da psicopatologia tormentosa.
Considera a bênção da oportunidade que desfrutas e espanca as sombras da tristeza que, periodicamente, te assaltam.
Evita acumular amarguras defluentes da queixa, da sensação de infelicidade, e trabalha-te, a fim de que teu amanhã se apresente menos tenebroso.
Hoje colhes, enquanto fruis o ensejo de ensementar.
Busca ser útil a alguém, mesmo que, aparentemente, nenhum objeto se te delineie de imediato.
Sempre há oportunidade, quando se deseja crescer e desenvolver valores latentes.
Jesus informou que Ele é vida e vida em abundância.
Recorre-lhe à ajuda, e deixa-te curar pela sua assistência de Psicoterapeuta por excelência.
Joanna de Ângelis
A LÍDIMA LUZ
Filhos queridos.
Que a paz do Senhor seja por vós cultivada.
Lutais, filhos, lutais por expungir de vós a mácula da imperfeição.
Lutai contra o inimigo devorador – a imperfeição – a fim de que tenhais condição, enfim, de acender em vós a luz da vida plena.
Confiai na Divina Misericórdia que vos dá o suporte da fé e da esperança para que vos supereis a vós mesmos!
A Doutrina que Jesus nos legou é a meridiana luz a convocar-nos à ascensão, desde que a ela rendamo-nos confiantes!
A luz que havemos recebido é um tesouro de incalculável valor para a riqueza do Espírito imortal. O homem dos dias atuais carece, ainda mais, da conscientização de que a luz mostrada por Jesus é a única forma de nos sentirmos mais irmãos.
Conquanto alguns irmãos nossos, ainda se debatam sobre alicerces inseguros, nós outros que estagiamos no campo do Cristianismo redivivo, temos como dever moral de nos consagrarmos à fraternidade legítima.
Allan Kardec, o eminente Codificador, deixou-nos a abençoada Doutrina prometida por Jesus! Os anjos do Senhor, todavia, ainda nos convocam a todos para o incomensurável concerto do amor universal. “Nenhuma de minhas ovelhas se perderá” , afirmou o Príncipe da Paz!
Confiemos mais na luz, filhos queridos, e vereis os frutos de vossos esforços germinarem em vossos próprios corações.
Lutais, acima de tudo contra a ociosidade que tenta vos barrar a marcha!
A hora é hoje, o momento é agora. Cessai vossas lágrimas para que o suor de vossos esforços possam amparar os corações dos desafortunados.
Jesus conta com cada um de vós. Sois chamados para vir contribuir na grande Seara do amor.
Hoje, cantamos glória do Senhor, mais, mais do que a contemplação, urge o vosso esforço na grandiosa tarefa de servir!
Deixo a todos vós confrades, meus sinceros agradecimentos pela lembrança permanente em nossa humílima pessoa.
Ficai com Deus, filhos queridos, ficais com Jesus e muito, muito esforço em vossos corações no sentido de servir acima de vossas próprias vontades!
Um abraço do servidor humílimo e fraternal de sempre.
Bezerra de Menezes
HUMILDADE SEMPRE
Alegra-te por fazeres parte da grandeza indescritível do Universo.
Não te subestimes, a ponto de constituíres-te uma nota dissonante, nesta sinfonia de incomparável musicalidade.
Busca sintonizar-te com a melodia que paira no ar, vibrante, afinando-te com a glória da vida.
Engrandece-te na ação das coisas de menor monta; apequena-te, quando diante das expressivas realizações que promovem os pruridos da vaidade e desarticulam as peças da simplicidade.
No contexto das expressões do Universo tu és importante, traduzindo a glória da Criação e evoluindo sem cessar.
A humildade exterioriza o valor e a conquista pessoais.
Ignorando-se, irradia-se e fomenta a paz em toda parte.
Jamais te deixes engolfar pela revolta, que traduz soberba e orgulho.
Quando alguém se permite penetrar de humildade, enriquece-se de força renovadora que se não exaure.
Contempla as estrelas, mas não te descuides dos pedregulhos sob os teus pés.
Sonha com os acumes esplendorosos das alturas, no entanto, não desconsideres as dificuldades-desafio da ascensão.
O Sol, que mantém a corte de astros que o cercam, desgasta-se, lentamente.
A Tecnologia, de tão salutares benefícios para a Humanidade, também responde pela tremenda poluição que ameaça a vida e a Natureza.
O metal, que reluz, se consome no burilamento a que se entrega.
Só a humildade brilha sem desgastar-se e eleva sem por em perigo.
Muitos falam, escrevem e traçam definições sobre a humildade de que se dizem possuidores ou que propõem para vivê-la os outros.
Sê tu aquele que passa incompreendido, porém entendendo o próximo e as circunstâncias, sem tempo para justificativas ou colocações defensivas.
Segue a programação a que te vinculas com o bem, não descurando o burilamento íntimo, o sacrifício pessoal.
Se outros pensam em contrário à tua atividade — cala e prossegue.
Cada qual responde a si mesmo pelo que é e pelo que faz.
A humildade difere da humilhação. Uma é luz, outra é treva; a primeira eleva, a segunda rebaixa.
Investe-te da segurança, de que, na Terra, ainda não há lugar ou pelo menos compreensão, para a verdadeira humildade de que Jesus se fez o protótipo por excelência, e, olhos nEle postos, ignora o mal e os sequazes dos maus, não revidando nem magoando ninguém, embora ferido, em sofrimento intenso, na certeza da vitória plena e final, após a larga travessia pelo oceano das paixões humanas dilacerantes.
AUTO-SINTONIA - 434
Tudo que era festa, de repente, ficou infeliz. Onde o erro? Muitas vezes custamos a entender que o caminho da infelicidade se inicia na curva da traição ao Real Desejo. Não há como copular com a verdade do alvo se a flecha está oca de sentido e o arco vacila na incerteza da entrega ao que percebemos de fato não nos pertencer.
ANTE OS OUTROS
Senhor!...
Ensina-nos a compreender a importância dos outros.
Em verdade, recolhemos de alguns as dificuldades e os problemas, no entanto, de inúmeros outros obtemos as alegrias e as bênçãos que nos enobrecem a vida.
Entre alguns outros, surpreendemos os adversários gratuitos que, por vezes, buscam entravar-nos os passos; faze-nos entender, porém, que entre muitos outros, encontramos os amigos e os benfeitores, os companheiros de ideal e trabalho, os que colaboram conosco, em nossas realizações, e os que nos aliviam nas tribulações do caminho. De alguns, temos a censura, mas de outros, procedem os estímulos ao desempenho das tarefas que nos confiaste.
Alguns nos inclinam ao pessimismo, entretanto, outros muitos nos estendem cooperação e esperança, encorajamento e carinho.
Das mãos de alguns, recebemos obstáculos que nos alarmam por momentos, no entanto, de muitos outros recebemos consolo e incentivo, apreço e aprovação para muito tempo nas trilhas do cotidiano.
Quando a nuvem da provação nos alcance, induze-nos a buscar, com humildade, o socorro dos corações que nos fazem doadores da paz e da segurança de que todos necessitamos para viver, segundo os teus desígnios.
Senhor, haja o que houver da parte de alguns para que se nos enfraqueçam as energias na estrada do próprio aperfeiçoamento, auxilia-nos a procurar o concurso dos outros com a aceitação de nossa pequenez, para que não nos faltem as oportunidades de serviço e aprimoramento, aprendizado e renovação, hoje e sempre.
Assim seja.
CRISES E VOCÊ
“...Detestai o mal, apegai-vos ao bem. (Paulo - Romanos - 12:9)
Justificando as suas problemáticas aflitivas, você relaciona as crises que enxameiam o mundo, sobrecarregando as criaturas de angústias.
E anota:
crise entre as nações, que se entregam a lutas encarniçadas;
crise nas finanças, que sustentam a balança das trocas internacionais;
crise nos negócios, que padecem ágios superlativos;
crise na saúde dos homens, que se decompõe sob a inspiração de estupefacientes, agressões e permissividades; crise de trabalho, em que multidões de cidadãos cruzam os braços, ora superados pela tecnologia, ora vitimados pelas contingências sócio-econômicas vigentes nos diversos países;
crise na compreensão dos direitos e deveres humanos, nos quais os Organismos Mundiais se debatem, sem encontrar solução satisfatória;
crise de alimentos, ante a diminuição da fertilidade dos solos; crise ambiental, que a poluição de variada nomenclatura ameaça de extinção a Natureza, conseguintemente, o homem;
crise de natalidade humana, em que as opiniões se dividem e se disputam predominância; crise de confiança,uma vez que a civilização não logrou uma ética de fraternidade entre os homens; crise de amor, porque as explosões da sensualidade enxovalham as elevadas expressões da beleza e da alegria...
Há muita crise, no entanto, você pode modificar a paisagem que lhe parece anárquica, em marcha para a desagregação.
Não acuse o caído - levante-o.
Não exorbite dos seus direitos - cumpra com os seus deveres.
Não exprobre o errado - vença o erro.
Não afira valores por meio de medidas exteriores - conceda a todos a oportunidade de crescer.
Não dissemine o pessimismo - faça claridade onde você esteja.
Não disperse o tempo na inutilidade - produza alguma coisa de positivo.
Cultive a compaixão pelos irmãos combalidos e conceda-lhes um pouco de você.
Terapêutica eficiente para a crise moral que você constata na Terra: exercício do amor, em que o Cristo viveu.
Quanto às demais crises, as generalizadas, não se preocupe com elas demasiadamente.
Realize sua parte.
Saia da crise interior em que você se debate sem rumo, iniciando, agora, um programa dignificante em favor de você mesmo, e perceberá que o mundo está miniaturizado em você, sendo você, em razão disso, uma célula importante do organismo universal que deverá permanecer sadia a benefício geral.
E, conforme asseverou Paulo, “deteste o mal e apegue-se ao bem”, sempre e invariavelmente.
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