Existem cinco possibilidades de se fazer a anticoncepção da mulher:
Reversíveis
1-tabela de dias férteis
2-métodos de barreira
3-dispositivos intrauterinos
4-uso de medicações hormonais
Irreversível
5-laquedura tubária
Tabela de dias férteis
A mulher ovula uma vez por mês e esta ovulação se dá teoricamente no décimo quarto dia do ciclo.
Se considerarmos que os espermatozóides, após serem depositados na vagina, têm uma vida média de 12 a 24 horas e que o óvulo, após ser captado pela trompa, estaria disponível no útero por cerca de 24 horas, a mulher seria fértil apenas 24 a 48 horas por ciclo.
Desta forma se a ovulação ser der no décimo quarto dia do ciclo, o que seria a regra precisa em um ciclo padrão, teríamos fertilidade apenas do décimo segundo ao décimo sexto dia do ciclo.
Contudo, a ovulação nem sempre ocorre com tal precisão, o que faz com que a tabela seja restrita apenas a estes dias, o que leva a uma falha de cerca de 30%. Isto porque a ovulação pode ocorrer em qualquer dia do ciclo, inclusive, excepcionalmente, durante a menstruação.
Em razão desta variação do dia da ovulação, sugere-se uma “tabela de segurança” que seria estatísticamente mais adequada: permitir relação sexual do primeiro ao sétimo dia do ciclo, considerando o primeiro dia do ciclo o primeiro dia de sangramento menstrual, e do vigésimo ao vigésimo sétimo dia do ciclo, lembrando que quanto mais próximo do décimo quarto dia do ciclo maior é o risco de fecundação.
Métodos de barreira
Chamam-se métodos de barreira aqueles que evitam a gravidez impedindo o encontro dos espermatozoides com o óvulo na vagina.
Os principais são:
- Geleias anticoncepcionais, que, por serem ácidas, matam os espermatozoides.
Terão que ser usadas imediatamente antes do início de cada ato sexual.
- Condom, a chamada camisinha masculina.
- Diafragma, usado pela mulher junto com geleia anticoncepcional.
Colocado cerca de 1 hora antes de iniciar o ato sexual e retirado após 24 horas.
- A camisa feminina, usada pela mulher antes de iniciar o ato sexual
Estes são métodos que exigem correta aplicação para serem eficientes, necessitando um bom entrosamento do casal.
Dispositivos intrauterinos (DIU)
Os dispositivos intrauterinos são artefatos feitos de plásticos inertes, geralmente silicone, de vários formatos, que são colocados dentro do útero.
Dependendo do tipo podem permanecer de 3 a 5 anos dentro do útero.
O mecanismo de ação seria explicado pela reação do endométrio, tecido interno do útero, que se tornaria hostil ao espermatozoide, ou pelo impedimento da fixação no útero de um ôvo fecundado.
Existem DIUs com envoltório de cobre, metal este que continuamente libera ions cobre, que são letais para os espermatozoides, potencializando assim a reação endometrial..
Existe também um tipo de DIU medicado com hormônio, o que dá mais eficiência ao método – ação local+ação hormonal.
Como principais efeitos colaterais temos as cólicas, sangramentos intermenstruais, sangramentos menstruais mais volumosos e possibilidade de infecções.
Exige acompanhamento médico permanente e tem falha de apenas 0.8%.
A maioria das mulheres se adapta bem, com nenhum ou mínimos efeitos colaterais.
Tem a vantagem de não interferir no metabolismo hormonal.
Medicações hormonais
As medicações hormonais baseiam-se no bloqueio da ovulação pela administração de hormônios por diferentes vias: orais, transdérmicos, injetáveis e implantes.
É o método de menor índice de falha, cerca de 0.2%.
Como efeitos colaterais mais frequentes temos ganho de pêso, nauseas, sangramento uterino intermenstrual, aumentos das varicosidades de membros inferiores, aumento da coagulação sanguinea.
Os efeitos colaterais são extremamente variáveis de mulher para mulher , desde ausentes até intensos, obrigando muitas vezes a interrupção.
As medicações orais são as mais usadas pela praticidade e menores efeitos colaterais, principalmente os chamados de última geração.
Um grupo de anticoncepcionais orais são de uso contínuo, suspendendo o sangramento menstrual enquanto usados.
São muito úteis para evitar a tensão pré menstrual, as cólicas menstruais e o desconforto mensal de usar absorventes.
Estudos demonstram que a supressão da menstruação por longo período não traz risco para a saúde feminina, voltando tudo ao normal após suspensão do medicamento.
Os anticoncepcionais transdérmicos são apresentados na forma de adesivos, que são trocados a cada 7 dias.
Os anticoncepcionais injetáveis podem ser administrados mensal ou trimestralmente.
Os implantes são pequenos e finos tubos de hormônio inseridos no tecido subcutâneo, na face interna do braço, que tem efeito anticoncepcional por 3 anos.
Laqueadura tubária
A laqueadura tubária consiste na ligadura das trompas, o que impede o óvulo de chegar ao útero.
É método cirúrgico, em princípio irreversível, sendo portanto um tratamento que exige considerar todas as consequencias antes de se decidir adotá-lo.
A recanalização das trompas, também por intervenção cirúrgica, tem sucesso em apenas cerca de 30% dos casos.
Pelo exposto, verifica-se que as possibilidades de anticoncepção são diversas, cada uma com vantagens e desvantagens, maior ou menor eficiência.
Caberá ao médico escolher o método que melhor se adapte à paciente, após uma discussão ampla e clara do custo-benefício do método, para que não reste nenhuma dúvida sobre o tratamento proposto.
Reversíveis
1-tabela de dias férteis
2-métodos de barreira
3-dispositivos intrauterinos
4-uso de medicações hormonais
Irreversível
5-laquedura tubária
Tabela de dias férteis
A mulher ovula uma vez por mês e esta ovulação se dá teoricamente no décimo quarto dia do ciclo.
Se considerarmos que os espermatozóides, após serem depositados na vagina, têm uma vida média de 12 a 24 horas e que o óvulo, após ser captado pela trompa, estaria disponível no útero por cerca de 24 horas, a mulher seria fértil apenas 24 a 48 horas por ciclo.
Desta forma se a ovulação ser der no décimo quarto dia do ciclo, o que seria a regra precisa em um ciclo padrão, teríamos fertilidade apenas do décimo segundo ao décimo sexto dia do ciclo.
Contudo, a ovulação nem sempre ocorre com tal precisão, o que faz com que a tabela seja restrita apenas a estes dias, o que leva a uma falha de cerca de 30%. Isto porque a ovulação pode ocorrer em qualquer dia do ciclo, inclusive, excepcionalmente, durante a menstruação.
Em razão desta variação do dia da ovulação, sugere-se uma “tabela de segurança” que seria estatísticamente mais adequada: permitir relação sexual do primeiro ao sétimo dia do ciclo, considerando o primeiro dia do ciclo o primeiro dia de sangramento menstrual, e do vigésimo ao vigésimo sétimo dia do ciclo, lembrando que quanto mais próximo do décimo quarto dia do ciclo maior é o risco de fecundação.
Métodos de barreira
Chamam-se métodos de barreira aqueles que evitam a gravidez impedindo o encontro dos espermatozoides com o óvulo na vagina.
Os principais são:
- Geleias anticoncepcionais, que, por serem ácidas, matam os espermatozoides.
Terão que ser usadas imediatamente antes do início de cada ato sexual.
- Condom, a chamada camisinha masculina.
- Diafragma, usado pela mulher junto com geleia anticoncepcional.
Colocado cerca de 1 hora antes de iniciar o ato sexual e retirado após 24 horas.
- A camisa feminina, usada pela mulher antes de iniciar o ato sexual
Estes são métodos que exigem correta aplicação para serem eficientes, necessitando um bom entrosamento do casal.
Dispositivos intrauterinos (DIU)
Os dispositivos intrauterinos são artefatos feitos de plásticos inertes, geralmente silicone, de vários formatos, que são colocados dentro do útero.
Dependendo do tipo podem permanecer de 3 a 5 anos dentro do útero.
O mecanismo de ação seria explicado pela reação do endométrio, tecido interno do útero, que se tornaria hostil ao espermatozoide, ou pelo impedimento da fixação no útero de um ôvo fecundado.
Existem DIUs com envoltório de cobre, metal este que continuamente libera ions cobre, que são letais para os espermatozoides, potencializando assim a reação endometrial..
Existe também um tipo de DIU medicado com hormônio, o que dá mais eficiência ao método – ação local+ação hormonal.
Como principais efeitos colaterais temos as cólicas, sangramentos intermenstruais, sangramentos menstruais mais volumosos e possibilidade de infecções.
Exige acompanhamento médico permanente e tem falha de apenas 0.8%.
A maioria das mulheres se adapta bem, com nenhum ou mínimos efeitos colaterais.
Tem a vantagem de não interferir no metabolismo hormonal.
Medicações hormonais
As medicações hormonais baseiam-se no bloqueio da ovulação pela administração de hormônios por diferentes vias: orais, transdérmicos, injetáveis e implantes.
É o método de menor índice de falha, cerca de 0.2%.
Como efeitos colaterais mais frequentes temos ganho de pêso, nauseas, sangramento uterino intermenstrual, aumentos das varicosidades de membros inferiores, aumento da coagulação sanguinea.
Os efeitos colaterais são extremamente variáveis de mulher para mulher , desde ausentes até intensos, obrigando muitas vezes a interrupção.
As medicações orais são as mais usadas pela praticidade e menores efeitos colaterais, principalmente os chamados de última geração.
Um grupo de anticoncepcionais orais são de uso contínuo, suspendendo o sangramento menstrual enquanto usados.
São muito úteis para evitar a tensão pré menstrual, as cólicas menstruais e o desconforto mensal de usar absorventes.
Estudos demonstram que a supressão da menstruação por longo período não traz risco para a saúde feminina, voltando tudo ao normal após suspensão do medicamento.
Os anticoncepcionais transdérmicos são apresentados na forma de adesivos, que são trocados a cada 7 dias.
Os anticoncepcionais injetáveis podem ser administrados mensal ou trimestralmente.
Os implantes são pequenos e finos tubos de hormônio inseridos no tecido subcutâneo, na face interna do braço, que tem efeito anticoncepcional por 3 anos.
Laqueadura tubária
A laqueadura tubária consiste na ligadura das trompas, o que impede o óvulo de chegar ao útero.
É método cirúrgico, em princípio irreversível, sendo portanto um tratamento que exige considerar todas as consequencias antes de se decidir adotá-lo.
A recanalização das trompas, também por intervenção cirúrgica, tem sucesso em apenas cerca de 30% dos casos.
Pelo exposto, verifica-se que as possibilidades de anticoncepção são diversas, cada uma com vantagens e desvantagens, maior ou menor eficiência.
Caberá ao médico escolher o método que melhor se adapte à paciente, após uma discussão ampla e clara do custo-benefício do método, para que não reste nenhuma dúvida sobre o tratamento proposto.
Dr. Ramiro Gialuisi |
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