Diferenciando a aplicação dos tratamentos de acordo com as características de brancas, negras e asiáticas
Uma lição aprendida nesses tempos de proliferação de aplicações de toxina botulínica tipo A, conhecida como botox, e de preenchedores é a de que, para ser bom, o resultado precisa respeitar os traços de cada um. Quando isso não acontece, é desastre na certa. Querer usar as substâncias de um mesmo jeito, nos mesmos pontos faciais, é a maneira mais fácil de deixar todos os rostos iguais – na melhor das hipóteses – ou de causar incômodas deformidades, como olhos arregalados ou bochechas salientes demais.
É para evitar a ocorrência de problemas do gênero que a maioria dos bons especialistas não se prende a um manual de aplicação. Ao contrário, observa as peculiaridades de cada rosto. Aos poucos, porém, médicos e cirurgiões plásticos também começam a levar em consideração as características das raças.
Afinal, sabe-se que cada uma apresenta marcas importantes que podem influenciar o resultado dos tratamentos. “É importante respeitar os traços étnicos. Os negros, por exemplo, têm os ossos da região malar mais proeminentes, enquanto nos orientais a face é mais arredondada”, explica o cirurgião plástico Vitório Maddarena Junior, de São Paulo. “Nesses casos, é fundameltal avaliar adequadamente e colocar o ácido hialurônico, por exemplo, em áreas distintas, a fim de se obter harmonia, e não o contrário.” O ácido ao qual o médico se refere é uma das vedetes dos consultórios de beleza. Preenchedor, serve para atenuar sulcos mais profundos, como o chamado bigode chinês (vai do nariz até as laterais da boca e do queixo). É usado ainda para dar volume em áreas como as bochechas.
Também é preciso um cuidado especial na aplicação da toxina botulínica. “Em geral, negros têm uma musculatura frontal mais forte, que requererá um tipo específico de aplicação”, afirma o cirurgião plástico Gustavo Merheb, do Rio de Janeiro. “A diferença é que, como a pele é mais espessa, o músculo precisa de maior quantidade da substância para que o resultado seja satisfatório.” De acordo com o médico, asiáticos e caucasianos possuem uma musculatura frontal mais fragilizada. “Isso também requer mais cautela no momento da aplicação.”
Os pontos de intervenções – e seus objetivos – podem ser distintos. “Para amenizar as rugas da pele branca é recomendada a aplicação de toxina botulínica tipo A e o preenchimento com ácido hialurônico para melhorar os sulcos, entre outros tratamentos”, diz a cirurgiã plástica Cristina Pires Camargo, de São Paulo. Segundo ela, para a pele asiática é indicada a toxina para corrigir as rugas finais ao redor dos olhos (conhecidas como pés de galinha) e aumentar a abertura dos olhos. “Além disso, pode-se fazer o preenchimento para os lábios e maçã do rosto”, afirma. Em relação à pele negra, é preciso tratamento especial na região entre as sobrancelhas. “Esse sulco marca demais a face negra”, diz Cristina.
Outro exemplo claro de diferenças é a vulnerabilidade às manchas. A da pele das pessoas de origem asiática e negra é maior. “Elas mancham facilmente”, explica Cristina. Entre as mais frequentes está o melasma – manchas escuras cujo surgimento está associado à gravidez ou ao uso de anticoncepcionais e desencadeadas pela exposição solar sem proteção adequada. Para esses indivíduos, o cuidado na aplicação dos tratamentos nessas marcas deve ser ainda maior. “Como regra geral, quanto mais clara a pele, mais agressivo pode ser o tratamento”, explica Cristina. “Ao contrário, nas peles negras e asiáticas, corre-se o risco de piorar a mancha se ele for forte demais”, diz. As pessoas brancas, por sua vez, são mais propensas à formação de manchas por causa do excesso de exposição ao sol sem proteção.
Em relação à cicatrização, a carga genética de cada raça apresenta uma influência grande. “Negros e asiáticos possuem maior incidência de queloide”, explica o cirurgião plástico Vitório Maddarena Junior. Queloide é uma cicatrização com excesso de formação de colágeno, resultando em uma cicatriz elevada. Nesse caso, há formas para tentar evitar o problema. Uma delas é o uso da betaterapia. “É um tipo de radioterapia superficial. Mas ela não impede necessariamente a formação dessa cicatriz”, diz o médico.
É para evitar a ocorrência de problemas do gênero que a maioria dos bons especialistas não se prende a um manual de aplicação. Ao contrário, observa as peculiaridades de cada rosto. Aos poucos, porém, médicos e cirurgiões plásticos também começam a levar em consideração as características das raças.
Afinal, sabe-se que cada uma apresenta marcas importantes que podem influenciar o resultado dos tratamentos. “É importante respeitar os traços étnicos. Os negros, por exemplo, têm os ossos da região malar mais proeminentes, enquanto nos orientais a face é mais arredondada”, explica o cirurgião plástico Vitório Maddarena Junior, de São Paulo. “Nesses casos, é fundameltal avaliar adequadamente e colocar o ácido hialurônico, por exemplo, em áreas distintas, a fim de se obter harmonia, e não o contrário.” O ácido ao qual o médico se refere é uma das vedetes dos consultórios de beleza. Preenchedor, serve para atenuar sulcos mais profundos, como o chamado bigode chinês (vai do nariz até as laterais da boca e do queixo). É usado ainda para dar volume em áreas como as bochechas.
Também é preciso um cuidado especial na aplicação da toxina botulínica. “Em geral, negros têm uma musculatura frontal mais forte, que requererá um tipo específico de aplicação”, afirma o cirurgião plástico Gustavo Merheb, do Rio de Janeiro. “A diferença é que, como a pele é mais espessa, o músculo precisa de maior quantidade da substância para que o resultado seja satisfatório.” De acordo com o médico, asiáticos e caucasianos possuem uma musculatura frontal mais fragilizada. “Isso também requer mais cautela no momento da aplicação.”
Os pontos de intervenções – e seus objetivos – podem ser distintos. “Para amenizar as rugas da pele branca é recomendada a aplicação de toxina botulínica tipo A e o preenchimento com ácido hialurônico para melhorar os sulcos, entre outros tratamentos”, diz a cirurgiã plástica Cristina Pires Camargo, de São Paulo. Segundo ela, para a pele asiática é indicada a toxina para corrigir as rugas finais ao redor dos olhos (conhecidas como pés de galinha) e aumentar a abertura dos olhos. “Além disso, pode-se fazer o preenchimento para os lábios e maçã do rosto”, afirma. Em relação à pele negra, é preciso tratamento especial na região entre as sobrancelhas. “Esse sulco marca demais a face negra”, diz Cristina.
Outro exemplo claro de diferenças é a vulnerabilidade às manchas. A da pele das pessoas de origem asiática e negra é maior. “Elas mancham facilmente”, explica Cristina. Entre as mais frequentes está o melasma – manchas escuras cujo surgimento está associado à gravidez ou ao uso de anticoncepcionais e desencadeadas pela exposição solar sem proteção adequada. Para esses indivíduos, o cuidado na aplicação dos tratamentos nessas marcas deve ser ainda maior. “Como regra geral, quanto mais clara a pele, mais agressivo pode ser o tratamento”, explica Cristina. “Ao contrário, nas peles negras e asiáticas, corre-se o risco de piorar a mancha se ele for forte demais”, diz. As pessoas brancas, por sua vez, são mais propensas à formação de manchas por causa do excesso de exposição ao sol sem proteção.
Em relação à cicatrização, a carga genética de cada raça apresenta uma influência grande. “Negros e asiáticos possuem maior incidência de queloide”, explica o cirurgião plástico Vitório Maddarena Junior. Queloide é uma cicatrização com excesso de formação de colágeno, resultando em uma cicatriz elevada. Nesse caso, há formas para tentar evitar o problema. Uma delas é o uso da betaterapia. “É um tipo de radioterapia superficial. Mas ela não impede necessariamente a formação dessa cicatriz”, diz o médico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário