Técnica assusta: encarar uma temperatura duas vezes mais baixa do que a registrada no inverno da Antártida. Terapia do gelo também tem usos estéticos
A promessa da crioterapia, método terapêutico que resfria o corpo, é combater o estresse e ajudar na recuperação de lesões musculares.
A única câmara no Reino Unido fica no resort e spa Champney Tring, a 60 km de Londres. Cada sessão custa 50 libras (cerca de R$ 140).
Entre os corajosos que frequentam essa câmara estão celebridades tipo a atriz Pamela Anderson, esportistas como o piloto de corrida Mike Cowan e políticos, como o ex-primeiro ministro Tony Blair.
Por curiosidade mais do que necessidade, há dois anos, a estudante Sam Foot, 17, e a mãe Sally Foot, 50, experimentaram a crioterapia.
"Na primeira vez fiquei ansiosa, agora me controlo. O frio na câmara é diferente do que você sente na rua. É mais suportável", diz Sally.
Ela e a filha se submetem à terapia toda semana. "Gosto de fazer antes da ginástica. Dá mais resistência para encarar exercícios", diz Sam.
A TÉCNICA
Há um ritual antes de entrar na câmara. Hidratantes ou perfumes são proibidos.
Para enfrentar as temperaturas negativas são necessários uma máscara no rosto, uma faixa na cabeça que cobre o ouvido, dois pares de meia de lã até os joelhos, dois pares de luva, dois shorts, dois tops (no caso das mulheres), faixas nos braços e nas coxas e tamanco de madeira.
Antes, ainda é preciso ficar uns minutos em frente a um ventilador, para garantir que a pele esteja totalmente seca.
O fisioterapeuta zera o cronômetro e a pessoa entra primeiro numa câmara a -60ºC.
Por dentro, parece sauna seca, as paredes são de madeira. Mas há gelo no chão.
A passagem dura 30 segundos. Ela é interligada à segunda câmara, com temperatura a -130ºC. Lá é preciso ficar por três minutos.
A orientação é se movimentar, andar em círculos, mexer braços e mãos.
"Quem não aguenta ficar os três minutos pode sair antes, mas o ideal é ficar pelo menos dois minutos", diz a fisioterapeuta Renata Zejer, especialista na técnica.
Ao sair da câmara, a primeira coisa a fazer é retirar os tamancos de madeira, que ficam congelados.
Em seguida, são feitos exercícios físicos na bicicleta e em plataformas vibratórias.
A técnica começou no Japão, em 1880, mas foram os poloneses que regularam a temperatura e o tempo de exposição ao frio na câmara.
OS BENEFÍCIOS
O choque provocado pelo frio faz o sangue correr da periferia do corpo para os órgãos centrais. "Essa mudança libera adrenalina e serotonina, o que dá bem-estar, e endorfina, que alivia a dor", diz o médico Michael Curtin.
O fluxo de sangue nas regiões periféricas aumenta em até quatro vezes quando a pessoa sai da câmara, segundo Curtin. "O aumento súbito faz com que o sangue mais oxigenado alcance tecidos machucados e promova uma recuperação mais rápida."
Os especialistas recomendam pelo menos dez sessões para que a técnica reduza a dor e combata o cansaço.
A promessa da crioterapia, método terapêutico que resfria o corpo, é combater o estresse e ajudar na recuperação de lesões musculares.
A única câmara no Reino Unido fica no resort e spa Champney Tring, a 60 km de Londres. Cada sessão custa 50 libras (cerca de R$ 140).
Entre os corajosos que frequentam essa câmara estão celebridades tipo a atriz Pamela Anderson, esportistas como o piloto de corrida Mike Cowan e políticos, como o ex-primeiro ministro Tony Blair.
Por curiosidade mais do que necessidade, há dois anos, a estudante Sam Foot, 17, e a mãe Sally Foot, 50, experimentaram a crioterapia.
"Na primeira vez fiquei ansiosa, agora me controlo. O frio na câmara é diferente do que você sente na rua. É mais suportável", diz Sally.
Ela e a filha se submetem à terapia toda semana. "Gosto de fazer antes da ginástica. Dá mais resistência para encarar exercícios", diz Sam.
Vermelho de frio, o piloto de corrida Mike Cowan entra no espaço climatizado da terapia com o modelito obrigatório, que não inclui cachecol |
Há um ritual antes de entrar na câmara. Hidratantes ou perfumes são proibidos.
Para enfrentar as temperaturas negativas são necessários uma máscara no rosto, uma faixa na cabeça que cobre o ouvido, dois pares de meia de lã até os joelhos, dois pares de luva, dois shorts, dois tops (no caso das mulheres), faixas nos braços e nas coxas e tamanco de madeira.
Antes, ainda é preciso ficar uns minutos em frente a um ventilador, para garantir que a pele esteja totalmente seca.
O fisioterapeuta zera o cronômetro e a pessoa entra primeiro numa câmara a -60ºC.
Por dentro, parece sauna seca, as paredes são de madeira. Mas há gelo no chão.
A passagem dura 30 segundos. Ela é interligada à segunda câmara, com temperatura a -130ºC. Lá é preciso ficar por três minutos.
A orientação é se movimentar, andar em círculos, mexer braços e mãos.
"Quem não aguenta ficar os três minutos pode sair antes, mas o ideal é ficar pelo menos dois minutos", diz a fisioterapeuta Renata Zejer, especialista na técnica.
Ao sair da câmara, a primeira coisa a fazer é retirar os tamancos de madeira, que ficam congelados.
Em seguida, são feitos exercícios físicos na bicicleta e em plataformas vibratórias.
A técnica começou no Japão, em 1880, mas foram os poloneses que regularam a temperatura e o tempo de exposição ao frio na câmara.
OS BENEFÍCIOS
O choque provocado pelo frio faz o sangue correr da periferia do corpo para os órgãos centrais. "Essa mudança libera adrenalina e serotonina, o que dá bem-estar, e endorfina, que alivia a dor", diz o médico Michael Curtin.
O fluxo de sangue nas regiões periféricas aumenta em até quatro vezes quando a pessoa sai da câmara, segundo Curtin. "O aumento súbito faz com que o sangue mais oxigenado alcance tecidos machucados e promova uma recuperação mais rápida."
Os especialistas recomendam pelo menos dez sessões para que a técnica reduza a dor e combata o cansaço.
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