2.23.2011

Semana de Moda de Londres


Londres: preto e vermelho se destacam no último dia feminino
Desfile de Emilio de la Morena durante a semana de moda de Londres. Foto: Getty Images
Look apresentado por Emilio de la Morena durante a semana de moda de Londres
Foto: Getty Images
A temporada de inverno 2011 da Semana de Moda de Londres foi encerrada nesta terça-feira (22) com destaque para as cores preto e vermelho, que aparecem na maioria das coleções. Na quinta-feira (24), acontecem ainda alguns desfiles, porém só de coleções masculinas.Essas duas cores dominaram também a apresentação do estilista espanhol Emilio de la Morena, ao lado de off-white e nude, inclusive nas botas curtas com meia-pata e saltos altíssimos. As silhuetas secas misturaram vestidos, saias e blusinhas, em um jogo de transparências e texturas, onde entraram ainda sutis drapeados.
Outra estilista que usou o vermelho e o preto foi Amanda Wakeley, mesclados com brilhos ou tecidos foscos. Na cartela de cores, bege, marrom e coral também surgiram nos vestidos justos ou nos trench-coats mais amplos, mas sempre acinturados. Aliás, a silhueta acinturada, num estilo ampulheta contido, tem tomado conta das passarelas. O brilho proposto pela estilista surgiu no preto e no dourado-velho, além de aparecer em tons mais intensos, como o vermelho e coral-escuro.
A grega Mary Katrantzou trouxe coleção multicolorida inspirada em vasos e outras peças de porcelana. Paisagens, flores e animais usados em louças foram transportados para os visuais. As louças também emprestaram suas formas às roupas: muitas saias vieram estruturadas como bojos de vasos. A coleção se destaca pelos vestidos de caimentos diversos, muitos combinados com meias também bastante estampadas.
Marios Schwab misturou referências arquitetônicas e roupas de heroínas japonesas para criar uma coleção de vestidos marcantes com recortes que lembram armaduras, com cintura e ombros marcados. Azul, preto, vermelho chamaram a atenção, assim como o couro.
Alfaitaria e esporte foram unidos na coleção da Aquascutum. Mas as referências não foram fundidas e, sim, usadas separadamente no mesmo look. Casacos de lã de padrões clássicos ganharam sobreposições de jaquetinhas de matelassê e as bolsas surgiram utilitárias, como a que é presa ao punho. Outras vezes, aparentes sobreposições eram, na verdade, peças únicas mesmo.
Casacos são o destaque, alguns de inspiração militar. Ao longo do desfile eles vão ficando maiores, como se o uso das peças as deixassem mais longos e grandões. Até chegar aos maxitrenchs, cujos volumes são reforçados pelo uso de peças grandonas também por baixo e de sobreposições.
Maria Francesca Pepe continuou seu trabalho de desenvolver coleções inspiradas na cultura pop trash contemporânea. Ela fez uma apresentação com looks vestidos em manequins e com modelo ao centro. As roupas e os acessórios apareceram em formas tubulares, uma de suas marcas registradas, como a saia justa e colada ao corpo e enormes braceletes que se parecem com armaduras. Criaturas de outro mundo com um misto de surrealismo foram retratadas em peças justas e outras fluidas, nos tons bege, preto e vermelho.

Os estilistas Edward Meadham e Benjamin Kirchhoff, da marca Meadham e Kirchhoff, trabalharam texturas na coleção que fala de revoltas e de movimentos para mudanças de status quo, como o feminismo. Referências à monarquia e igreja também apareceram dentro do tema, com looks de algodão feitos no tear até minuciosos trabalhos de pregas. Lenços inspirados nos usados por judeus e palestinos também foram utilizados.

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