De acordo com um levantamento realizado pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a taxa de desemprego entre as mulheres diminuiu 1,5% no ano passado. Porém, para mulheres mais velhas e que não têm experiência profissional, entrar nos números dessa estatística pode ser uma tarefa difícil.
Como aqui o objetivo inicial é ser chamado para uma entrevista de emprego, Correa recomenda que, caso a mulher tenha mais de 45 anos, o melhor a se fazer é omitir a idade no currículo. Pode parecer errado, mas ela esclarece: "Fazendo isso, a candidata terá a chance de ser convidada para a entrevista e assim poderá explicar melhor a questão da idade e vender suas qualificações durante o processo seletivo". A consultora indica, ainda, que conhecimentos e atividades práticas relacionadas ao cargo de interesse devem ser frisados no currículo.
Mas nunca é tarde demais para se adquirir experiência. Correa aconselha que essas mulheres mais velhas ou que nunca trabalharam antes façam cursos práticos a fim de se manterem atualizadas na área da vaga almejada. E por incrível que pareça, é possível até estagiar. A funcionária da Catho Online explica como: "Não há idade máxima para estagiar. O importante é que o profissional esteja cursando uma faculdade. A contratação do profissional irá depender de um bom currículo, o atendimento aos requisitos da vaga e o desempenho do profissional no processo seletivo".
Ela acrescenta que os currículos devem fugir da generalização e ser objetivos e concisos. O melhor a se fazer é elaborar um documento sob medida, que se encaixe no perfil do candidato. Correa também destaca elementos que devem constar no seu currículo: objetivo conciso, síntese de qualificações, formação acadêmica, conhecimento em idioma, vivência internacional, cursos realizados, conhecimentos em informática e a temida experiência profissional.
Vale ressaltar que erros de português ou digitação são literalmente inadmissíveis. "O primeiro ponto a ser avaliado é a descrição do currículo, ou seja, o uso correto de concordâncias, escrita e acentuações. Segundo pesquisas realizadas pela Catho Online, um a cada quatro currículos é descartado por ter erros de português ou de digitação", alerta Correa.
Geralmente o pessimismo envolve pessoas mais velhas que estão em busca de um emprego. Principalmente quando são mulheres, que muitas vezes deixaram os estudos de lado em prol da família ou por questões financeiras. Porém, o quadro de contratações para pessoas com mais de 50 anos, por exemplo, exibe otimismo.
Em uma pesquisa realizada pela Catho Onlie com 16.207 participantes, foi possível notar que o percentual de profissionais autônomos, prestadores de serviços e trabalhadores informais aumentou com a evolução da faixa etária, sobretudo depois dos 50 anos. Agora que as mulheres sem experiência profissional já receberam aquele empurrãozinho necessário, basta colocar a mão na massa e criar um currículo que se torne passaporte para entrevistas de trabalho.
Por Giulia Lanzuolo (MBPress)
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