11.05.2011

Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios

Consumo de antidepressivos 

 
Aumenta o consumo de remédios antidepressivos. Crédito: Divulgação Aumenta o consumo de medicamentos antidepressivos.
Cada vez mais as pessoas sofrem de depressão, e esse cenário requer atenção e cuidado. Tratar a doença com medicamentos não é uma simples decisão do paciente. Tem de ser uma necessidade indicada pelos médicos. A comerciante Íria dos Santos, que deixou o Rio Grande do Sul para morar em Campo Grande, diz que a mudança não fez bem a ela. "Por uma semana fiquei fechada, não queria tomar banho nem me alimentar. É uma dor horrível, uma vontade de fugir", relata.
Veio a irritação e a instabilidade emocional. Ela percebeu que além do mal-estar, a depressão estava prejudicando o convívio familiar. Foi preciso ter forças para mudar de vida sem mudar de cidade. "O que me ajudou foi o apoio da família. Eles entenderam quando eu não estava bem, e o tratamento psicoterapêutico me auxiliou muito a me encontrar de novo, além da busca do meu trabalho", diz.
Já fazem onze anos de tratamento com remédios antidepressivos. Dois comprimidos diários que ajudam no caminho da recuperação, dia após dia. "A medicação entra como se fosse um elo de uma corrente que se quebrou. Só que depois de tanto tempo eu percebo que não consigo ficar sem medicação", afirma.
Um estudo da Associação Brasileira de Psiquiatria apontou que 23 milhões de brasileiros, cerca de 12% da população do país, precisam de algum atendimento em saúde mental. Deste índice, 3% sofrem com transtornos mentais graves e persistentes. Os problemas mais comuns estão ligados a depressão, ansiedade e transtornos de temperamento.
Para o psiquiatra Kleber Meneghel, presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Psiquiatria, são vários os fatores que podem desencadear uma depressão, a começar por uma predisposição genética. "Isso vai depender do quanto a genética é importante para cada indivíduo. Já alguns indivíduos vão necessitar de fatores externos impactantes para que se desenvolva a doença", observa.
O médico reforça que diminuiu o preconceito em assumir a depressão. Com isso, as pessoas têm tido menos vergonha e receio em buscar ajuda. A indústria farmacêutica também tem colaborado. Os medicamentos mais recentes acabam sendo mais eficientes no tratamento e provocam efeitos colaterais diferentes.

Aumento no consumo

A procura por calmantes e antidepressivos não para de crescer. Dados de uma consultoria que faz levantamentos na indústria farmacêutica revelam que entre 2006 e 2010, o número de antidepressivos vendidos saltou de 13,5 milhões para 18 milhões de caixas de comprimidos.
O aumento do consumo de antidepressivos fez com que a indústria farmacêutica apostasse na produção desses medicamentos. Há três anos uma farmácia vendia pouco menos de 30 marcas diferentes. Atualmente, são mais de 50, incluindo os genéricos. Com novas opções, a procura também cresceu. De janeiro a julho, as vendas subiram 30%.
A farmácia chega a vender mais de 200 caixas de comprimidos por mês de uma única marca de antidepressivo. Apesar das restrições, pacientes em situação de dependência chegam a tentar comprar o produto sem receita médica. "Elas arrumam desculpa, pedem com jeitinho, mas a Vigilância Sanitária exige que tenha receituário médico", diz a farmacêutica Lívia Dias Costa.
Os especialistas alertam ainda para um hábito que também está se tornando comum: o de consumir calmantes. Tudo por causa do estresse: a sobrecarga de trabalho, a pressão por resultados e a falta de tempo acabam sendo as principais causas do problema. A necessidade de fazer muitas atividades em pouco tempo acaba sobrecarregando o corpo e a mente. Aos poucos os sintomas do estresse aparecem: dores musculares, insônia e dor de cabeça.
RIO - Recentemente, a médica Marcia Angell publicou um artigo no "The New York Review of Books" sobre a crise da psiquiatria e a ineficácia dos antidepressivos que fez muitos pacientes pararem imediatamente de tomar medicamentos deste tipo. O artigo pôs em dúvida a eficácia dos antidepressivos nos tratamentos convencionais. Segundo a médica o índice de resposta dos pacientes a antidepressivos é pouquíssimo superior ao de placebos. E, além de poucos benefícios terapêuticos, há graves efeitos colaterais. Cerca de 70% das pessoas que tomam antidepressivos, por exemplo, têm disfunção sexual. E, em alguns casos, mesmo quando param de tomar as pílulas, a disfunção continua.
A teoria do desequilíbrio químico como uma causa da depressão é uma hipótese que não está comprovada, mas os médicos prescrevem medicamentos, principalmente por causa do "rolo compressor da promoção farmacêutica". É o que diz o psiquiatra Daniel Carlat. E não é surpreendente que haja um furor de mídia nos EUA em torno dos medicamentos. Cerca de 10% dos americanos com mais de seis anos de idade tomam antidepressivos. No Reino Unido, as prescrições para as drogas subiram 43% nos últimos quatro anos e chegaram a 23 milhões de receitas por ano.
O professor Irving Kirsch, diretor associado do programa de estudos de placebos da Harvard Medical School e autor de um livro intitulado "As novas drogas do imperador: explodindo o mito antidepressivo", explica a teoria do desequilíbrio químico. Segundo esta teoria, não há serotonina, norepinefrina ou dopamina em níveis suficientes nas sinapses do cérebro de pessoas deprimidas. Mas isto não se ajusta aos dados de pesquisas clínicas, uma vez que reduzir os níveis de serotonina em pacientes saudáveis não tem impacto sobre o humor que eles apresentam. Por isto, há quem acredite que a teria está equivocada.
- Esta teoria do desequilíbrio químico é um mito, diz ele. A idéia de que os antidepressivos podem curar a depressão de forma química é simplesmente errada.
A meta-análise de 38 estudos clínicos - sendo que 40% dos quais tinham sido retirados da linha de de publicação porque as empresas farmacêuticas não gostaram dos resultados - que envolveram mais de 3.000 pacientes com depressão mostra que apenas 25% dos benefícios do tratamento antidepressivo foi devido às drogas e que 50% foi simplesmente efeito placebo.
- Em outras palavras, o efeito placebo foi duas vezes maior que o efeito de drogas, embora a resposta ao placebo tenha sido menor nos pacientes severamente deprimidos. Placebos são extraordinariamente poderosos e podem ser "tão fortes quanto medicamentos potentes". A resposta ao placebo é específica: a morfina placebo alivia a dor, antidepressivos placebo aliviam a depressão. É uma questão de expectativa e condicionamento: se você espera se sentir melhor, você se sente melhor, mesmo se tiver efeitos colaterais negativos, pois os efeitos colaterais convencem as pessoas de que elas tomaram uma droga poderosa - diz Irving Kirsch.
Segundo o médico, a psicoterapia aumenta o efeito placebo e é significativamente mais eficaz que a medicação para todos os níveis de depressão.
- Antidepressivos só devem ser utilizados como último recurso e apenas para os mais severamente deprimidos - avalia Kirsch.
Nem todos concordam. Ian Anderson, professor de psiquiatria da Universidade de Manchester, acredita que os antidepressivos são úteis no tratamento de depressão e vai debater com Kirsch em uma conferência na Turquia no próximo mês. Ele diz que corremos o risco de "jogar fora o bebé junto com a água do banho".
- Isto ocorre quando dizemos que os antidepressivos são lixo. Os antidepressivos são parte da caixa de ferramentas de um médico, embora, provavelmente, sejam mais úteis para os pacientes mais deprimidos. Há pessoas que não respondem a terapias da fala. E neste caso não há escolha - comenta Anderson.
O professor Allan Young, presidente de psiquiatria da Imperial College London, concorda.
- A depressão é uma doença de classificação ampla. Há vários tipos de depressão, e cada tipo responde de forma diferente - diz Young. - É claro que cérebro e corpo são indissociáveis e os efeitos placebo são maiores nos pacientes que sofrem da doença com menos severidade.
Mas Kirsch levanta outro ponto:
- Para tornar as coisas mais complicadas, há o "efeito nocebo": se você espera se sentir mal quando você sair dos antidepressivos, você vai sentir-se mal, porque nós tendemos a notar pequenas mudanças aleatórias negativas e interpretá-las como prova de que estamos, na verdade, piorando... - diz Kirsch.
Ele cita o exemplo de uma paciente chamada Lucy, que tinha tendências suicidas. Ela tomou antidepressivos por 10 anos. Ela costumava dizer o seguinte: "A droga deu-me de volta a mim mesma, era como um raio de luz que brilha através da névoa". Mas os efeitos colaterais eram náuseas e a perda da libido, e isto a levou a abandonar o medicamento. Ela também descreveu o que sentia sem o medicamento: "Era como um relógio. Sentia uma contração muscular na parte de trás da minha mente. E vivia com medo da depressão voltar. A única coisa que me manteve viva foi saber que as pílulas estavam lá e que a qualquer momento poderia recorrer a elas"
Para Judy, um outro antidepressivo funcionou bem. "O primeiro que me foi dado produziu em mim enorme ansiedade, como uma viagem ruim, e fez-me terrivelmente ciente de todas as minhas terminações nervosas. Mas a segundo fez efeito desde o primeiro dia. Quando tomava de manhã, eu sabia que ficaria com a química equilibrada. Era como um interruptor sendo ligado: sentia uma corrida fabulosa na direção da alegria ".
Ela parou de tomar o medicamento depois de seis meses. E meses depois, ela se sentia fraca, mas não deprimida
- Eu sinto a depressão como uma pedra no meu plexo solar. E não era mais assim. Então, eu ainda pensei que seria agradável ter aquele atalho para a felicidade. E tomei o segundo antidepressivo. Não teve efeito algum porque eu não estava realmente deprimida. E, para mim, a teoria do placebo não faz sentido...
Daniel Carlat, psiquiatra em Boston e autor de "Unhinged: The Trouble with Psychiatry (Revelações de um doutor sobre uma Profissão em Crise) - diz que a prescrição de antidepressivo é um caso de "hit-and-miss".
- Infelizmente, sabemos um bocado menos sobre o que estamos fazendo do que você imagina. Quando eu me vejo usando expressões como "desequilíbrio químico" e "deficiência de serotonina", geralmente é porque estou tentando convencer um paciente relutante em tomar medicação. Usar essas palavras faz com que a doença parece mais biológica. A maioria dos leigos não percebe como interessa pouco saber sobre a base de doença mental.
Carlat não está tão convicto quanto Kirsch sobre o efeito placebo. Os pacientes que aparecem em seu gabinete são diferentes daqueles recrutados para ensaios clínicos porque as empresas farmacêuticas, desesperadas para fazer os seus produtos superarem um placebo, são muito seletivas sobre quem escolherem.
- Você tem que ter depressão "pura", imaculada por uso de álcool, problemas de ansiedade, transtorno bipolar, pensamentos suicidas, depressão leve ou a longo prazo e isto exclui a maioria dos pacientes ) diz Carlat.
No entanto, como diz Marcia Angell, autora de "A verdade sobre as companhias farmacêuticas: como elas nos enganam e o que fazer sobre isso", é verdade que a indústria faz muita propaganda enganosa, mas os medicamentos antidepressivos ainda são uma alternativa quando nada mais funciona.
Uma coisa é clara: o cérebro permanece misterioso. Como Carlat diz:
- Sem dúvida, existem causas neurobiológicas e genéticas para todos os transtornos mentais, mas eles ainda estão além da nossa compreensão. Tudo o que realmente sabemos é que a depressão existe e, por vezes, as drogas parecem funcionar, mesmo que seja efeito placebo.
Para antidepressivos, os médicos têm uma diretriz básica, que todos concordam:
1. Nunca pare de tomar antidepressivos sem o discutir com seu médico, porque a interrupção abrupta de medicamentos pode causar sintomas de abstinência, tanto física como mental.
2. Se você decidir parar, vai precisar reduzir gradualmente a dose, em vez de parar abruptamente.
3. Se você está feliz com seu antidepressivo e sente que funciona no seu caso, continue com o medicamento. O uso regular é o que funciona. Se alguma coisa não está quebrada, não tente consertá-la....
O Globo

Abstinência de antidepressivos

Drauzio VarellaGrande número de pessoas faz uso de antidepressivos. Nos últimos anos, os chamados inibidores da recaptação da serotonina têm sido o grupo de drogas mais empregadas no tratamento de distúrbios psiquiátricos como depressão, ansiedade, bulimia, estresse pós-traumático, obsessão-compulsão, disforias pré-menstruais e outros.
Pertencem a esse grupo medicamentos como fluoxetina (Prozac, Daforin, Eufor), paroxetina (Aropax), sertralina (Zoloft) e outros. O sucesso dessas drogas na clínica se deveu especialmente à tolerabilidade e segurança de uso em comparação com os antidepressivos empregados anteriormente.
Síndrome de abstinência
No entanto, um dos problemas mais frequentes associados ao uso desses inibidores é o aparecimento de síndrome de abstinência, quando sua administração é interrompida abruptamente.
Fenômeno semelhante pode ocorrer com outros antidepressivos não pertencentes a esse grupo, como a venlafaxina (Efexor), mirtazapina (Remeron), etc.
Síndrome de abstinência, aqui, é definida como “um conjunto de sinais e sintomas de instalação e duração previsíveis, que envolve sintomas psicológicos e orgânicos previamente ausentes à suspensão da droga e que desaparecem depois que ela foi reiniciada”.
Sintomas da síndrome
A abstinência à descontinuação abrupta dos inibidores da recaptação de serotonina, surge 24 a 72 horas depois da interrupção do tratamento e provoca os seguintes sintomas:
1) Psiquiátricos: ansiedade, insônia, irritabilidade, explosões de choro, distúrbios de humor e sonhos vívidos;
2) Neurológicos e motores: tonturas, vertigens, sensação de cabeça vazia, cefaléia, falta de coordenação motora, alterações de sensibilidade da pele e tremores;
3) Gastrintestinais: náuseas, vômitos e alterações do hábito intestinal;
4) Somáticos: calafrios, fadiga, letargia, dores musculares e congestão nasal.
Na ausência de tratamento esses sintomas desagradáveis costumam durar de uma a três semanas. Embora sejam discretos ou de moderada intensidade na maioria dos casos, às vezes podem se tornar mais intensos e serem confundidos com outras enfermidades.
A probabilidade de desenvolver a sintomatologia descrita é tanto maior quanto mais longa tiver sido a duração do tratamento. As reações geralmente estão associadas com durações de pelo menos quatro a seis semanas, mas podem acontecer depois de períodos de uso mais curtos.
Quanto mais rapidamente for excretado o antidepressivo, maior a probabilidade de surgir a síndrome. No caso de drogas como a fluoxetina que têm meia-vida (tempo necessário para eliminar metade da droga administrada) de 2 a 3 dias, os sintomas de abstinência podem instalar-se mais tardiamente (até uma semana depois da interrupção).
Duas a três semanas depois de instalados os sintomas da abstinência, costuma ocorrer um fenômeno conhecido como “rebote”: o reaparecimento dos sintomas psiquiátricos que levaram à indicação do medicamento.
Tratamento
O tratamento da síndrome de abstinência é óbvio: basta reiniciar a droga cuja retirada intempestiva foi responsável por ela. Com o reinício do tratamento os sintomas começam a melhorar já nas primeiras 24 horas. Para evitar a repetição do quadro, as doses diárias devem ser diminuídas gradativamente no decorrer de quatro a seis semanas, até que a interrupção completa possa ser realizada com segurança.
O grande número de pessoas que faz uso de antidepressivos atualmente, deve estar informado de que os efeitos benéficos do tratamento pode levar até seis semanas para se tornar aparente, e que precisa ser continuado por períodos de seis meses a um ano, para evitar recaídas precoces. Em caso de quadros depressivos que se instalam antes dos vinte anos de idade, em pacientes com recaídas múltiplas ou distúrbio bipolar, o tratamento pode exigir mais tempo ainda, ou mesmo estar indicado para ser mantido pelo resto da vida.
Durante esse período é fundamental que as doses diárias sejam tomadas com regularidade, porque os sintomas de abstinência podem surgir depois de apenas dois ou três dias de interrupção.
Os Antidepressivos mais usados (ordem alfabética do nome químico):
Nome Comercial
Nome Químico
Valdoxan Agomelatina
Tryptanol, Amytril Amitriptilina (Tricíclico)
Zyban, Wellbutrin, Zetron, Bup Bupropiona (Noradrenérgico e Dopaminérgico)
Cipramil, Procimax, Denyl, Citta, Maxapran Citalopram (Inibidor de Recaptação de Serotonina)
Anafranil, Clo Clomipramina (Tricíclico)
Cymbalta Duloxetina (Ação dupla em Serotonina e Noradrenalina)
Lexapro, Exodus, Reconter Escitalopram (Inibidor de Recaptação de Serotonina)
Prozac, Verotina, Verotina gotas, Verotina S (semanal), Eufor, Daforin, Fluxene, Psiquial, Prozen Fluoxetina (Inibidor de Receptação de Serotonina)
Luvox Fluvoxamina (Inibidor de Recaptação de Serotonina)
Tofranil Imipramina (Tricíclico)
Ludiomil Maprotilina (Tetracíclico)
Tolvon Mianserina
Ixel Milnaciprano (Ação dupla em Serotonina e Noradrenalina)
Remeron, Remeron Soltabs, Menelat Mirtazapina
Aurorix Moclobemida (IMAO)
Serzone Nefazodone
Pamelor Nortriptilina (Tricíclico)
Aropax, Paxil CR, Pondera, Cebrilin, Roxetin, Paxan, Benepax, Aotin, Moratus Paroxetina (Inibidor de Recaptação de Serotonina)
Prolift Reboxetina (ação dupla em Serotonina e Noradrenalina)
Emsan Seleginina Transdérmica (IMAO)
Zoloft, Tolrest, Assert, Serenata, Dieloft Sertralina (Inibidor de Recaptação de Serotonina)
Equilid Sulpiride (Neuroléptico e Antidepressivo atípico)
Stablon Tianeptina
Parnate Tranilcipromina (IMAO)
Donaren, Donaren Retard Trazodona
Efexor, Efexor XR, Venlift OD, Venlaxin, Alentus, Alentus XR
Venlafaxina (ação dupla em Serotonina e Noradrenalina). O XR do Efexor e o OD do Venlift significam liberação prolongada.
Perguntas e Respostas   Remédios são perigosos ?
Antidepressivo é uma substância considerada eficaz na remissão de sintomas característicos da síndrome depressiva, em pelo menos um grupo de pacientes com transtorno depressivo. Algumas substâncias com atividade antidepressiva podem ser eficazes também em transtornos psicóticos.1 2
Há três classes principais: triciclicos, SSRIs (inibidores da recaptação de serotonina e/ou noradrenalina) e inibidores da enzima MAO.1 2

Bioquímica da depressão

Os transtornos do estado de ânimo parecem estar relacionados a uma redução na transmissão dos impulsos ou dos sinais nervosos nas áreas do cérebro que regulam o humor. As teorias atuais das causas biológicas da depressão têm-se focado numa falha na neurotransmissão.1 Atualmente de todas as teorias da depressão propostas, as mais aceitas são das anormalidades que envolvem os neurotransmissores monoaminérgicos, especialmente norepinefrina, flucoxantina, dopamina, serotonina (pelo receptor 5HT2, físicas do receptor que são traduzidos em um sinal intracelular).1
O cérebro de indivíduos com fase depressiva na doença bipolar (síndrome maníaco-depressivo), depressão crónica ou profunda poderá apresentar pequenas diminuições na utilização dos neurotransmissores monoaminas (noradrenalina e dopamina) e da serotonina (5-HT e 7-HT). Esta teoria das origens bioquímicas da depressão é conhecida como Teoria das Monoaminas e foi desenvolvida pelo Professor Mariok Usamunu da Universidade do Texas, nos Estados Unidos da América.3 No entanto na depressão unipolar mesmo profunda, na maioria das vezes não há alterações e na depressão unipolar moderada estas diminuições quando existem não são significativas. Contudo os todos os fármacos eficazes no tratamento da depressão aumentam os níveis de alguns desses neurotransmissores. É sabido que a dopamina é importante nas vias da satisfação, e a adrenalina e serotonina produzem efeitos de satisfação.
Em 2006, uma equipe internacional de investigadores internacionais descobriu uma substância endógena que poderia estar diretamente relacionada ao evento da depressão. Níveis reduzidos de p11, a proteína que modula a atividade das células cerebrais à serotonina, foram encontrados em pessoas deprimidas e em ratos de laboratório com depressões artificialmente induzidas. Esta descoberta, publicada na revista Science, constitui um avanço importante no tratamento da depressão e também alterações do sono, dentre outras aplicabilidades.
Classificamos a depressão como um transtorno do estado de ânimo, se dividindo em:
  1. transtornos Depressivos Maiores.
  2. transtornos Distímicos
  3. transtornos Depressivos não específicos
  4. transtornos Bipolares
A depressão pode ser classificada também como primária ou secundária: na primária não existem alterações patológicas comprovadas, enquanto na secundária, é possível manifestar outras enfermidades cuja existência determina a aparição da depressão, podendo ser acompanhadas por alterações físicas ou relacionadas com outros transtornos psiquiátricos.
Os sintomas mais comuns nas pessoas que sofrem de depressão, podem ser agrupados da seguinte forma: sintomas emocionais (falta ânimo, ansiedade, perda de interesse ou prazer, sentimentos de culpa, ideias suicidas e transtornos cognitivos) e sintomas físicos (agitação, mudanças de peso, dores musculares, perda de energia, alterações do sono).

Como os Antidepressivos atuam

Em humanos, a 5-HT (serotonina) existe em três compartimentos principais: 1) neurônios, 2) células enterocromafins do trato gastrointestinal (nestes dois locais é sintetizada a partir do triptofano proveniente da dieta), 3) plaquetas, que não têm a capacidade de sintetizá-la, captando do plasma a 5-HT proveniente do intestino.
Os antidepressivos actuam diretamente no cérebro, modificando e corrigindo a transmissão neuro-química em áreas do sistema nervoso que regulam o estado do humor (o nível da vitalidade, energia, interesse, emoções e a variação entre alegria e tristeza), quando o humor está afetado negativamente num grau significativo.
Qual o tempo de tratamento?
De modo geral o tratamento é dividido nas seguintes fases: aguda, continuação (até 6 meses) e preventiva (após 6 meses). A pergunta mais apropriada seria: por quanto tempo deve-se prescrever a medicação?
A Associação Psiquiátrica Americana sugere que devam ser prescritos por, ao menos, 4 a 5 meses com doses completas após a melhora ou remissão total dos sintomas, sempre acompanhado de psicoterapia.

Farmacologia

Há três classes de fármacos usados na depressão: inibidores dos transportadores das monoaminas (triciclicos), inibidores selectivos do transportador da serotonina (SSRIs) e inibidores da enzima MAO.
Estes fármacos funcionam aumentando as concentrações de dopamina, noradrenalina e serotonina entre os neurónios (sinapses). Deste modo aumenta a excitação nas vias cerebrais cujos neurónios utilizam estes neurotransmissores, que são aquelas relacionadas com o bem-estar emocional.
Apesar de já se saber algo sobre a etiologia da depressão, os conhecimentos ainda são rudimentares, e a eficácia dos fármacos foi estabelecida por estudos empíricos (tentativas) e não tanto por conhecimento profundo das causas.
Recentemente, alguns estudos indicaram que os antidepressores possivelmente modificam as ligações dos neurónios. Esse facto poderá sugerir que eles resolvem permanentemente alguns problemas de desequilíbrios bioquímicos. No entanto, mais estudos são necessários para esclarecer esta questão.

Clínica

Os tricíclicos são os mais eficazes no tratamento da depressão profunda; os SSRI são mais seguros mas só são eficazes em depressão moderada, enquanto os inibidores da monoamina oxidase MAO têm longa duração de acção.
Os fármacos são ineficazes em cerca de 30% dos casos de depressão. Nos estudos clínicos, uma grande percentagem melhora apenas com incentivo do médico e placebo (comprimido de açúcar sem acção farmacológica) administrado como se fosse antidepressor, o que prova que força de vontade, atenção e fé na cura são tão ou mais importantes que os fármacos no tratamento dos deprimidos.
Os antidepressores criam dependência moderada. Não são usados enquanto drogas de abuso porque não geram sentimentos de euforia e prazer. Animais de laboratório que recebem doses se carregarem num botão à sua disposição permanente geralmente não mostram interesse em o fazer, ao contrário de drogas recreativas, que consomem compulsivamente até à morte.

Depressão: necessidade de tratamento com medicamentos

Hoje em dia os antidepressores antitricíclicos têm talvez sido receitados abusivamente. Eles reduzem eficazmente os sintomas de depressão, mas os seus efeitos a longo prazo não são totalmente conhecidos. Não será talvez justificável o seu uso em casos de depressão leve ou moderada causada por eventos estress antes vividos. Na verdade em toda a história o homem teve de lidar com eventos difíceis na sua vida, e a depressão é muitas vezes um mecanismo normal e saudável que permite a modificação de comportamentos e estruturas mentais quando a realidade não corresponde às expectativas. Por exemplo, na mulher, é universal e normal a leve depressão pós-parto e na menopausa. Alguém que tem uma visão da vida, ambição ou comportamento que não são adequados à sua situação e possibilidades, poderá vir a sofrer de depressão moderada. Pode ser forçado a um estado de confusão e insegurança, precisamente porque tem de modificar as suas estruturas de pensamento e seu modo de vida. Um animal a que é ensinado determinado comportamento e depois é colocado num ambiente que castiga esse mesmo comportamento sofrendo dores ou adversidade quando o pratica, acaba por manifestar sintomas de depressão (retração, menor movimentação, mais medo) quando é obrigado a modificar o comportamento. Mas a mudança de comportamento é vital no seu novo ambiente, já que o protege contra essa real dor ou adversidade.
Um problema para o psiquiatra é saber distinguir estados de depressão normal fisiológica que apenas necessitam de demonstrações de apoio, de forma a incentivar o paciente a resolver os seus problemas, de distúrbios mais graves possivelmente originados por desequilíbrios bioquímicos.

Outras Terapias

Existem evidências clinicas de bons resultados do emprego de algumas classes de antidepressivos (paroxetina, por exemplo), no tratamento da ejaculação precoce, ou até casos de incontinência urinária. O uso de antidepressores clínicos em princípio deveria ser limitado aos casos de depressão prolongada, risco de suicídio ou outro comportamento violento, ou em casos de depressão profunda em que o paciente é incapaz de viver a sua vida de forma razoavelmente normal. Em casos muito graves ou em fases depressivas na doença bipolar, a terapia de choques elétricos (terapia electroconvulsiva), com uso de eléctrodos e anestésicos para eliminar a dor, é ainda mais eficaz. No tratamento da depressão leve ou moderada, outras técnicas menos invasivas têm eficácia, nomeadamente a psicoterapia, e são preferíveis aos fármacos (no entanto são muito mais dispendiosas).
A serotonina é uma indolamina originada da hidroxilação com posterior descarboxilação do aminoácio L-triptofano (substrato para formação da serotonina, cuja absorção depende do carreador tirosina) e, ao metabolizarmos a 5HT (serotonina) através de uma reação de acetilação, havendo como co-fatores a vitamina b6, o ácido ascórbico e tetrahidroproteínas fólico dependentes, produzimos o ácido 5OH-indol-acético (A5AHIA), seu metabólito a ser excretado na urina.
O triptofano, substância originadora da serotonina, pode ser utilizado na produção de melatonina através da N-metilação do 5OH-triptofano na glândula pineal. Esta substância é importante por estabelecer o ciclo circadiano. Verificou-se também que as concentrações séricas máximas de triptofano são obtidas das 16 às 23 horas.
Psicoterapias também têm resultados positivos no tratamento de depressões. Por exemplo, a psicoterapia cognitivo-comportamental tem eficácia igual a dos medicamento para o tratamento de depressões leves a moderadas, além de uma taxa de recaída menor que a do tratamento medicamentoso.

Serotonina e sua importância

A serotonina oferta um efeito modulador na conduta do ser humano, influenciando em várias funções cerebrais, atuando por inibição direta ou indireta por ação do GABA. Assim é que pode regular o sono, timia, atividade sexual, ritmo circadiano, funções cognitivas, modular dor, funções neuro endócrinas, temperatura corporal e atividade motora.
Serotonina e fome
A serotonina é o principal mediador inibitório do núcleo hipotalâmico ventro-medial, responsável pela ingestão de hidratos de carbono e saciedade - "centro da fome". Verifica-se que a hiperserotoninergia induz à anorexia e a queda nos níveis de serotonina induz ao ganho de peso. A anorexia na depressão: observou-se que agonistas de ação direta no receptor 5HT-1A produzem aumento no apetite, diminuindo a liberação de serotonina.
Serotonina e atividade sexual
A serotonina inibe a liberação de gonadotrofinas pelo hipotálamo, podendo reduzir (modulando negativamente) a atividade sexual. Alguns pacientes queixam-se de anorgasmia e hipotálofagia. Atualmente novas pesquisas estão sendo feitas para minorar estes efeitos negativos.
Serotonina e a termorregulação corporal
A 5HT favorece a hipotermia quando se adequa ao receptor 5HT-1 e, hipertermia quando se acopla ao receptor 5HT-2.
Serotonina e ação vasodilatadora
A serotonina está presente na musculatura lisa cardiovascular e também nas plaquetas (carregadoras da serotonina). sendo que nas plaquetas encontramos um receptor conhecido como 5HT-2.
A serotonina estimula a liberação de óxido nítrico no endotélio, produzindo relaxamento vascular deste e com isso promove a vasodilatação do tecido cardíaco (in vitro). Nas artérias coronárias o receptor 5HT-1D é o principal receptor responsável por esta atividade no endotélio vascular, no entanto, por ação direta da serotonina pode-se obter a vasoconstrição por agonismo nos receptores 5HT-2B presentes nas artérias coronárias. Os receptores 5HT-2 são mais ativos em tecidos injuriados e possuem maior afinidade por antagonistas que por agonistas, facilitando vasoconstrição e agregação plaquetária - cuidado para com pacientes cardíacos). Os ISRS são capazes de reduzir a pressão arterial por hipossensibilizar, à longo prazo, os receptores 5HT-2 como também os beta adrenérgicos. A ketanserina é um agente bloqueador alfa-1 adrenérgico e antagonista 5HT-2B, tem atividade hipotensora e antiagregante plaquetária atuando somente em tecidos danificados.
A serotonina pode originar vasodilatação de artérias coronárias por agonismo 5HT-2B - disto depende de qual tecido o receptor desencadeará qual efeito.
A agregação e a adesividade plaquetárias na artéria normal são inibidas pela liberação basal de EDRF/NO. Entretanto se houver condições para a ocorrência da agregação e adesividade plaquetárias, fatores liberados pelas plaquetas como o ADP e a Serotonina (5-HT) atuam em receptores endoteliais para estimular a liberação de EDRF/NO. O EDRF/NO não só relaxa a musculatura lisa vascular (vasodilatação) mas também inibe a adesividade e agregação plaquetária.Relaxamento e vasodilatação podem aumentar o fluxo sanguíneo e colaborar para o bloqueio do processo trombótico.
Analgesia
A serotonina é um importante neuromodulador nociceptivo. O receptor 5HT-1A é um facilitador do reflexo nociceptivo, sendo modulado pelos receptores 5HT-1B/D. O receptor 5HT-3 também produz analgesia por estimulação do GABA. Os antidepressivos tricíclicos reduzem a dor por aumentar concentração de 5 HT e/ou NE através do bloqueio da recaptação. Existe também o efeito antagonista da neurotransmissão colinérgica e histaminérgica, atividade antagonista da ação NMDA e bloqueiam atividade nos canais iônicos. Os antidepressivos tricíclicos também pode interagir com receptores opióides endógenos, sendo esta uma possível explicação pela atividade analgésica dos tricíclicos (ou um dos fatores que contribui para sua ação analgésica, ao inibir vias descendentes da dor).
Tratamento paliativo da migrânea (enxaqueca) e agonistas do receptor da serotonina
A serotonina (5-HT) tem sido implicada na fisiopatologia da enxaqueca. Em 1961, verificou-se que na urina de pacientes enxaquecosos era encontrado a maior quantidade de ácido 5-hidroxi-indolacético (5-HIAA), um metabólito da serotonina. Foi observado que a injeção intramuscular de reserpina, uma substância que provoca a liberação de 5-HT em diferentes regiões, inclusive no sistema nervoso central (SNC), produz sintomas parecidos com enxaqueca em um determinado número de pacientes.
Por outro lado, ataques espontâneos de enxaqueca eram aliviados pela injeção intramuscular de 5-HT. Estas observações, e o conhecido efeito antimigranoso de drogas com efeitos de alguma maneira ligados a 5-HT, sugerem que esta substância tem seu papel na gênese da doença.
Existem muitos receptores para 5-HT, classificados em grupos numerados de 1 a 7. Os receptores da família 1, subdivididos em 5 subtipos (A, B, D, E e F), são os que mais interessam no que se refere ao bloqueio agudo da crise enxaquecosa. O sumatriptan comporta-se como um agonista subreceptores 5-HT1, 1D e 1B (5-HT1B/D), cuja ativação leva à vasoconstricção, e pelo receptor F.
A ativação do receptor 5-HT1B provoca vasoconstricção, e esta tem sido uma das explicações para o mecanismo de ação do sumatritran e outros medicamentos a ele relacionados. Com base nesta atividade alguns autores creem que na teoria vascular da enxaqueca e o seu alto grau de eficiência no tratamento da enxaqueca reforça o argumento de que a dilatação de vasos cranianos é a causa da cefaleia vascular”.
Existem receptores 5-HT1D pré-juncionalmente, nas fibras trigeminais, cuja ativação resulta no bloqueio da inflamação neurogênica. Isto abre a interessante possibilidade do sumatriptan atuar na crise enxaquecosa por vias não relacionadas à vasoconstricção. Um medicamento com afinidade predominante para o receptor 5-HT1D teoricamente pode ter algum efeito antienxaquecoso sem ser vasoconstrictor.

Efeitos adversos

  • Disfunção sexual
  • Dependência e síndrome de privação
  • Mania\Hipomania: Em pessoas com transtorno afetivo bipolar o uso de antidepressivos podem desencadear episodios de Mania aonde o individuo se torna agitado, euforico,alguns dos sinais que devem ser observados neste caso são: Pensamentos com conteúdo exageradamente positivo:,agitação piscomotora ,em alguns casos o individuo quando entra nesse estado pode até ter delírios, sintomas tipicos da esquizofrenia do quadro piscótico agudo ,grave, por isso nos dias atuais os antidepressivos devem ser usados com cautela principalmente em pessoas com ou pré depostas para:, Transtorno Bipolar,Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade e esquizofrenia.O uso prolongado dessa droga estimulantes pode desencadear uma possível psicose,euforia,hiperatividade e vir a agravar os sintomas.
  • O período mais perigoso para o suicídio é logo após o início da terapia, porque o fármaco só manifesta os seus efeitos completos após algumas semanas. Desespero devido à continuação dos sintomas, por falta de informação, pode levar ao suicídio.
  • Com o uso dos ISRS é de se esperar uma maior concentração de serotonina na fenda sináptica e uma menor concentração disponível às plaquetas que armazenam-na. Como a serotonina é importante no fenômeno da coagulação, é de se esperar um aumento no tempo de sangramento do paciente.
  • Sensação de "boca seca" devida a redução do fluxo salivar, aumento na secreção de prolactina, perda de apetite assim como constipação intestinal são comuns com fluoxetina.
  • Síndrome serotoninérgica é causada por excesso de serotonina na fenda sináptica, levando a um quadro complexo de sinais e sintomas. Ocorre, por exemplo, quando da associação entre ISRS e inibidores da MAO.

Classes de antidepressores

Os antidepressivos podem ser classificados em grupos segundo seu mecanismo de ação. Veja a classificação à seguir:

Principais grupos de antidepressivos

  1. Inibidores da monoaminoxidase:
    1. Não seletivos e Irreversíveis:
      1. tranilcipromina
      2. isocarboxazida
      3. iproniazida
      4. fenelzina
    2. Seletivos e Irreversíveis:
      1. clorgilina (inibidor da monoaminooxidase-A)
    3. Seletivos e Reversíveis:
      1. moclobemida
      2. toloxatona
      3. brofaromina
      4. befloxatona
  2. Inibidores não seletivos de recaptura de monoaminas (Serotonina/Noradernalina) ou também conhecidos como antidepressivos tricíclicos):
    1. amitriptilina
    2. nortriptilina
    3. clomipramina
    4. imipramina
    5. desipramina
    6. doxepina
    7. maprotilina
  3. Inibidores seletivos de recaptura de Serotonina/Noradrenalina:
    1. duloxetina
    2. venlafaxina
    3. Inibidores seletivos da recaptura de serotonina:
    4. fluoxetina (metabólito ativo é a norfluoxetina)
    5. paroxetina
    6. sertralina
    7. citalopram
    8. fluvoxamina
  4. Inibidores de recaptura de serotonina e antagonistas alfa-2:
    1. nefazodona
    2. trazodona
  5. Estimulantes da recaptura de serotonina:
    1. tianeptina
  6. Antagonistas dos adrenoreceptores alfa-2:
    1. mirtazapina
    2. mianserina
  7. Inibidores seletivos de recaptura de dopamina:
    1. minaprina
    2. bupropiona
    3. amineptina
  8. Inibidores seletivos de recaptura de noradrenalina:
    1. viloxazina
    2. reboxetina
  • Bibliografia: BEZCHLIBNIK-BUTLER, K.Z. & JEFFRIES, J.J. Clinical handbook of psychotropic drugs. 9th ed. Toronto (Canada): Hogrefe & Huber Publishers; 1999.

Alguns medicamentos antidepressivos

Nome Comercial Nome da Substância
Survector (fora do mercado desde 2004) Amineptina
Tryptanol, Amitryl Amitriptilina
Zyban, Wellbutrin, Zetron Bupropiona
Cipramil, Procimax, Denil Citalopram
Anafranil Clomipramina
Donaren Cloridrato de trazodona
Cymbalta Duloxetina
Lexapro Escitalopram
Prozac, Verotina, Eufor, Deprax, Psiquial, Fluxene, Daforin, Nortec Fluoxetina
Luvox Fluvoxamina
Tofranil Imipramina
Ludiomil Maprotilina
Tolvon Mianserina
Ixel Milnaciprano
Remeron, Mirpax Mirtazapina
Aurorix Moclobemida
Serzone Nefazodone
Pamelor Nortriptilina
Aropax, Benepax, Pondera, Cebrilin Paroxetina
Prolift Reboxetina
Zoloft, Tolrest, Sercerin, Novativ, Serenata Sertralina
Equilid Sulpiride
Stablon Tianeptina
Parnate Tranilcipromina
Efexor, Venlift Venlafaxina

Referências

  1. Turner EH, Matthews AM, Linardatos E, Tell RA, Rosenthal R. (January 2008). "Selective publication of antidepressant trials and its influence on apparent efficacy". N. Engl. J. Med. 358 (3): 252–60. DOI:10.1056/NEJMsa065779. PMID 18199864.
  2. (2004) "Active placebos versus antidepressants for depression". Cochrane database of systematic reviews (Online) (1): CD003012. DOI:10.1002/14651858.CD003012.pub2. PMID 14974002.
  3. (1995) "Buprenorphine treatment of refractory depression". Journal of Clinical Psychopharmacology 15 (1): 49–57. PMID 7714228.

Um comentário:

Louise Morena disse...

Parei de tomar medicamentos após começar com Auto Hemoterapia.
Um ano depois comecei com cloreto de magnésio e nunca mais tive problemas para dormir, pois a falta do cloreto de magnésio é que não nos deixa entrar no sono profundo (REM) e mesmo tendo começado a dormir um pouquinho, acordamos e passamos a noite inteira de olhos abertos. Isto é pura falta deste maravilhoso sal no nosso organismo..... Assistam palestra do Dr Luiz Moura ou Dr Arnoldo Veloso no youtube e mantenham-se informados....