11.05.2011

Mosquitos geneticamente modificados para combater dengue

Inseto carrega gene que mata o filhote antes de chegar à vida adulta.

Técnica foi aplicada com sucesso pela primeira vez.

Do G1, em São Paulo
Machos do 'Aedes aegypti' usados na pesquisa (Foto: Derric Nimmo/Oxitec Ltd) 
Machos do 'Aedes aegypti' usados na pesquisa
(Foto: Derric Nimmo/Oxitec Ltd)
Mosquitos alterados em laboratório para carregarem um gene fatal para seus filhotes são a nova arma dos cientistas contra a dengue. Os resultados positivos da técnica foram apresentados pela primeira vez nesta semana, na edição online da revista britânica Nature Biotechnology.
O grupo da Universidade de Oxford, apoiado pela empresa privada Oxitec, soltou nas ilhas Cayman mosquitos Aedes aegytpi geneticamente modificados.
Esses insetos cruzaram com as fêmeas da espécie e produziram filhotes com um defeito genético que os fazia morrer antes de chegar à idade de reprodução.
Após a inserção dos mosquitos de laboratório, a população do A. aegypti no arquipélado caiu. Foi a primeira vez que a técnica, prevista na teoria, funcionou na prática, em ambiente selvagem.
Um problema da armadilha dos cientistas é que o sucesso dos insetos de laboratório na busca por uma parceira foi a metade do obtido pelos mosquitos selvagens, que seguem se reproduzindo normalmente.
A malária, que também é transmitida por mosquitos, também pode ser atacada com a técnica, acreditam os pesquisadores.
Não existe vacina contra a dengue. Até o momento, a única forma de evitar a doença é o controle do mosquito.
dengue (Foto: Arte/G1)

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