O Instituto assinou, no dia 3/11, o acordo com o laboratório alemão Boehringer Ingelheim para a transferência da tecnologia para desenvolvimento e fabricação do produto. A iniciativa faz parte da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), do Governo Federal, que tem como objetivo fortalecer a indústria farmoquímica nacional.
Todo o processo de transferência de tecnologia para a unidade terá duração de cinco anos. Nos três primeiros, o medicamento será totalmente fabricado pela indústria alemã. Nos últimos dois anos do contrato, Farmanguinhos produzirá 50% da demanda nacional. Ao fim, o Instituto terá o domínio do conhecimento para o desenvolvimento e a produção do medicamento.
Os medicamentos para tratamento da doença de Parkinson são subsidiados pelo Ministério da Saúde, através de repasse financeiro. Só para ter uma idéia, em 2010, o Governo transferiu para os estados cerca de R$ 66 milhões para aquisição dos produtos indicados no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) - específico para essa doença. Em relação ao Pramipexol, no ano passado, foram disponibilizados cerca de R$ 37 milhões às unidades federativas para suprimento da demanda. Portanto, esse acordo permitirá a autonomia na produção, o que deverá ter impacto na redução de custo com a aquisição desse medicamento.
Segundo o diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe, um dos objetivos do acordo é o fortalecimento da indústria farmoquímica nacional, que receberá a tecnologia para a produção do insumo farmacêutico ativo (IFA). “A nacionalização da tecnologia do medicamento e da produção do IFA significa diminuir a dependência internacional”, destaca.
A doença de Parkinson é um dos problemas neurológicos mais comuns e intrigantes dos dias de hoje. Tem distribuição universal e atinge todos os grupos étnicos e classes socioeconômicas. Estima-se uma prevalência de 100 a 200 casos por 100 mil habitantes. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que 1% da população acima dos 65 sofre com o Mal de Parkinson. No Brasil, a estimativa é de que pelo menos 200 mil pessoas tenham essa doença degenerativa do sistema nervoso central. Normalmente, ela não atinge um grupo específico de pessoas, mas os sintomas surgem a partir dos 50 anos.
Fonte:Farmanguinhos
Sex, 04 de Novembro de 2011 10:09 Alexandre Matos
Sex, 04 de Novembro de 2011 10:09 Alexandre Matos
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