10.31.2011

Guia sexual para esposas muçulmanas estimula o sexo em grupo e a obediência

Foto: SXC.hu
 Agência EFE.. Eu acho uma barbaridade tratar a mulher como um objeto sexual, que não pensa e só obedece. A cada linha que li do texto fiquei mais indignada. Durma com isso.
Uma associação indonésia de esposas muçulmanas, que propõe a submissão da mulher para combater o divórcio e a violência doméstica, editou uma guia que estimula o sexo em grupo para fortalecer os casamentos polígamos. O assunto gerou rejeição de entidades muçulmanas e de direitos humanos. “Islamic sex, fighting Jews to return Islamic sex to the world” (Sexo islâmico, combatendo os judeus para devolver o sexo islâmico ao mundo, em livre tradução) é o título do manual de 115 páginas que foi distribuído entre as mais de mil fãs do “Obedient Wives Club”, ou seja, Clube da Esposas Obedientes. Elas são da Indonésia, Malásia e Cingapura.
A organização defende que as mulheres devem se comportar como prostitutas especialistas na cama para atender os desejos dos maridos e manter a união familiar. A espécie de “Kama Sutra” para preservação do casamento oferece, sem fotografia ou desenho, instruções sobre como entreter, obedecer e dar prazer aos maridos. O intuito “pedagógico” da associação pretende melhorar o desempenho das mulheres que só oferecem 10% do desejo de seus cônjuges, segundo ela.
“Alá garantiu ao homem a possibilidade de ter sexo simultâneo com todas suas esposas. Se a mulher assim agir, o sexo será melhor”, diz um dos capítulos do guia. A ideia é estimular as mulheres a manter relações com seus maridos e com suas demais esposas. O livro mostra em outros capítulos como as mulheres podem satisfazer seus maridos descrevendo atos sexuais e defendendo que o sexo é uma forma de prece.
A fundadora do grupo, Maznah Taufik, considera que as separações são resultado do fracasso das mulheres em dar prazer a seus maridos. “O abuso doméstico acontece porque as esposas não obedecem aos maridos. O homem é o responsável pelo bem-estar da mulher, mas ela deve escutá-lo e obedecê-lo”, disse Taufik.
O manual recebeu duras críticas de inúmeros grupos muçulmanos, organizações de direitos humanos e até de ministros. Inclusive de Ratna Osnan, líder do grupo muçulmano Irmãs no Islã, e do ministro de Assuntos Islâmicos da Malásia, Jamil Khir Baharom. Este último anunciou que irá analisar o conteúdo do livro para determinar se é pornográfico ou ofensivo ao islã.
Achou uma barbaridade?
Revista Época

Nenhum comentário: