O rastreamento permite acompanhar a trajetória do remédio. Considerado importante para evitar roubo e falsificação, essa antiga reivindicação da indústria teve sua tecnologia definida em outubro de 2010 pela Anvisa.
Criticado pelo setor produtivo, o sistema previa uma tecnologia mista, que associava o selo e um código bidimensional. Após cinco meses de embate, a Anvisa, atendendo ao governo, recuou. O uso do sistema foi suspenso até que um grupo de trabalho determinasse o formato ideal.
Com mais de seis meses de atraso, a Anvisa apresentou ontem as novas diretrizes. O documento informa que apenas embalagens secundárias ( caixas onde estão os comprimidos e a bula) devem conter mecanismos de segurança. Embalagens múltiplas, como as usadas em hospitais, terão uma sistema próprio, a ser definido.
Apesar do atraso, farmacêuticas comemoraram o novo formato. "Ele é muito efetivo e infinitamente mais barato", disse o vice-presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos de São Paulo, Nelson Mussolini. Ele diz que algumas empresas já dispõem da tecnologia.
A lei criando o rastreamento, de 2009, fixava prazo de três anos para que indústrias colocassem em prática o sistema. Para o presidente executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, Antonio Britto, esse prazo deve ser reconsiderado.
LÍGIA FORMENTI / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
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