12.10.2011

O avanço nas cirurgias vasculares

De varizes a problemas cardíacos

Operações feitas com cateter, como a angioplastia, chegam a substituir as de ponte de safena

Antônio Marinho e Lilian Fernandes
RIO — Atualmente, cerca de 30% das operações vasculares (incluindo angioplastias) feitas no Miguel Couto e de 30% a 40% das neurovasculares (aneurismas cerebrais e de aorta) são por videolaparoscopia. Nos últimos dois anos, este número vem crescendo. Nestas áreas da medicina, as cirurgias minimamente invasivas são realizadas com auxílio de cateter, explica Luis Alexandre Essinger, diretor-geral do hospital. Basicamente, faz-se uma punção, introduz-se um cateter, que é levado até o local da lesão, e usa-se mola, prótese ou stent para eliminá-la.
O processo começou pelas cirurgias cardíacas, nas quais, em muitos casos, a ponte de safena vem sendo substituída pela angioplastia (o desentupimento de canais através da introdução de um cateter, somente com um balão na ponta ou com balão e stent, para dilatar o vaso entupido). E chegou em seguida às demais cirurgias vasculares, como as de varizes.
No Hospital Pró-Cardíaco, são feitas cirurgias sem cortes ou com pequenas incisões nos casos de oclusão do apêndice atrial (estrutura do coração), implante percutâneo (que ocorre através da pele) da válvula aórtica e revascularização cardíaca para implante de pontes depois de infarto. Segundo o médico José Oscar Brito, chefe do Serviço de Cirurgia de Adulto do Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras, dependendo da situação, é possível operar sem a necessidade de usar máquina de circulação extracorpórea.
— Já se consegue trocar válvulas e corrigir defeitos congênitos do coração, como anomalia no átrio (câmara), de forma pouco invasiva.
Também ocorreram avanços importantes no tratamento das arritmias, com a aplicação de técnicas minimamente invasivas como a ablação (a cauterização do foco da arritmia com cateter).

O Globo

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