Traumas em adolescentes afetam desenvolvimento do cérebro
Pesquisa de Yale revela como impacto emocional causa redução de áreas de massa cinzenta
BOSTON _ Os abusos que adolescentes sofrem traumatizam fisicamente o cérebro. Uma pesquisa feita por uma equipe da Universidade de Yale, nos EUA, revela que jovens traumatizados e negligenciados têm menos matéria cinzenta em algumas áreas do cérebro do que os jovens que não tenham sido maltratados. As áreas do cérebro afetadas por maus-tratos podem ser diferentes entre meninos e meninas. E também há variação dos danos, dependendo se os jovens tenham sido expostos a abuso ou apenas negligência, além de haver distinções relacionadas a abusos físicos e emocionais.
Os resultados, publicados na edição 5 de dezembro do Archives of Pediatric Adolescent Medicine, mostram que 42 casos de adolescentes que relataram terem sido abusadas ou negligenciadas ou mostram redução na substância cinzenta _ tecido contendo células cerebrais _ mesmo que não tenham sido diagnosticados com transtorno psiquiátrico.
_ Temos adolescentes que podem não ter doença diagnosticável, mas ainda têm evidências físicas de maus tratos _ avaliou Hilary Blumberg, professora associada do Departamento de Psiquiatria e Radiologia de Diagnóstico e do Centro Yale de Estudos da Criança, que é o autor sênior do estudo _ Isso poderia ajudar a explicar os problemas com o desempenho escolar ou a tendência a aumentar a vulnerabilidade à depressão e dificuldades comportamentais.
A redução da massa cinzenta foi observada nas áreas pré-frontal. Não importa se o adolescente tenha sido abusado fisicamente ou emocionalmente negligenciado. No entanto, em outras áreas do cérebro, as reduções de massa cinzenta dependiam do tipo de maus tratos que o jovem havia experimentado. Por exemplo: a negligência emocional foi associada à diminuição de massa encefálica, em áreas que regulam as emoções.
Os pesquisadores também encontraram diferenças de gênero nos padrões de massa cinzenta. Nos meninos, a redução tende a ser concentrada em áreas do cérebro associadas ao controle de impulso ou abuso de substâncias. Nas meninas, a redução parecia estar em áreas do cérebro ligada à depressão.
Hilary Blumberg sublinhou que esses déficits encontrados em adolescentes não são susceptíveis de serem permanentes.
_ Nós descobrimos que o cérebro, particularmente em adolescentes, mostra uma grande quantidade de plasticidade. É fundamental encontrar formas de prevenir maus tratos e ajudar os jovens que foram expostos.
Os resultados, publicados na edição 5 de dezembro do Archives of Pediatric Adolescent Medicine, mostram que 42 casos de adolescentes que relataram terem sido abusadas ou negligenciadas ou mostram redução na substância cinzenta _ tecido contendo células cerebrais _ mesmo que não tenham sido diagnosticados com transtorno psiquiátrico.
_ Temos adolescentes que podem não ter doença diagnosticável, mas ainda têm evidências físicas de maus tratos _ avaliou Hilary Blumberg, professora associada do Departamento de Psiquiatria e Radiologia de Diagnóstico e do Centro Yale de Estudos da Criança, que é o autor sênior do estudo _ Isso poderia ajudar a explicar os problemas com o desempenho escolar ou a tendência a aumentar a vulnerabilidade à depressão e dificuldades comportamentais.
A redução da massa cinzenta foi observada nas áreas pré-frontal. Não importa se o adolescente tenha sido abusado fisicamente ou emocionalmente negligenciado. No entanto, em outras áreas do cérebro, as reduções de massa cinzenta dependiam do tipo de maus tratos que o jovem havia experimentado. Por exemplo: a negligência emocional foi associada à diminuição de massa encefálica, em áreas que regulam as emoções.
Os pesquisadores também encontraram diferenças de gênero nos padrões de massa cinzenta. Nos meninos, a redução tende a ser concentrada em áreas do cérebro associadas ao controle de impulso ou abuso de substâncias. Nas meninas, a redução parecia estar em áreas do cérebro ligada à depressão.
Hilary Blumberg sublinhou que esses déficits encontrados em adolescentes não são susceptíveis de serem permanentes.
_ Nós descobrimos que o cérebro, particularmente em adolescentes, mostra uma grande quantidade de plasticidade. É fundamental encontrar formas de prevenir maus tratos e ajudar os jovens que foram expostos.
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