Pesquisa mostra que crianças bem orientadas a ter uma vida saudável conseguem mudar os hábitos de toda a família
Juliana Dal PivaEXERCÍCIO
Na família de Vinícius, todos aprenderam como sair do
sedentarismo. Hoje, eles andam de bicicleta e fazem hidroginástica
Os pequenos Lais Caires, 7 anos, e Vinícius Guedes, 10, desempenharam uma função importante para tão pouca idade: atuaram como “fiscais do coração” de suas famílias. Os dois, junto com outros colegas, participaram de uma pesquisa da cardiologista Luciana Fornari, da Universidade de São Paulo, feita em uma escola privada de Jundiaí, em São Paulo. A médica queria aferir se a orientação dada às crianças sobre a importância de uma vida saudável teria efeito sobre a saúde de toda a família. O resultado deixou claro o sucesso da abordagem: houve redução do risco para males como o infarto em todos os participantes.
A intervenção na escola foi feita no ano passado com 323 pais e 197 crianças com idades entre 6 e 10 anos. Parte das crianças recebeu material informativo em duas ocasiões no ano. O restante obteve o mesmo material e também frequentava sessões semanais de orientação sobre a saúde cardiovascular, o que incluía até a preparação de pratos saudáveis. Elas também eram incentivadas a levar as recomendações para os pais. Lais, por exemplo, ajudou a família a substituir as pizzas quase diárias por verduras e legumes, enquanto Vinícius confiscou os chocolates de sua casa. “Quando ganhei o crachá, falei para a minha mãe que eu era o fiscal”, diz.
A conclusão da pesquisa, apresentada no último congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, mostrou que todos (pais e filhos) melhoraram seus índices de saúde (colesterol, pressão arterial, entre outros). Mas, entre os que receberam recomendações mais frequentemente, os resultados foram ainda mais importantes. Nesse grupo, 6,8% dos pais apresentavam mais de 10% de chance de sofrer um infarto nos dez anos seguintes. Ao final, 90% deles saíram da linha de risco. “Quando vemos a própria filha preocupando-se com a nossa saúde, damos mais atenção a isso”, diz Karina, mãe de Lais.
A intervenção na escola foi feita no ano passado com 323 pais e 197 crianças com idades entre 6 e 10 anos. Parte das crianças recebeu material informativo em duas ocasiões no ano. O restante obteve o mesmo material e também frequentava sessões semanais de orientação sobre a saúde cardiovascular, o que incluía até a preparação de pratos saudáveis. Elas também eram incentivadas a levar as recomendações para os pais. Lais, por exemplo, ajudou a família a substituir as pizzas quase diárias por verduras e legumes, enquanto Vinícius confiscou os chocolates de sua casa. “Quando ganhei o crachá, falei para a minha mãe que eu era o fiscal”, diz.
A conclusão da pesquisa, apresentada no último congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, mostrou que todos (pais e filhos) melhoraram seus índices de saúde (colesterol, pressão arterial, entre outros). Mas, entre os que receberam recomendações mais frequentemente, os resultados foram ainda mais importantes. Nesse grupo, 6,8% dos pais apresentavam mais de 10% de chance de sofrer um infarto nos dez anos seguintes. Ao final, 90% deles saíram da linha de risco. “Quando vemos a própria filha preocupando-se com a nossa saúde, damos mais atenção a isso”, diz Karina, mãe de Lais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário