Entre 2003 e 2008, taxa de aborto no mundo permaneceu estável
Especialistas dizem que situação reflete falta de métodos eficientes de planejamento familiar
RIO - Depois de algumas décadas de queda, a taxa de aborto permaneceu estável entre 2003 e 2008, com uma ligeira queda em algumas regiões do mundo. Esta tendência coincide com um menor acesso aos métodos de planejamento familiar, segundo um informe elaborado pelo Instituto Guttmacher e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Muitos desses procedimentos são feitos de forma insegura e provocam 13% das mortes maternas.
Entre 1995 e 2003, o número de abortos caiu de 35 para 29 por cada mil mulheres em idade fértil. Em 2008, "a taxa global de abortos permaneceu virtualmente estável em 28 por mil", afirma estudo publicado pela revista "Lancet". "Este patamar coincide com um declínio no uso de contraceptivos", escreve Gilda Sedgh, a principal pesquisadora do trabalho. "Sem um maior investimento em serviços de planejamento familiar de qualidade, podemos assumir que esta tendência persistirá".
- Estes últimos dados são muito alarmantes. Os progressos realizados na década de 90 agora estão regredindo. Promover e implementar políticas que reduzam o número de abortos é agora uma prioridade urgente para todos os países e as agências de saúde globais, como a OMS - disse Richard Horton, editor da revista britânica. - Condenar, estigmatizar e criminalizar o aborto são estratégias cruéis e fracassada. É hora de colocar a ênfase na redução dos danos e isso significa ter leis de aborto mais liberais - completou ele, de acordo com o “El Mundo”.
O estudo também identificou um aumento dos abortos em países em desenvolvimento, onde a intervenção é clandestina e insegura por ser penalizada pela lei. As consequências dessa situação são pagas com vidas.
A cada cem mil gestações interrompidas nos Estados Unidos nas condições adequadas, morrem 0,6 mulheres. Quando se trata de um aborto inseguro, a taxa de mortalidade se multiplica por 350 (220 mortes por cem mil procedimentos). A imensa maioria dessas mortes ocorre nos países pobres. Além disso, 8,5 milhões de mulheres sofrem, a cada ano, complicações causadas por essas intervenções. A maior parte também está no terceiro mundo.
As mortes e incapacidades relacionadas a abortos inseguros são inteiramente evitáveis e foram feitos alguns progressos nas regiões em desenvolvimento - afirma um representante da OMS. - A África é a exceção, onde vivem 17% das mulheres em idade fértil do mundo e onde acontece a metade das mortes causadas por esses procedimentos.
Entre 1995 e 2003, o número de abortos caiu de 35 para 29 por cada mil mulheres em idade fértil. Em 2008, "a taxa global de abortos permaneceu virtualmente estável em 28 por mil", afirma estudo publicado pela revista "Lancet". "Este patamar coincide com um declínio no uso de contraceptivos", escreve Gilda Sedgh, a principal pesquisadora do trabalho. "Sem um maior investimento em serviços de planejamento familiar de qualidade, podemos assumir que esta tendência persistirá".
- Estes últimos dados são muito alarmantes. Os progressos realizados na década de 90 agora estão regredindo. Promover e implementar políticas que reduzam o número de abortos é agora uma prioridade urgente para todos os países e as agências de saúde globais, como a OMS - disse Richard Horton, editor da revista britânica. - Condenar, estigmatizar e criminalizar o aborto são estratégias cruéis e fracassada. É hora de colocar a ênfase na redução dos danos e isso significa ter leis de aborto mais liberais - completou ele, de acordo com o “El Mundo”.
O estudo também identificou um aumento dos abortos em países em desenvolvimento, onde a intervenção é clandestina e insegura por ser penalizada pela lei. As consequências dessa situação são pagas com vidas.
A cada cem mil gestações interrompidas nos Estados Unidos nas condições adequadas, morrem 0,6 mulheres. Quando se trata de um aborto inseguro, a taxa de mortalidade se multiplica por 350 (220 mortes por cem mil procedimentos). A imensa maioria dessas mortes ocorre nos países pobres. Além disso, 8,5 milhões de mulheres sofrem, a cada ano, complicações causadas por essas intervenções. A maior parte também está no terceiro mundo.
As mortes e incapacidades relacionadas a abortos inseguros são inteiramente evitáveis e foram feitos alguns progressos nas regiões em desenvolvimento - afirma um representante da OMS. - A África é a exceção, onde vivem 17% das mulheres em idade fértil do mundo e onde acontece a metade das mortes causadas por esses procedimentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário