Antes de iniciar um plano alimentar para perda de peso, uma das primeiras tarefas a fazer é distinguir a fome da ansiedade, que apesar de apresentarem idênticos sintomas, são bastante diferentes.
Muito antes de aderir a reeducação alimentar (RA) como estilo de vida, não entendia quando falavam de "ansiedade". Achava eu, na época, que ansiedade seria aquele sentimento que nos rodeia quando esperamos algo; aquela "falta de paciência" para que logo aconteça o que estamos aguardando. Enfim, toda aquela "ânsia" que antecede a qualquer espera. De fato isso pode até estar relacionado, mas a ansiedade que me atacava não era essa. Realmente não era.
E quando me perguntavam se eu tinha ansiedade, eu falava que não, porque não estava com aquela "ansia" que dá quando esperamos algo e, muitas vezes, descontamos na comida. Isso eu nunca tive.
Relatarei minha própria experiência no que diz respeito à fome e ansiedade.
De fato só percebi a diferença quando "entrei na disciplina", em agosto passado, em busca do tão sonhado peso ideal.
A fome é muito simples de descrever: é aquela que quando passa o horário das refeições sem nos alimentarmos, ela logo chega e avisa quando chega, com os famosos "roncos na barriga". Quando comemos, ela vai embora e os "roncados na barriga" também. Pronto! Era fome mesmo.
E a ansidedade?
A diferença é muito tênue, mas vou tentar descrever com exemplos vividos por mim. A partir deles percebi claramente a diferença.
Geralmente ela aparece também nas horas das refeições, mas isso não é regra. Os sintomas são os mesmos da fome, inclusive com os "roncos na barriga". Mas a diferença é que você come, come, come e a "fome" continua. Isso não é fome. É ansiedade. E não adianta comer mais, porque ela não vai embora.
Lembro um dia que cheguei em casa à noite, morrendo de fome. E enfiei o pé na jaca quando vi aquela belíssima sopa de feijão que minha mãe, dona Gracinha, tinha feito. E não perdi tempo: comi logo dois pratos enormes, acompanhados de três pãezinhos. Uma dilícia...
Só que achei estranho porque mesmo depois de comer tudo isso, ainda continuei com uma fome desgraçada. E (acreditem!) meu estômago continuava a roncar. Foi quando caiu a ficha de que aquilo não era fome, mas sim ansiedade. "Ansiedade de quê, meu Deus?", perguntava-me a todo instante.
Realmente não sei por que da ansiedade naquele dia, pois eu não estava a esperar por nada. Mas foi a partir daí que comecei a me avaliar e perceber a diferença da fome para a ansiedade.
E o pior é que na ansiedade o estômago ronca como se estivesse vazio - puro complô com o cérebro.
E fui percebendo que só me acontecia à noite, principalmente se eu tivesse um dia agitado lá no trabalho, com muitos aperreios.
Isso tudo é muito interessante e importante de ser avaliado quando se inicia um plano alimentar para perda de peso. Ansiedade não é fome, é pura putaria do organismo para atrapalhar nossas metas.
O fato é que, depois de passados alguns minutos, aparece a triste realidade: "COMI DEMAIS"! E na hora percebemos que passamos do ponto e estamos entupidos "até o gogó", com aquela sensação de peso na barriga.
E por que não sentimos isso antes? ANSIEDADE! Agora é tarde! Você já comeu além do que deveria para se manter e consequentemente engordará por isso. Esse "abrir os olhos para realidade" surge quando o cérebro recebe o comando de que chegou alimento para o sustento do corpo. Muitas vezes na pressa de comer, como se tivéssemos apenas um minuto para devorar o prato inteiro, colocamos pra dentro muita coisa antes do cérebro receber o comando de que chegou comida. Enquanto ele não recebe esse comando, você "pensa" que está com fome.
Acredito que a ansiedade esteja relacionada com o psicológico da pessoa, associado a [maus] hábitos durante a alimentação. Um dos assuntos relacionados à ansiedade é a mastigação, que pretendo no futuro também abordar.
E o que fazer para combater a ansiedade?
Fiquei muito preocupado com essa situação toda e, como acredito que a ansiedade está muito relacionada também com o fator psicológico, resolvi tomar algo para "acalmar os nervos". hehehe. E comprei um remédio natural chamado PASSIFLORA. Já usei o VALERIANA e também surtiu o mesmo efeito. (atenção: gestantes, mulheres em amamentação, crianças e idosos devem procurar orientação médica)
E tomei apenas um comprimido por dia, à noite, e foi o suficiente para para mandar a ansiedade embora. O pior período foi no início da dieta. Cheguei a ficar com os nervos à flor da pele. Hoje estou mais tranquilo e quando sinto fome, realmente é fome. Depois de comer, a fome vai embora.
Por serem naturais, esses remédios não me deram aquela sonolência exacerbada dos remédios tradicionais. Eles são bem fraquinhos, mas foram suficientes para resolver o meu problema.
Se você tem ansiedade, quando for ao médico pergunte a ele sobre o uso desses medicamentos para combatê-la. Pelo menos comigo funcionou.
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