O apagão é um protesto contra leis antipirataria que tramitam no Congresso dos Estados Unidos
Em um comunicado oficial, Wales e outros administradores dizem que as leis podem ter efeitos “devastadores para a web livre e aberta” e que embora o conteúdo publicado na Wikipédia seja isento, a existência do site não é, por isso as atividades serão suspensas por um dia. Grandes empresas da internet, como Google, Facebook e Amazon, haviam ameaçado realizar um apagão, mas até agora nenhuma data havia sido marcada.
O site Reditt, feito a partir de conteúdo postado por usuários, e o blog Boing Boing, especializado em tecnologia, também vão participar do apagão. O CEO do twitter, Dick Costolo, criticou a decisão: “fechar um negócio global em reação a uma tema específico de política nacional é bobagem”, escreveu em sua conta no microblog. Wales contestou a declaração de Costolo. Depois de trocar tweets sobre o tema, os dois chegaram a um acordo.
A SOPA prevê a suspensão de sites e a prisão dos responsáveis por postar conteúdos ilegais por seis meses a cinco anos. A lei poderia diminuir a pirataria na rede e ajude a desmascarar sites que vendem drogas, segundo seus defensores.
Empresas contrárias à lei, como Google, Wikipédia e Facebook, haviam ameaçado suspender suas atividades e causar um “blackout” na internet. Segundo essas empresas, a SOPA seria um atentado à liberdade de expressão e funcionaria de maneira semelhante à censura. A disputa entre companhias contra e a favor da lei havia chegado ao mundo real, depois que dois estudantes – contrários à SOPA - criaram um aplicativo que lê códigos de barra de produtos encontrados no supermercado e mostra se ele foi produzido por uma empresa que apoia a lei.
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