O papilomavírus humano, conhecido como HPV, é o nome de um
grupo de vírus que engloba mais de 100 tipos diferentes. Ele pode
provocar a formação de verrugas na pele, nas regiões orais, anal genital
e uretra. Porém, o maior problema está vinculado a cerca de 15 tipos do
vírus, que são comprovadamente causadores de câncer de colo uterino. Os
mais agressivos são os HPVs 16, 18, 31 e 45 que, juntos, são
responsáveis por mais de 80% dos casos dessa espécie de câncer
Foto: Getty Images
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Segundo um estudo realizado com mais de mil voluntários no Brasil, México e Estados Unidos, divulgado ano passado na revista
cientifica The Lancet, cerca de 50% dos homens estava infectado com
alguma variedade de HPV. Neles o vírus não pode causar câncer, porém,
como o contágio acontece principalmente por via sexual, o índice gerou
grande preocupação
Em algumas regiões do Brasil esse é o tipo de câncer que
mais mata mulheres. Por isso, é um tema tão importante para ser debatido
no contexto de saúde pública, defende a ginecologista Cecília Roteli,
coordenadora do Centro de Pesquisas do Hospital Maternidade Leonor
Mendes de Barros. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca),
sem considerar os tumores da pele não melanoma, o câncer do colo do
útero é o mais incidente na região Norte.
Para se prevenir contra o HPV o uso de camisinha é
indispensável, porém ela não garante 100% de proteção. Isso acontece
porque, diferentemente do que acontece na maioria das doenças
sexualmente transmissíveis, o vírus do HPV não precisa que a relação
sexual seja completa. O contato com a mucosa e a pele já pode infectar.
Porém, é claro que o preservativo protege e muito o contágio, explica
Cecília
O exame Papanicolau, que detecta possíveis lesões que
podem ser causadas pelo vírus também é essencial para todas as mulheres
que já iniciaram a vida sexual. No entanto, a medida mais eficiente de
prevenção continua sendo aliar a camisinha e os exames periódicos à
vacinação
Quais são as vacinas existentes?
Existem dois tipos de vacinas para prevenir HPV, a Cervarix e a Gardasil. A primeira protege contra os tipos mais comuns de HPVs causadores de câncer, o 16 e 18, e oferece proteção adicional, específica, contra infecções persistentes causadas pelos tipos 45 e 31. E a segunda impede infecção dos tipos 16, 18, 6 e 11.
Uma única dose protege durante a vida toda?
As vacinas são novas no mercado, por isso, garantem um período de eficácia de 10 anos. No entanto, estima-se que a persistência de anticorpos após a vacinação com a Cervarix possa chegar a 20 anos. Esta vacina é dividida em três doses, sendo a segunda um mês após a primeira e a terceira deve ser tomada depois de seis meses depois da primeira.
A vacina pode causar reações?
A vacina nunca causa infecção, pois é fabricada com alta tecnologia e não possui o vírus inteiro. Ela estimula a produção de anticorpos que impedem a persistência de HPV em caso de contaminação.
Após a vacinação não é necessário submeter-se a exames de prevenção?
A vacinação é uma prevenção primária e não substitui os exames ginecológicos regulares e as precauções contra a exposição ao HPV e às doenças sexualmente transmissíveis, como o uso de preservativo. Como a vacina não imuniza contra todos os tipos de infecção, as outras maneiras de prevenção permanecem indispensáveis.
Mulheres que já tiveram infecção por HPV podem se vacinar?
Sim. Como a vacina contra HPV oncogênico protege contra mais de um tipo de HPV, pode impedir que ela seja contaminada novamente por outras variedades do vírus.
Quais são as possibilidades de tratamento para o HPV?
Muitas vezes o vírus é eliminado espontaneamente, porém em caso de persistência é necessário fazer um tratamento. Isso pode ser feito por meio de medicamentos ou com procedimentos cirúrgicos (cauterização química, eletrocauterização, crioterapia, laser, conização, cirurgia convencional), dependendo do caso. A maioria dos tratamentos são invasivos e são prescritos levando-se em consideração diversos fatores.
Existe um tratamento mais eficiente?
O tratamento em mulheres infectadas pelo HPV é individualizado, dependendo do grau, extensão, número, localização e aspecto das lesões. Por isso, somente um médico especializado poderá definir o melhor tratamento para cada caso.
O tratamento possui alguma restrição?
O tipo ideal de tratamento será determinado pelo médico, que provavelmente oferecerá mais de uma possibilidade à paciente. Em casos de contaminação durante a gravidez, muitas vezes é recomendado que o tratamento seja iniciado após o período de gestação para evitar qualquer complicação.
O tratamento pode ter algum efeito colateral como infertilidade?
Sim, por serem invasivos os tratamentos oferecem riscos. Tudo vai depender do estágio e tipo de infecção, mas o HPV e seu tratamento podem gerar infertilidade e abortos naturais.
Quais são as vacinas existentes?
Existem dois tipos de vacinas para prevenir HPV, a Cervarix e a Gardasil. A primeira protege contra os tipos mais comuns de HPVs causadores de câncer, o 16 e 18, e oferece proteção adicional, específica, contra infecções persistentes causadas pelos tipos 45 e 31. E a segunda impede infecção dos tipos 16, 18, 6 e 11.
Uma única dose protege durante a vida toda?
As vacinas são novas no mercado, por isso, garantem um período de eficácia de 10 anos. No entanto, estima-se que a persistência de anticorpos após a vacinação com a Cervarix possa chegar a 20 anos. Esta vacina é dividida em três doses, sendo a segunda um mês após a primeira e a terceira deve ser tomada depois de seis meses depois da primeira.
A vacina pode causar reações?
A vacina nunca causa infecção, pois é fabricada com alta tecnologia e não possui o vírus inteiro. Ela estimula a produção de anticorpos que impedem a persistência de HPV em caso de contaminação.
Após a vacinação não é necessário submeter-se a exames de prevenção?
A vacinação é uma prevenção primária e não substitui os exames ginecológicos regulares e as precauções contra a exposição ao HPV e às doenças sexualmente transmissíveis, como o uso de preservativo. Como a vacina não imuniza contra todos os tipos de infecção, as outras maneiras de prevenção permanecem indispensáveis.
Mulheres que já tiveram infecção por HPV podem se vacinar?
Sim. Como a vacina contra HPV oncogênico protege contra mais de um tipo de HPV, pode impedir que ela seja contaminada novamente por outras variedades do vírus.
Quais são as possibilidades de tratamento para o HPV?
Muitas vezes o vírus é eliminado espontaneamente, porém em caso de persistência é necessário fazer um tratamento. Isso pode ser feito por meio de medicamentos ou com procedimentos cirúrgicos (cauterização química, eletrocauterização, crioterapia, laser, conização, cirurgia convencional), dependendo do caso. A maioria dos tratamentos são invasivos e são prescritos levando-se em consideração diversos fatores.
Existe um tratamento mais eficiente?
O tratamento em mulheres infectadas pelo HPV é individualizado, dependendo do grau, extensão, número, localização e aspecto das lesões. Por isso, somente um médico especializado poderá definir o melhor tratamento para cada caso.
O tratamento possui alguma restrição?
O tipo ideal de tratamento será determinado pelo médico, que provavelmente oferecerá mais de uma possibilidade à paciente. Em casos de contaminação durante a gravidez, muitas vezes é recomendado que o tratamento seja iniciado após o período de gestação para evitar qualquer complicação.
O tratamento pode ter algum efeito colateral como infertilidade?
Sim, por serem invasivos os tratamentos oferecem riscos. Tudo vai depender do estágio e tipo de infecção, mas o HPV e seu tratamento podem gerar infertilidade e abortos naturais.
- Terra
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