Uma pesquisadora e um aluno da Universidade Georgia Tech desenvolveram um método clínico para diagnosticar déficit cognitivo em idosos antes mesmo de levá-los a uma consulta médica. O que os pesquisadores fizeram foi transformar um método já comumente usado por neurologistas para screening, diagnóstico de demência, em um software que pode ser aplicado mesmo em casa. O método é simples: é só pedir para um indivíduo desenhar em papel um relógio de ponteiros apontando um determinado horário, por exemplo, 1h50. O indivíduo normal desenhará um círculo com todos os números do relógio e apontará o ponteiro menor para o número 2 e o maior para o 10. Um indivíduo com déficit cognitivo terá dificuldades, de acordo com a gravidade da doença, desde não conseguir diferenciar os ponteiros e colocá-los na indicação correta até ser incapaz de desenhar o círculo da borda do relógio.
O software, desenvolvido pela doutora Ellen Yi-Luen Do, acompanha em um tablet com tela sensível ao toque como o indivíduo desenha o relógio. Um outro software analisa 13 itens do desenho desde a forma do círculo até o tempo que o paciente demorou para fazê-lo. O sistema chamado ClockMe foi aplicado na Emory Alzheimer’s Center em Atlanta com sucesso, e mesmo os idosos que não tinham familiaridade com computadores não encontraram dificuldade em praticar o teste. Enquanto o sistema não é liberado para uso, você pode treinar no papel; então mãos à obra, faça o desenho e mostre a alguém. Se ficar feio, não faz mal, mas, se você esquecer os detalhes, marque uma consulta com seu médico.Moral espelhada
Um estudo desenvolvido por Andrew Weaver e Nick Lewis, da Indiana University, analisou a resposta emocional de jogadores de videogames em relação a suas escolhas durante os jogos. O que os pesquisadores descobriram é que a maioria das pessoas tende a fazer escolhas moralmente corretas, e se no jogo precisar roubar, trair ou ter uma atitude antissocial, ela é acompanhada de uma sensação de culpa. Mesmo assim, isso não reduz o prazer de jogar. O estudo publicado na revista Cyberpsychology, Behavior and Social Networking indica que jogos podem ser utilizados como ferramentas para a formação do indivíduo, além de ser um instrumento de análise de seu comportamento moral.
Sotaque atrapalha?
Um estudo da especialista em Linguística Aplicada da Concordia University e de Taia Isaacs, da Universidade de Bristol, analisou a fala em inglês de estrangeiros com sotaque para entender se o jeito das pessoas pronunciarem as palavras interfere muito na compreensão do discurso. A pesquisa publicada na revista Bilingualism: Language and Cognition mostra que o sotaque é uma forma muito particular de cada indivíduo e tem mínima interferência na compreensão da fala, quando comparada com a gramática e o vocabulário. O sucesso do diálogo entre duas pessoas depende da compreensão dela. No estudo foram avaliadas gravações de 40 adultos cuja primeira língua era o francês. Sessenta voluntários e três professores de inglês ouviram as gravações e as pontuaram de acordo com 19 características, incluindo sotaque, vocabulário, gramática e fluência. O que menos teve valor foi o sotaque. Portanto, se você tem medo de falar outra língua, mas tem bom vocabulário, liberte-se, o sucesso está com você.
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