Soldado levou dois tiros no peito durante confronto com traficantes no Complexo do Alemão
Rio - O soldado Rodrigo Paes Leme, 33 anos,
lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Nova Brasília, foi
morto ontem à noite após ser atacado por traficantes do Complexo do
Alemão. Mesmo de colete, ele levou dois tiros no peito. Ferido, o
soldado Paes Leme fez seu último pedido a um colega que o levava para
Unidade de Pronto Atendimento na Estrada do Itararé: “Manda um beijo
para a minha esposa e pede para ela tomar conta da nossa filhinha (6
anos)”, disse a vítima, segundo o relato do colega. Em seguida, ele deu o
último suspiro. A viúva é policial militar recém-formada.
No último dia 9 de fevereiro, uma semana após a morte da soldado Alda Rafael Castilho, 27, também baleada na Nova Brasília, a mulher do PM Rodrigo Paes, Luana Pilar, postou em seu Facebook:
“Para o Estado, somos apenas um número; para a sociedade, um objeto que não precisa de direitos; para nossas famílias, somos imortais. Nenhum deles tem razão, infelizmente.” Horas antes, policiais da UPP Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, ficaram encurralados na localidade conhecida como Vietnã. Em Manguinhos, na noite de quarta-feira, a sede da UPP foi atacada a tiros, pedras e morteiros. Na terça, ataques aconteceram na Rocinha (com dos PMs feridos) e Arará.
Reportagem de Roberta Trindade
Debaixo de intenso tiroteio, colegas
de farda tiveram dificuldades para socorrê-lo, e foi preciso pedir
reforço a equipes do 16º BPM (Olaria) para conseguir tirá-lo da favela.
Desde terça-feira, criminosos atacaram policiais de cinco UPPs.
O confronto ocorreu na Rua 2, na descida para
localidade conhecida como Chuveirinho, próximo ao Largo da Alvorada — a
poucos metros da sede da UPP Nova Brasília e da 45ª DP (Complexo do
Alemão). Há três anos na corporação, o soldado Paes Leme deixa mulher,
duas filhas e um filho de apenas dois meses de vida.
No último dia 9 de fevereiro, uma semana após a morte da soldado Alda Rafael Castilho, 27, também baleada na Nova Brasília, a mulher do PM Rodrigo Paes, Luana Pilar, postou em seu Facebook:
“Para o Estado, somos apenas um número; para a sociedade, um objeto que não precisa de direitos; para nossas famílias, somos imortais. Nenhum deles tem razão, infelizmente.” Horas antes, policiais da UPP Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, ficaram encurralados na localidade conhecida como Vietnã. Em Manguinhos, na noite de quarta-feira, a sede da UPP foi atacada a tiros, pedras e morteiros. Na terça, ataques aconteceram na Rocinha (com dos PMs feridos) e Arará.
Reportagem de Roberta Trindade
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