A comissão da agência americana de medicamentos recomendou a aprovação de
uma nova classe de remédios contra o colesterol. Sua aprovação será uma
alternativa às estatinas, que praticamente dominam o mercado há 30 anos.
Uma comissão de especialistas da agência americana de medicamentos
(FDA, na sigla em inglês) recomendou terça-feira a aprovação de um
novo tipo de droga contra o colesterol.
Por 13 votos a três, o comitê deu aval ao alirocumab, produzido
pelos laboratórios Sanofi e Regenero. Nesta quarta-feira eles irão
discutir outro medicamento da mesma classe, o evolocumab da
Amgen. Em geral, a agência costuma seguir a recomendação das
comissões e espera-se que a aprovação seja decidida até agosto.
Embora ainda estejam em testes clínicos, os novos medicamentos
se mostraram capazes de reduzir drasticamente os níveis do
colesterol ruim (LDL). Agora os estudos estão investigando se
as drogas também diminuem os casos de enfarto e mortes na
mesma proporção do colesterol.
Estes novos remédios são anticorpos produzidos a partir de células
vivas e agem impedindo a ação da proteína PCSK9. Essa proteína,
presente no fígado e no intestino, destroi os receptores que se
encaixam no colesterol ruim e o tiram de circulação. Ao impedir
sua ação, os medicamentos permitem que os receptores se liguem
ao LDL (o colesterol ruim) e baixem seus níveis no sangue.
Estudos mostram que a redução do LDL pode chegar em até 80%.
esperança para cerca de 5 milhões de brasileiros
Caso a FDA aprove os medicamentos, ocorrerá a entrada de
um novo tipo de tratamento anticolesterol em um mercado até
então dominado pelas estatinas. Estes remédios beneficiarão
principalmente os pacientes que não conseguem diminuir o
colesterol ruim somente com estatinas e aquelas que as não toleram.
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