RIO — Os golpes de lâmina desferidos pelo promotor de eventos José Philippe Ribeiro de Castro, de 28 anos, deixaram marcas difíceis de serem apagadas na estudante de administração de empresas Ana Carolina Romeiro, de 21 anos. É o que revela o laudo complementar do exame de corpo de delito feito na jovem e anexado ao inquérito policial que, nesta quinta-feira, será enviado à Justiça. Elaborado pelo perito legista Gustavo Figueira Rodrigues, do Instituto Médico-Legal (IML), o documento mostra que os golpes provocaram “deformidade permanente relacionada às cicatrizes, com impacto estético, secundárias às cirurgias de urgência no tórax e abdome”.
O laudo ressalta que os ferimentos puseram em risco a vida da universitária, que mede 1,47 metro e pesa 52 quilos. Já o agressor tem 1,94 metro e quase o dobro do peso da vítima. Além de lesões no fígado e no diafragma, os golpes provocaram a ruptura da artéria mamária esquerda de Ana.
PRISÃO PREVENTIVA
José Philippe tem oito passagens pela polícia, a metade relacionada a ataques contra mulheres. Foi condenado pela Lei Maria da Penha, após uma acusação de agressão e violação de domicílio feita por uma ex-namorada.
Nesta quinta-feira, às 9h, a delegada Monique Vidal, da 14ª DP (Leblon), falará à imprensa sobre o desfecho das investigações e o indiciamento do promotor de eventos por dupla tentativa de homicídio e lesão corporal. O inquérito, de 220 folhas, vai propor ao Ministério Público que solicite a conversão da prisão temporária (cinco dias) do agressor — atualmente no complexo penitenciário de Gericinó — em preventiva (um mês). A medida seria necessária porque várias testemunhas disseram temer represálias de José Philippe, descrito como violento. Dezenove pessoas depuseram.
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