Ex-mulher aceita indenização e prefeitura derruba só metade do imóvel
Rio - Seriia cômico se não fosse trágico. E a história do pedreiro Luiz Geraldo dos Santos, de 52 anos, ganhou o mundo pelas páginas do Daily Mail, de Londres, na Inglaterra.
Morador da Vila Autódromo, em Jacarepaguá, ele teve metade de sua casa demolida pela Prefeitura do Rio para as obras das Olimpíadas de 2016. A ex-mulher de Geraldo, negociou a parte dela na residência com a prefeitura, que não perdeu tempo: foi lá e cortou a casa ao meio, deixando o puxadinho que havia sido feito por Geraldo intocável.
Obra para a Olimpíada
O Parque Olímpico está sendo erguido em um terreno de 1,18 milhão de metros quadrados em Jacarepaguá. No local, serão disputadas 16 modalidades, entre elas judô e natação. Depois dos jogos, a prefeitura pretende transformar o espaço em quatro escolas municipais. O investimento é de R$ 1,6 bilhão. O público estimado é de 120 mil pessoas por dia no parque durante os jogos.
Das 583 famílias que viviam na Vila Autódromo, 280 estavam na faixa que passará por obras de canalização de rios e duplicação das avenidas Salvador Allende e Abelardo Bueno.A prefeitura ofereceu apartamentos de dois e três quartos ou indenização.
Morador da Vila Autódromo, em Jacarepaguá, ele teve metade de sua casa demolida pela Prefeitura do Rio para as obras das Olimpíadas de 2016. A ex-mulher de Geraldo, negociou a parte dela na residência com a prefeitura, que não perdeu tempo: foi lá e cortou a casa ao meio, deixando o puxadinho que havia sido feito por Geraldo intocável.
“Foi acordado. Não teve problema. Não teve surpresa. Foi tudo acertado com a prefeitura. Estou apenas esperando receber o apartamento que me foi prometido. Mas eu sabia que iriam demolir porque a ex-mulher fez o acordo da parte dela. O problema que havia era quanto à minha parte. No início eu não aceitei o valor oferecido, mas depois resolvemos tudo. O problema é saber quando isso vai acontecer. Ninguém nos falou ainda sobre data” disse Luiz Geraldo,
Doze meses depois, a situação está perto de um final feliz. O pedreiro, inicialmente, recusou a indenização do município no valor de R$ 50 mil para abandonar a casa de quatro quartos.Em abril, no entanto, aceitou trocar o imóvel por um apartamento pronto na Estrada dos Bandeirantes, oferecido pela prefeitura.
“Minha mãe recebeu um apartamento aqui perto, na Estrada dos Bandeirantes, mas alugou e foi morar em Campo Grande”, contou a filha Taís Milena dos Santos, 17 anos.
Segundo ela, o novo apartamento ficará em seu nome. “Como eu ainda não completei 18 anos, a prefeitura me emancipou para a gente não perder o apartamento. Fizeram isso porque meu pai é casado no papel com outra pessoa, mas ninguém sabe onde está essa mulher. E assim evitamos de ela aparecer e tomar o que é nosso”, diz
Taís e Geraldo, que continuam vivendo no puxadinho que ficou intacto, estão solidários aos demais moradores que não fizeram acordo com a prefeitura, até porque o primeiro morador da Vila Autódromo foi Esteliano dos Santos, o Pernambuco, sogro de Geraldo e avô de Taís. “Todos aqui têm direitos e precisam ser respeitados. Vivemos em comunidade e não aceitamos violência. Estamos com os moradores”, disse Taís.Obra para a Olimpíada
O Parque Olímpico está sendo erguido em um terreno de 1,18 milhão de metros quadrados em Jacarepaguá. No local, serão disputadas 16 modalidades, entre elas judô e natação. Depois dos jogos, a prefeitura pretende transformar o espaço em quatro escolas municipais. O investimento é de R$ 1,6 bilhão. O público estimado é de 120 mil pessoas por dia no parque durante os jogos.
Das 583 famílias que viviam na Vila Autódromo, 280 estavam na faixa que passará por obras de canalização de rios e duplicação das avenidas Salvador Allende e Abelardo Bueno.A prefeitura ofereceu apartamentos de dois e três quartos ou indenização.
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