9.29.2015

Cientistas identificam cheiro da morteImprimir Comunicar erro

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    Segundo belgas, corpo humano em decomposição libera alguns compostos diferentes dos de animais
    Segundo belgas, corpo humano em decomposição libera alguns compostos diferentes dos de animais
Cientistas da Bélgica alegam ter descoberto qual é exatamente o cheiro exalado pelo corpo humano em decomposição.
O novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Leuven, identificou 452 compostos orgânicos voláteis que são emitidos depois da morte.

"A mistura destes compostos poderá ser usada, no futuro, para dar um treinamento mais específico para cães farejadores", disse a química Eva Cuypers, que liderou a pesquisa.

Além disso, os cientistas afirmam que, a partir da identificação deste odor, será possível desenvolver máquinas que possam fazer o mesmo trabalho que os cães usados em operações de resgate após desastres naturais, como terremotos.
A pesquisa, publicada na revista especializada PLOS One, foi realizada durante seis meses.

Humanos e animais

Os pesquisadores trabalharam com seis cadáveres humanos e 26 restos de animais.
Amostras de tecidos e órgãos foram colocadas em recipientes fechados especiais, que deixavam entrar um pouco de ar e tinham buracos para que os cientistas retirassem periodicamente amostras dos gases que se acumulavam dentro dos potes.
Entre as amostras de animais estavam tecidos e órgãos de porcos, coelhos, toupeiras e aves.

Os restos de porcos foram usados em outros estudos sobre decomposição devido a suas semelhanças com humanos: eles têm os mesmos micróbios em seus estômagos, a mesma porcentagem de gordura corporal e pelos semelhantes.
AFP
Pesquisadores afirmam que descoberta poderá ajudar no treinamento de cães farejadores
Mas nunca ficou claro se o processo de decomposição era parecido e se as duas espécies emitem compostos orgânicos semelhantes, uma vez que nunca tinham sido estudadas sob as mesmas condições.
Durante os seis meses da pesquisa, foram descobertos 452 compostos orgânicos. Inicialmente, compostos contendo enxofre pareciam distinguir as espécies diferentes, mas eles não eram exclusivos dos humanos nem mesmo presentes em todas as amostras humanas.
E, com o tempo, eles desapareceram.

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