Superávit de setembro soma US$ 2,94 bilhões, informou o governo.
Na parcial do ano, saldo positivo tem o melhor resultado desde 2012.
A balança comercial teve um superávit (exportações maiores que as
importações) de US$ 2,94 bilhões em setembro – o melhor resultado para o
mês desde 2011, quando o superávit foi de US$ 3,07 bilhões, segundo
dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) nesta quinta-feira (1º).
No mesmo mês de 2014, a balança teve déficit (importações maiores que as exportações) de US$ 939 milhões.
Apesar do resultado positivo do mês passado, houve queda nas
exportações. As vendas ao exterior somaram US$ 16,14 bilhões, uma média
diária de US$ 769 – 13,8% menos em setembro de 2014. As importações, no
entanto, caíram mais: 32,7%, para US$ 13,2 bilhões, média diária de US$
769 milhões.
"O principal fator para a queda das importações foi a demanda interna [mais fraca por conta da recessão na economia], mas o dólar também têm impacto [nas compras do exterior]", avaliou o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Herlon Brandão.
No caso das exportações, houve recuo nas vendas de todas as categorias de produtos: semimanufaturados (-12,2%), básicos (-19,6%) e manufaturados (-4,6%). Já a queda nas importações foi puxada por menores gastos com combustíveis e lubrificantes (-61,9%), matérias-primas (-26%), bens de consumo (-23,4%) e máquinas e equipamentos para produção (-27,4%).
Parcial ao ano
Já no acumulado dos nove primeiros meses deste ano, ainda segunda dados oficiais, o saldo positivo (exportações menos importações) somou US$ 10,24 bilhões. Trata-se do melhor resultado para este período desde 2012, quando o superávit ficou em US$ 15,69 bilhões. Em igual período do ano passado, foi contabilizado um déficit de US$ 742 milhões.
De acordo com dados oficiais, a melhora do saldo comercial de janeiro a setembro deste ano está relacionada, entre outros fatores, com o baixo patamar das importações. Nos nove primeiros meses deste ano, as compras do exterior somaram US$ 134,24 bilhões, com queda de 22,6% frente ao mesmo período do ano passado.
Ao mesmo tempo, o patamar de importações, no acumulado deste ano, somou US$ 717 milhões pela média por dias úteis. Se fechasse neste patamar em 2015, seria a menor média diária de compras do exterior desde 2009 - quando somou US$ 510 milhões.
Nos nove primeiros meses deste ano, as exportações somaram US$ 144,49 bilhões, com média diária de US$ 772 milhões (queda de 16,3% sobre o mesmo período do ano passado).
Conta petróleo impacta resultado
Ainda segundo o governo, a melhora da balança comercial, no acumulado deste ano, também está relacionada, também, com a queda do preço do petróleo. Como o Brasil mais importa do que vende petróleo ao exterior, o recuo do preço favorece a melhora do saldo comercial do país.
Os números mostram que a conta petróleo, que inclui petróleo, derivados e combustíveis, teve déficit de US$ 3,55 bilhões de janeiro a setembro deste ano, contra um resultado negativo de US$ 12,88 bilhões em igual período do ano passado.
Somente este fator, portanto, foi responsável por uma melhora de US$ 9,32 bilhões no saldo comercial na parcial de 2015 - o que equivale a cerca de 85% da reversão total (US$ 10,98 bilhões) do saldo nos nove primeiros meses de 2015.
Resultado de 2014
Em 2014, a balança comercial brasileira teve déficit (importações maiores do que vendas externas) de US$ 3,95 bilhões, o pior resultado para um ano fechado desde 1998, quando houve saldo negativo de US$ 6,62 bilhões. Também foi o primeiro déficit comercial desde o ano 2000, quando as compras do exterior ficaram US$ 731 milhões acima das exportações.
De acordo com o governo, a piora do resultado comercial no ano passado aconteceu, principalmente, por conta da queda no preço das "commodities" (produtos básicos com cotação internacional, como minério de ferro, petróleo e alimentos, por exemplo); pela crise econômica na Argentina – país que é um dos principais compradores de produtos brasileiros – e pelos gastos do Brasil com importação de combustíveis.
Estimativas do mercado e do BC para 2015
A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, é de melhora do saldo comercial. A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 11 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior.
Já o Banco Central prevê um superávit da balança comercial de US$ 12 bilhões para 2015, com exportações em US$ 192 bilhões e compras do exterior no valor de US$ 180 bilhões.
Segundo o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Herlon Brandão, o superávit comercial da balança comercial em todo este ano pode atingir a marca dos US$ 15 bilhões. "O último trimestre do ano é superavitário. É possível que se chegue a até 15 bilhões [de saldo positivo]", disse ele.
No mesmo mês de 2014, a balança teve déficit (importações maiores que as exportações) de US$ 939 milhões.
BALANÇA COMERCIAL
Meses de setembro, em US$ bilhões
Fonte: MDIC
"O principal fator para a queda das importações foi a demanda interna [mais fraca por conta da recessão na economia], mas o dólar também têm impacto [nas compras do exterior]", avaliou o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Herlon Brandão.
No caso das exportações, houve recuo nas vendas de todas as categorias de produtos: semimanufaturados (-12,2%), básicos (-19,6%) e manufaturados (-4,6%). Já a queda nas importações foi puxada por menores gastos com combustíveis e lubrificantes (-61,9%), matérias-primas (-26%), bens de consumo (-23,4%) e máquinas e equipamentos para produção (-27,4%).
Parcial ao ano
Já no acumulado dos nove primeiros meses deste ano, ainda segunda dados oficiais, o saldo positivo (exportações menos importações) somou US$ 10,24 bilhões. Trata-se do melhor resultado para este período desde 2012, quando o superávit ficou em US$ 15,69 bilhões. Em igual período do ano passado, foi contabilizado um déficit de US$ 742 milhões.
De acordo com dados oficiais, a melhora do saldo comercial de janeiro a setembro deste ano está relacionada, entre outros fatores, com o baixo patamar das importações. Nos nove primeiros meses deste ano, as compras do exterior somaram US$ 134,24 bilhões, com queda de 22,6% frente ao mesmo período do ano passado.
Ao mesmo tempo, o patamar de importações, no acumulado deste ano, somou US$ 717 milhões pela média por dias úteis. Se fechasse neste patamar em 2015, seria a menor média diária de compras do exterior desde 2009 - quando somou US$ 510 milhões.
Nos nove primeiros meses deste ano, as exportações somaram US$ 144,49 bilhões, com média diária de US$ 772 milhões (queda de 16,3% sobre o mesmo período do ano passado).
BALANÇA COMERCIAL
Acumulado janeiro a setembro, em US$ bilhões
Fonte: MDIC
Ainda segundo o governo, a melhora da balança comercial, no acumulado deste ano, também está relacionada, também, com a queda do preço do petróleo. Como o Brasil mais importa do que vende petróleo ao exterior, o recuo do preço favorece a melhora do saldo comercial do país.
Os números mostram que a conta petróleo, que inclui petróleo, derivados e combustíveis, teve déficit de US$ 3,55 bilhões de janeiro a setembro deste ano, contra um resultado negativo de US$ 12,88 bilhões em igual período do ano passado.
Somente este fator, portanto, foi responsável por uma melhora de US$ 9,32 bilhões no saldo comercial na parcial de 2015 - o que equivale a cerca de 85% da reversão total (US$ 10,98 bilhões) do saldo nos nove primeiros meses de 2015.
Resultado de 2014
Em 2014, a balança comercial brasileira teve déficit (importações maiores do que vendas externas) de US$ 3,95 bilhões, o pior resultado para um ano fechado desde 1998, quando houve saldo negativo de US$ 6,62 bilhões. Também foi o primeiro déficit comercial desde o ano 2000, quando as compras do exterior ficaram US$ 731 milhões acima das exportações.
De acordo com o governo, a piora do resultado comercial no ano passado aconteceu, principalmente, por conta da queda no preço das "commodities" (produtos básicos com cotação internacional, como minério de ferro, petróleo e alimentos, por exemplo); pela crise econômica na Argentina – país que é um dos principais compradores de produtos brasileiros – e pelos gastos do Brasil com importação de combustíveis.
Estimativas do mercado e do BC para 2015
A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, é de melhora do saldo comercial. A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 11 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior.
Já o Banco Central prevê um superávit da balança comercial de US$ 12 bilhões para 2015, com exportações em US$ 192 bilhões e compras do exterior no valor de US$ 180 bilhões.
Segundo o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Herlon Brandão, o superávit comercial da balança comercial em todo este ano pode atingir a marca dos US$ 15 bilhões. "O último trimestre do ano é superavitário. É possível que se chegue a até 15 bilhões [de saldo positivo]", disse ele.
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