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A preparação deve começar cedo. É preciso pensar em planos de previdência privada e ocupação para a mente
São muitos os dilemas femininos da terceira idade: a síndrome do ninho vazio, o alto índice de divórcios e separações e a maior longevidade feminina (atualmente de 7,6 anos a mais do que os homens, de acordo com o Censo 2010), que implicam em se preparar emocionalmente e financeiramente para o “terceiro tempo”. A preparação, para Sula Fagundes, psicóloga especializada em gerontologia, deve começar cedo. “A mulher deve consultar regularmente o ginecologista, praticar atividades físicas e de lazer, ler e escrever, estimulando a memória, alimentar-se de maneira saudável, divertir-se e manter uma ampla rede de relacionamentos sociais”, afirma. A primeira visita a um geriatra é recomendável a partir dos 50 anos de idade.Sula lembra que da meia idade em diante restam cerca de 40 a 50 anos de vida, considerando que cresce a cada Censo o número de centenários. “Os idosos de hoje não tiveram a oportunidade de se preparar para a velhice, até mesmo porque os avós deles, referência de envelhecimento, em sua grande maioria, faleciam poucos anos após se aposentar”, lembra a psicóloga. “Uma grande parcela da população não sabe o que fazer com os anos que terá após se aposentar ou atingir a marca divisória dos 60 anos.” Para as mulheres, isso envolve planejar uma reserva financeira própria, sem depender de auxílio da família e do parceiro no futuro.
Investimentos de renda fixa e variável
Do ponto de vista financeiro, a diretora de produtos da Icatu Seguros, Aura Rebelo, detecta uma tendência positiva. “Houve um aumento do número de mulheres possuidoras de planos de previdência privada. De cinco anos para cá, a entrada das mulheres neste mercado está acelerada. Elas eram 30% dos clientes da Icatu em 2010. Este ano o número subiu para 40% e em dois anos já deve estar meio a meio”, afirma.
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As regras de ouro continuam valendo: começar cedo e variar o mix de investimentos garantem rendimentos melhores na terceira idade. Elas começam a investir em previdência cinco anos mais cedo que os homens, o que significa que se aposentam antes e com uma reserva maior que a deles. Como cada vez mais mulheres são chefes de família, os fundos de investimento se adaptaram e criaram produtos que caibam nesse tipo de orçamento. “Planejar-se financeiramente dá um enorme conforto emocional para a mulher”, afirma Aura.
A penetração da previdência privada é maior nas classes A e B. “A classe C está começando a investir agora, em produtos mais simples, como uma renda fixa”, afirma a diretora. Outra novidade é que as mulheres estão se tornando mais arrojadas. “Os planos das mulheres hoje estão se assemelhando aos escolhidos por homens, com mais investimentos de renda variável. Está deixando de ser um bicho papão para elas.”
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