Na véspera da mudança, cariocas criticavam desinformação
Rio
- Começa neste sábado a revolução dos ônibus na cidade, mas muita gente
ainda está perdida. Seis linhas que iam direto da Barra, do Recreio e
de Vargem Grande (Piabas) para o Centro, passando pela Zona Sul, não
existem mais desde o início da madrugada. Também estão extintas cinco
linhas que saíam desses bairros para a Gávea e para o Leme. Ontem,
véspera das mudanças, passageiros reclamavam de falta de informação. A
prova de fogo será na segunda-feira.
A maioria dos passageiros ainda se pergunta o
que vai mudar. Inicialmente, a rotina. Isso porque, para chegar ao
Centro, da Zona Oeste, apreciando a vista do mar, agora é necessário
pegar dois ônibus em vez de um. O mesmo será para percorrer o caminho
inverso. Por isso, foram criadas quatro linhas (integradas), duas
partindo do Alvorada, uma do Recreio e outra de Vargem Grande, todas com
destino ao Shopping RioSul, em Botafogo, ponto final das novas
integrações.
Ao descer no shopping, o passageiro que quiser seguir para o Centro pode pegar a segunda condução ali mesmo. A prefeitura recomenda
que seja utilizada a quinta linha criada hoje: a Troncal 1, que ligará a
Praça General Osório à Central do Brasil, via Avenida Nossa Senhora de
Copacabana e Aterro do Flamengo. A baldeação no sentido Zona Oeste será
em frente à Casa Daros, do lado oposto do RioSul, na Avenida Lauro
Sodré. Os usuários do Bilhete Único não sairão no prejuízo com a segunda
passagem.
Em entrevista coletiva no
início da semana, o subsecretário de Planejamento da Secretaria
Municipal de Transportes (SMTR), Alexandre Sansão, prometeu que a espera
pelo ônibus de integração no RioSul não vai demorar mais do que cinco
minutos. Conforme a SMTR vinha divulgando, o objetivo da racionalização é
acabar com a sobreposição das linhas, a disputa por passageiros nos
pontos e, assim, garantir mais fluidez no trânsito e menos tempo de viagem. Cerca de 700 coletivos vão sumir das ruas até março, quando o processo deve ser finalizado.
‘Segunda-feira vai ser uma confusão’, diz passageira
“Mentira que vão acabar?!”, exclamou ontem, surpresa, a assessora parlamentar Luana de Paula, 33, ao saber que linhas que costuma usar seriam extintas. Ela estava em um ponto movimentado da Avenida Rio Branco, à tarde, onde a 314 (Central-Barra) e a 318 (Barra Sul-Castelo), atingidas pela racionalização, embarcavam e desembarcavam passageiros. Não havia informação. “Segunda-feira vai ser uma confusão, porque ainda não vi divulgação nos ônibus ou pontos”, disse Luana, que também costumava usar a 382 (Carioca-Piabas). “Para quem não tem Bilhete Único vai sair mais caro”, reclamou.
A
fim de evitar que os passageiros tenham gastos com a baldeação, a
RioCard vai disponibilizar vendedores do Bilhete Único Carioca (BUC) nos
pontos do RioSul e da Casa Daros a partir de hoje. O cartão custará R$
4,40 e vem com uma passagem (R$ 1 equivale ao preço do cartão). Nesses
locais, também serão colados cartazes indicando os pontos de recarga
próximos aos destinos das respectivas linhas. O BUC permite a integração
entre dois trajetos, no intervalo de duas horas e meia, por R$ 3,40.“Mentira que vão acabar?!”, exclamou ontem, surpresa, a assessora parlamentar Luana de Paula, 33, ao saber que linhas que costuma usar seriam extintas. Ela estava em um ponto movimentado da Avenida Rio Branco, à tarde, onde a 314 (Central-Barra) e a 318 (Barra Sul-Castelo), atingidas pela racionalização, embarcavam e desembarcavam passageiros. Não havia informação. “Segunda-feira vai ser uma confusão, porque ainda não vi divulgação nos ônibus ou pontos”, disse Luana, que também costumava usar a 382 (Carioca-Piabas). “Para quem não tem Bilhete Único vai sair mais caro”, reclamou.
O DIA esteve, também ontem à
tarde, no ponto final do 332 (Alvorada-Castelo). Dos três ônibus parados
lá, nenhum tinha cartaz informativo, nem panfletos estavam sendo
distribuídos. “Ainda não vi divulgação oficial e não estava sabendo das
mudanças”, afirmou o estudante Leonardo Amaral, 23 anos, passageiro da
314 e da 318.
O Rio Ônibus informou que 100 mil panfletos
estão sendo distribuídos em pontos-chave e que cartazes informativos
teriam sido colados em todos os ônibus das linhas alteradas. “Essa
operação é maleável e dinâmica, podendo ser reforçada em alguns pontos
em função da demanda ao longo dos dias”, acrescentou o sindicato em
nota.
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