Ele também pode controlar a hiperatividade infantil e a pressão arterial
POR BRUNA STUPPIELLO
O óleo de prímula é
extraído das sementes da planta cujo nome cientifico é Oenothera biennis
(Onagraceae), também conhecida como prímula ou prímula da tarde. A
planta é originária da América do Norte e tem sido utilizada da medicina
indígena para fins terapêuticos.
Ele é rica em ácidos
graxos poli-insaturados, gorduras boas, que podem proporcionar muitos
benefícios a nossa saúde. Alguns dos pontos positivos do óleo de prímula
são: controlar os níveis de colesterol, aliviar os sintomas da TPM e
menopausa, hidratar a pele e reduzir a pressão arterial.
Nutrientes do óleo de prímula
O óleo de prímula
apresenta uma grande quantidade de ácidos graxos essenciais, aqueles que
o nosso corpo não consegue produzir, especialmente o ácido gama
linolênico (GLA).
O GLA é um ácido
graxo tri-insaturado da família ômega 6 que ajuda a diminuir a
inflamação crônica, podendo ser um grande aliado no tratamento de
doenças reumáticas. Este ácido graxo também favorece a saúde
cardiovascular, auxilia na diminuição dos níveis de colesterol e no
tratamento e prevenção do diabetes, eczema atópico, hipertensão,
alcoolismo e síndrome pré-menstrual.
O óleo de prímula
também conta com ácido linolênico, ácido esteárico, ácido palmítico e
ácido oleico. Estes ácidos graxos insaturados possuem ação
anti-inflamatória, ajudam a regular os níveis de colesterol no nosso
sangue favorecendo a saúde cardiovascular, atuam no controle da pressão
arterial, entre outros.
Benefícios em estudo do óleo de prímula
Alivia a TPM e a menopausa:
O óleo de prímula está associado a diversos benefícios para nossa
saúde, dentre eles, alívio dos sintomas da tensão pré-menstrual e
menopausa. Há evidencias de que o consumo de óleo de prímula por
mulheres na menopausa diminua a incidência dos fogachos noturnos. Além
de aumentar a absorção de cálcio pelo intestino e reduzir sua excreção
pela urina, aumentando assim, sua deposição nos ossos. Entretanto, há
uma escassez de evidencias que comprovem seus efeitos no tratamento dos
sintomas da TPM e menopausa. Portanto, mais estudos são necessários.
Bom para a pele:
Um estudo demonstrou que a suplementação com óleo de prímula (1,2g),
duas vezes ao dia, durante 12 semanas, totalizando 345mg de GLA/dia,
contribui para melhorar a hidratação da pele, bem como a elasticidade,
firmeza e resistência a rugosidade e fadiga. Isso acontece porque o GLA
presente no óleo de prímula é um ácido graxo condicionalmente essencial
para a nossa pele, melhorando sua função e sua estrutura.
Reduz sintomas da dermatite: Alguns
estudos têm demonstrado que o óleo de prímula reduz os sintomas da
dermatite. O primeiro estudo realizado com pacientes portadores de dermatite demonstrou que o consumo de 2 gramas de óleo de prímula/dia pode melhorar o quadro da doença.
Além disso, vários
outros estudos têm relatado uma melhora do quadro geral de portadores de
dermatite com o consumo de óleo de prímula, 2 a 6g/dia por 12 semanas,
especialmente com relação ao prurido. Eles correlacionaram a melhora
clínica com o aumento dos níveis plasmáticos de ácido aracdônico.
Controla a hiperatividade infantil: O
óleo de prímula pode ajudar a controlar a hiperatividade infantil. Isso
porque crianças com esta condição têm apresentado sintomas
inespecíficos, típicos da deficiência de ácidos graxos essenciais. Sendo
assim, como o óleo de prímula contém ácido linolênico, um tipo de ácido
graxo essencial, ele pode ajudar a melhorar o comportamento de crianças
hiperativas.
Reduz a pressão arterial: Alguns
estudos têm demonstrado que o óleo de prímula parece ter uma atividade
antiagreganteplaquetária, que impede a aglomeração de plaquetas no vaso
sanguíneo, e anticoagulante. Além de melhorar o fluxo sanguíneo e
diminuir a resposta de hormônios responsáveis pelo aumento da pressão
arterial, renina e angiotensina.
Controla os níveis de colesterol: O
óleo de prímula possui GLA, um ácido graxo essencial que ajuda a
diminuir os níveis de colesterol no nosso sangue. Além disso, esse
efeito tem sido demonstrado em diversos estudos.
Bom para quem tem câncer de mama:
Tem-se demonstrado resultados positivos do consumo de óleo de prímula
para pacientes com câncer de mama ajudando a amenizar distúrbios
hormonais e dores nos seios.
Aliado dos ossos: Alguns
estudos apontam que o óleo de prímula pode ser bom para os ossos. Ele
teria efeito benéfico nas desordens ósseas, uma vez que a suplementação,
por 16 semanas, com óleo de peixe e óleo de prímula, ambos ricos em
ácidos graxos essenciais, na proporção 10:1, aumentou o pro-colágeno e
osteocalcina (proteína encontrada nos ossos e dentes) e estimulou a
atividade dos osteoblastos (células envolvidas com a formação do tecido
ósseo) em mulheres com osteoporose.
Quantidade recomendada
Não existe uma
recomendação diária estabelecida para o consumo de óleo de prímula. Por
isso, o ideal é seguir a orientação do médico ou nutricionista.
Como consumir
As cápsulas de óleo
de prímula devem ser ingeridas com água ou suco, preferencialmente, após
as refeições principais como almoço e jantar. Isto porque elas precisam
de alguma fonte de gordura para serem melhor absorvidas e utilizadas
pelo nosso organismo.
Cuidados ao consumir
O óleo de prímula
pode ser utilizado em casos de: paradermatite, psoríase, neuropatias
diabéticas, hiperglicemia, esclerose múltipla, eczema, artrite
reumatoide, tensão pré-menstrual e menopausa, como suplementação de
ácido ômega 6 (GLA) e endometriose.
O consumo de óleo de
prímula não é indicado para pacientes epilépticos tratados com
fenotiazínicos, já que pode causar um quadro de epilepsia do lóbulo
temporal.
Efeitos colaterais do óleo de prímula
Normalmente, o
consumo de óleo de prímula não causa nenhum efeito colateral. Porém, em
alguns casos pode provocar sintomas como dor de cabeça, náuseas e
indigestão.
Riscos ao ingerir em excesso
O óleo de prímula
ingerido em grandes quantidades a longo prazo pode estar associado ao
maior risco de trombose, inflamação e imunossupressão, porque o GLA pode
ser convertido em ácido araquidônico.
Como combinar o óleo de prímula
O ideal é aliar o
óleo de prímula a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida
saudáveis! Além disso, a associação do óleo de prímula (GLA) com o óleo
de peixe (EPA e DHA) tem sido benéfica tanto para pressão arterial como
para a função renal.
Interações
Possivelmente, o
óleo de prímula pode interagir com drogas fenotiazínicas, tais como os
antiepiléticos, ácido acetilsalicílico, ticlopidina, dipiridamol e
AINES. Além disso, tem sido observado uma interação do óleo de prímula
com a anestesia durante procedimentos cirúrgicos.
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