9.28.2015

Presidenta Dilma abre a Assembléia da ONU nesta segunda seguida por Obama e Castro

Presidente brasileira será a primeira chefe de Estado a discursar.
Debate geral será realizado até o próximo sábado (3).

Do G1, em São Paulo
Assembleia Geral deve reunir 140 chefes de estado e de governo na sede da ONU, em Nova York (Foto: Pablo Martinez Monsivais/Reuters)Assembleia Geral da ONU começa nesta segunda-feira (28) na sede da organização, em Nova York. Nos últimos 3 dias, ocorreu no mesmo local a Cúpula do Desenvolvimento Sustentável (Foto: Pablo Martinez Monsivais/Reuters)
A partir das 10h (horário de Brasília) desta segunda-feira (28) os chefes de Estado e de Governo dos 193 países da ONU começam a falar no debate geral da Assembleia Geral, na sede da organização, em Nova York. O G1 acompanha em tempo real os discursos de alguns dos principais chefes de Estado desta segunda.

O debate começa com as palavras do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Em seguida, o presidente da 70ª Assembleia Geral Mogens Lykketoft fala para abrir a sessão. Lykketoft foi eleito presidente da assembleia em junho deste ano, quando era o presidente do Parlamento da Dinamarca.

O primeiro chefe de Estado a falar é a presidente do Brasil, Dilma Rousseff. O Brasil abre o debate, como ocorre tradicionalmente desde a Assembleia Geral de 1995.

De acordo com a agência Efe, a presidente deve abordar, além de assuntos internacionais, a situação do país e tentará transmitir confiança na recuperação econômica do Brasil, o que o governo garante que começará a ocorrer a partir de 2016.
Depois de Dilma é a vez do presidente americano Barack Obama. No período da tarde, discursará o presidente cubano Raúl Castro. A última apresentação de um presidente cubano à reunião anual da ONU foi a de Fidel Castro no ano 2000. Nos últimos anos, o chanceler Bruno Rodríguez tomou a palavra na representação da ilha.

A presença de Raúl Castro é um símbolo na perspectiva do restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos em julho passado, após 54 anos de ruptura, segundo análise da agência France Presse. Em julho, EUA e Cuba retomaram suas relações diplomáticas e abriram embaixadas nos respectivos territórios.

Também falarão nesta segunda-feira os presidentes da China, XI Jinping, da Rússia, Vladmir Putin, do Irã, Hassan Rouhani, da França, François Hollande, do México, Enrique Peña Nieto, do Chile, Michelle Bachelet, da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, entre outros. O debate será realizado até o próximo sábado (3).
Novos objetivos
Alguns dos representantes estão há alguns dias em Nova York, onde participaram da Cúpula sobre Desenvolvimento Sustentável na sede da ONU, que começou na última sexta-feira (25) e terminou neste domingo (27).

Na abertura da cúpula, o Papa Francisco, que estava visitando os Estados Unidos, fez um discurso histórico em que criticou os órgãos financeiros internacionais e o uso indiscriminado do planeta que prejudica a natureza e os mais pobres.

Durante a Cúpula, os 93 Estados-membros das Nações Unidas aprovaram formalmente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – 17 grandes metas que guiarão os próximos 15 anos na luta global contra a pobreza e as desigualdades.

Foi também neste evento que a presidente Dilma Rousseff anunciou a meta brasileira de reduzir em 43% a emissão de gases do efeito estufa até 2030, em relação a 2005. A presidente também defendeu neste sábado (26), em Nova York, uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, após participar de uma reunião com líderes do Japão, Alemanha e Índia para tratar do tema.
Raúl Castro pediu o fim do embargo norte-americano a Cuba ao considerar que essa política é "o principal obstáculo para o desenvolvimento econômico" de seu país. Ele lembrou ainda que 188 países da ONU concordam com o fim do embargo.

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