**Alergia alimentar: descoberta pode prevenir choque anafilático e salvar vidas
Amendoim, leite, frutos do mar, castanhas e outros alimentos podem desencadear reações alérgicas tão violentas em algumas pessoas que em última instância levam ao choque anafilático - uma reação alérgica potencialmente fatal cujos sintomas geralmente aparecem rapidamente após a ingestão do alérgeno e podem envolver a pele (coceira, vermelhidão, brotoejas), inchaço da garganta e dificuldade de respirar, sintomas gastrointestinais, perda da consciência e em última instância parada cardíaca (cuidados médicos urgentes são necessários e geralmente incluem a aplicação de injeção de epinefrina/adrenalina).
A boa notícia, no entanto, é a de que cientistas da Universidade de Glasgow (Escócia) acabam de fazer uma descoberta (publicada no respeitado jornal científico Proceedings of the National Association of Sciences of the USA) que poderá reduzir os riscos de que crianças e adultos alérgicos sofram uma reação alérgica severa a estes alimentos.
Os pesquisadores identificaram uma molécula (IL-33) que amplificaria as reações alérgicas. Segundo o Dr. Alirio Melendez, um dos autores, a equipe de pesquisadores encontrou níveis muito altos da IL33 no organismo de pessoas que tinham tido reações anafiláticas.
Quanta mais severa a reação anafilática, maior foi o nível encontrado de IL-33 no organismo do paciente.
"Nosso estudou mostra que a molécula IL-33 aumenta a inflamação que ocorre durante o choque anafilático, e que pode levar à obstrução das vias respiratórias.
Na ausência desta molécula no organismo, a reação alérgica é muito menos severa, diminuindo enormemente o risco de morte".
Os pesquisadores estão assim desenvolvendo um tratamento que bloquearia a molécula IL-33 no organismo do paciente, reduzindo a severidade das reações alérgicas.
Nos testes laboratoriais envolvendo camundongos os resultados já foram bastante promissores: nos camundongos em que a molécula foi bloqueada, as reações alérgicas foram muito mais suaves.
Ainda é necessário esperar pelos testes clínicos e pela regulamentação dos procedimentos, mas espera-se que a descoberta possa levar à uma redução substancial no número de fatalidades decorrentes dos choques anafiláticos.
Fonte: Revista Vida sem Glúten e sem Alergias
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