8.18.2010

Decidi parar. E agora?


O hábito de acender um cigarro, muitas vezes, está tão ligado ao cotidiano do fumante que, quando este decide parar, encontra mais dependências do que esperava
A nicotina, principal ingrediente do tabaco presente nos cigarros, é uma substância tóxica que causa dependência física e psicológica. Ao ser consumida, a toxina apresenta efeito estimulante e tranquilizante, passando a ilusão de diminuir de fato o stress do fumante. Por essas ações consideradas benéficas (pelo fumante) e pelo próprio vicio imposto pela nicotina, a decisão de parar de fumar e sua execução muitas vezes se tornam difíceis e complicadas. Durante o processo de desintoxicação, o paciente também pode apresentar diversas sensações desconfortáveis e sofrer recaídas. Porém, quem resolve parar de fumar está tomando uma atitude a favor de sua saúde. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), atualmente 200 mil mortes anuais são causadas pelos efeitos do tabagismo no Brasil, sendo que 90% dos casos de câncer no pulmão ocorre em decorrência da nicotina (entre os 10% restantes, 1/3 das pessoas seriam fumantes passivos) . O Instituto ainda contabiliza que 22 pessoas morrem por hora vítimas do cigarro no País. No resto do mundo, o tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que hoje 1 bilhão e 200 milhões de pessoas sejam fumantes. Quem não apenas quer parar de fumar, mas decidiu largar o cigarro de vez vai precisar de perseverança e apoio. Para não cair em tentação, pode-se evitar temporariamente lugares fechados com fumantes e os hábitos anteriormente associados ao cigarro (como tomar café ou ir ao bar). Outra dica é ir diminuindo, aos poucos, o nível de nicotina dos cigarros utilizados e o número de doses por dia. Dessa maneira, quando chegar o dia de se parar efetivamente, o fumante poderá não sentir tanto. A prática de exercícios físicos também é outra aliada contra o vício, já que também alivia o stress e libera a serotonina, substância que causa a sensação de bem estar. Além disso, existem no mercado diversas fórmulas que possuem baixos níveis de nicotina, na forma de gomas de mascar e adesivos, que prometem aliviar os principais efeitos colaterais da abstinência. Quem sentir que precisa de ajuda também pode consultar a opinião de ex-fumantes, buscar apoio em comunidades e portais da rede (www.queroparardefumar.com.br e www.euvouparardefumar.com , por exemplo ) ou, em casos mais sérios de vício, pedir o auxílio de psicólogos.
Ludmilla Pazian

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