Em algum lugar, li o provérbio de efeito: "Conviver com más companhias é como trabalhar em um mercado de peixes: acaba-se acostumando com o mau cheiro". Há pessoas que conseguem lidar mesmo com os indivíduos mais nojentos de modo tão elegante e charmoso que podemos esperar que, a qualquer momento, surja uma auréola sobre suas cabeças. Mas a maioria das pessoas não recebeu essa dádiva, e precisam aprender a quem e quando é preciso colocar limites.
A capacidade de se defender, não deixar tudo barato e arreganhar os dentes quando necessário chama-se assumir a própria posição. E é imprescindível para o convívio com indivíduos agressivos e hostis.
O caminho da menor resistência é mais elegante, mas quem tem de lidar com pessoas agressivas - que em um acesso de fúria de intensidade média regridem à idade emocional de seis anos - precisa se aconselhar com pais experientes no quesito raiva. Eles têm experiência em lidar com chiliques, e recomendam: nessa hora, de nada valem explicações lógicas ou análises profundas; e, se às vezes a coisa extrapola, com certeza é mais inteligente não revidar.
Todavia, há situações, em especial aquelas mais agudas na escala da agressão, que exigem que se invoque o auto-respeito e a autoproteção.
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