Numa noite, trôpegos como se bêbados estivessem, sentaram no calçadão
Cada um com sua amargura, lágrimas nos olhos, tristeza absoluta
Nada bom deveria brotar em meio ao pranto
Mas o óbvio é inimigo da realidade por vezes
E sem querer tocaram-se os ombros e os rostos por coincidência ou não, se viraram
simultaneamente;
Entreolharam-se sentindo vergonha do rosto amassado que cada um carregava.
Uma tímida conversa aplacava as dores e a partir dali tudo o que não havia mais cheiro, gosto e ruído parecia relacionar cada olhar ou palavra dita.
Muita saliva gasta e risadas desconcertantes depois
O alvorecer se aproxima e já nem se recordam a faísca que incitara o encontro
Juntos buscam construir um novo começo
Esse dia ainda perdurará em suas memórias...
Claudenor de Albuquerque
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