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8.20.2010
Relatório alerta para expansão de casos de câncer nos países em desenvolvimento
Até 2050, eles devem responder por três quartos dos diagnósticos no mundo
75% dos casos de câncer infantil são curados em países desenvolvidos e esse número vai de 10% a 15% em países de baixa renda
Os casos de câncer seguem em uma expansão preocupante, e os países mais afetados são os que estão em desenvolvimento, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira durante o Congresso Mundial de Câncer, na cidade chinesa de Shenzhen. Estas nações devem responder por 70% dos diagnósticos feitos em todo o mundo até 2030, chegando a pelo menos 75% até 2050 - somente em 2008, 70% de um total de 7,6 milhões de pessoas que morreram vítimas de algum tumor viviam em países em desenvolvimento.
Especialistas aproveitaram o alerta para chamar atenção à falta de preparação e infraestrutura. Segundo a CanTreat International, que reúne as principais organizações de câncer do mundo, os governos desses países não têm condições de trabalhar a prevenção da doença, realizar diagnósticos precocemente e fornecer o tratamento mais adequado a longo prazo. "Os países em desenvolvimento não estão preparados", enfatiza o médico Joseph Saba, membro do grupo de trabalho informal que trata os casos nestas nações.
Enquanto um paciente com tumor de mama tem 84% de chance de sobreviver à doença em países desenvolvidos, em um país como Gâmbia, por exemplo, essa possibilidade cai para 12%. Em casos de câncer em crianças, 75% dos casos chegam à cura em nações ricas, enquanto não passa de 15% em países em desenvolvimento. Por isso, é fundamental o investimento em diagnósticos precoce e em uma equipe médica preparada, salientam os especialistas. Mudanças na dieta, agravamento da poluição, envelhecimento da população e o aumento das taxas de obesidade, tabagismo e do consumo de álcool influenciaram numa maior incidência de doenças não-transmissíveis em geral, como câncer, problemas cardíacos, derrames e diabetes, justifica ainda o relatório.
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