8.20.2010

EXPECTATIVA X FRUSTRAÇÃO

Você está prestes a conseguir aquela vaga de emprego tão desejada.
Você está prestes a receber aquela promoção pela qual tanto se esforçou.
Você conheceu alguém, descobre que é o amor da sua vida e está prestes a ter um relacionamento com esta pessoa.
E de repente tudo se desmorona, nada do que você previu, aconteceu. Ou se aconteceu, não foi o que esperava.
E aí vem a frustração, que é o estado de quem não atingiu o seu ideal, o seu desejo. Ela vem acompanhada da sensação de se estar incompleta (o). Pela ausência de um objeto (ou de alguém), você fica privada (o) da satisfação que isso lhe daria, de não ter o resultado que se esperava.
Em contrapartida, nós temos a expectativa, que é a esperança fundada em supostos direitos. Portanto, quando desejamos algo criamos uma expectativa em relação a este desejo e se ela for muito grande, acaba se tornando uma ilusão. Na ilusão não vemos a realidade como se apresenta e não podemos atuar de acordo com os fatos. Ex: não perceber que não está qualificada (o) para aquele emprego (promoção) ou que o ser amado não é a perfeição que imaginou.
Pessoas muito controladoras exigem que seus desejos sejam satisfeitos e não aceitam quando o resultado não é o que esperavam.
O que torna a vida interessante é a possibilidade de realizar um sonho. Porém, quanto maior for a expectativa, se esse sonho não se realizar, maior é a frustração e maior a dor, a angústia e o consequente sofrimento. Principalmente nos casos amorosos quando não há a reciprocidade desejada.
O corpo da mulher é feito para gerar e dar a vida a um novo ser. É ela quem nutre este ser fisicamente (amamentando-o) e emocionalmente (amando-o). Para a sociedade ela é o próprio amor. Os homens também possuem este sentimento, mas em menor escala e com menos intensidade. Pela sua constituição psíquica, eles são mais práticos e realistas, criando menos expectativas.
Fala-se muito em amor incondicional, sentimento este que não exige nada em troca. Porém, nós, seres humanos, ainda não estamos preparados para vivê-lo. Para nós, o amor exige reciprocidade. Nós amamos na esperança de sermos amados. E essa esperança gera uma expectativa tamanha, que se não houver a “satisfatória” correspondência, ficamos decepcionados e frustrados.
Em síntese, você se torna a vítima das vítimas quando a necessidade de ser amada(o), sobrepõe-se a necessidade de ser respeitada(o).

Saiba mais:

Expectativa versus frustração: Para não se sentir na pior:
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Quantas vezes não nos sentimos frustrados ao longo de nossa carreira? São colegas de trabalho que são muito competitivos e agem de forma injusta, chefes que se equivocam, promoções que nunca acontecem, o trabalho que não agrada, a meta que nunca é atingida, e por aí vai.

"A frustração acontece quando algo que queremos não é atingido. Quanto mais expectativas temos, maior o tombo. Mas é importante dizer que algumas expectativas são irrealistas", explica o coach e autor do livro "Executivo, o super-homem solitário", Emerson Ciociorowski.

Segundo ele, para reduzir o tombo causado pelas frustrações, é preciso se alinhar à realidade, ao contexto. "Se você quer ser promovido, mas isso não acontece, questione: quais são os atributos que são exigidos para o cargo? Será que tenho todas as habilidades e talentos necessários? Tenho trabalhado minhas competências?".

Falta de reconhecimento
A frustração ocasionada pela falta de reconhecimento "é mais comum do que se imagina", nas palavras do coach. Isso acontece muito porque o funcionário não sabe o que a empresa espera de fato dele.

"Na maioria das empresas, independentemente do porte, não há a determinação de métrica de resultados. Como o indivíduo não sabe claramente o que se espera dele, se esforça demais e faz uma série de coisas que, de repente, não têm valor para a empresa. Isso gera um sentimento de frustração e impotência". Nesses casos, é recomendado conversar com seu chefe e questionar quais são as expectativas da empresa com relação ao seu trabalho.

A mesma dica vale para as metas que não são atingidas. "Isso ocorre, muitas vezes, porque a meta é irreal. Não raro, profissionais não sabem negociar as metas, não conseguem dizer não e aceitam quaisquer condições. Essa vontade de querer sempre satisfazer o outro pode ter origem em bloqueios emocionais que vêm da infância", sublinha Ciociorowski. Logo, na próxima vez que quiser discutir metas e resultados, não deixe de expor suas opiniões e negociar.

Os colegas de trabalho são injustos
As pessoas também se frustram muito com as injustiças do mundo corporativo. Ora, se pudéssemos descrever esse mundo usando uma gíria, seria "mundo cão", por conta do alto nível de competitividade, que, dependendo da área de atuação, apenas aumenta.

Para este tipo de problema, a psicóloga e psicoterapeuta Clarice Barbosa recomenda: Seja realista! No imaginário de muitos profissionais, existe uma empresa perfeita, com colegas bondosos e justos 100% do tempo. Mas estamos falando de seres humanos, que cultivam sentimentos dos mais variados.

"Muitos dizem para si mesmos que gostariam que as pessoas fossem diferentes. Alguns até tentam mudar o próximo. Porém, ninguém vai mudar". Para ela, o pensamento correto seria: "está bem, não posso mudar o mundo, mas posso sim me transformar. Esse poder de mudança é meu".

Fica a dica: deixe de lado a posição de vítima e tome uma vacina: não crie expectativas com relação às pessoas. No contexto de uma empresa, invariavelmente, em algum momento, se sentirá frustrado.

Não gosto do que faço
Outra frustração comum: o profissional não gosta do que faz. Às vezes, ele nem mesmo está na área certa. Isso acontece muito. Na hora de escolher a faculdade, no lugar de reconhecer os seus talentos e dar razão a eles, a opção é feita com base nos anseios da família, do pai que deseja que o filho siga sua carreira, no amigo que se formou em determinada área e se deu bem, ou pior: na profissão da moda.

Todavia, Ciociorowski alerta: "O pior erro é ficar refém de uma má escolha". Ou seja, se você fez uma opção equivocada, seja porque faltava-lhe autoconhecimento seja porque, na época, queria satisfazer a vontade da família, saiba que nunca é tarde para voltar atrás ou começar do zero. Procure outra faculdade ou faça uma pós-graduação que permita a mudança de área.
"O que é importante, em termos profissionais, é procurar uma empresa que dê vazão aos seus talentos, valores e sonhos. Se o mais importante para você é o crescimento e a carreira, procure uma empresa onde haja espaço e oportunidade para crescer".

Ele finaliza lembrando que, para diminuir o risco de frustração, é vital alinhar os valores pessoais com os profissionais. "Pense no que é importante para você com relação ao trabalho. Os valores são a base de nossas escolhas. Se não paramos para pensar nos nossos verdadeiros valores, aqueles que estão escondidos no nosso inconsciente, e naquilo que nos satisfaz, as chances de frustração aumentam".
Fonte:
Administradores
A Força e Beleza da Mulher

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