Relatório da Unesco aponta Brasil como 13º maior produtor de ciência
Publicação dedica capítulo inteiro para analisar pesquisa no país.
Classificação é baseada no número de artigos científicos publicados.
Para o órgão da ONU, a estabilidade econômica do país entre 2002 e 2008 e o aumento no número de doutores - de 554, em 1981, para 10.711, em 2008 - foram os principais motivos para a melhora no desempenho brasileiro no setor científico.
Entre 2000 e 2008, o gasto do governo brasileiro com pesquisa e desenvolvimento subiu 28%, passando de R$ 25,5 bilhões para R$ 32,8 bilhões. Mesmo assim, a expansão da ciência brasileira não acompanhou o ritmo da economia, já que a razão entre o gasto com pesquisa e o PIB brasileiro, no mesmo intervalo, foi de 1.02% para 1.09%.
A maior parte das pesquisas são realizadas por instituições acadêmicas. As universidades também detêm a maior parte dos pesquisadores (57%) como empregados. Outros 6% estão em institutos de pesquisa. O restante (37%) está ligado ao setor empresarial. O dado se reflete no baixo número de patentes obtidas pelo país, somente 103 em 2009. Quatro anos antes, por exemplo, foram 106 patentes úteis aprovadas.
A penetração pequena de cientistas nas empresas e indústrias é um dos problemas apontados pelo relatório no Brasil. Outros desafios são tornar as melhores universidades brasileiras em centros de referência mundiais e expandir a capacidade de fazer ciência de ponta a cidades fora do eixo São Paulo-Rio de Janeiro, especialmente na Amazônia e no Nordeste.
Sete universidades são citadas como as principais do país, segundo o documento, contando com 60% de todos os artigos científicos brasileiros publicados em 2009: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Universidade de Minas Gerais (UFMG), Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
São Paulo
O estado paulista é destaque no campo de pesquisa científica, já que detém três das universidades citadas pela Unesco e recebe entre 30% e 35% do investimento de agências federais de fomento.
A contribuição do estado para o gasto com pesquisa e desenvolvimento em 2007 superou países como Chile, Argentina e México.
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